E D’us sempre amou o verde

Foto: Divulgação

Lizon Binda*

As estrelas brilham como um rubi em lume pontilhando o sistema solar, e as nossas florestas cintilam em nosso planeta como a mais genuína e preciosa esmeralda fulgurante de todas as eras. Verde para o mundo ver, viver e amar. Autêntico esplendor da natureza e presente de esperanças de um voto de confiança dado ao homem pela mente mais perfeita de todos os tempos; o D’us de nossos corações, que sempre espalhará o amor benfeitor junto a toda a humanidade.

A beleza e a magnitude primaveril anunciam o benfazejo reflorestamento da fauna e da flora. É no seu ciclo marcante que desabrocham as rosas mais lindas para encantos dos anjos, e suas essências aromáticas despertam o homem do sono mais profundo para o fascínio de se vislumbrar a evolução necessária de dias muito melhores.

E a cor verde sobre o ouro finca os fios nos recônditos da teia de sementes nas grandes estações e vai reconstruindo o degrau da fertilidade. Do sopro abafado rompem as frestas, agora revigoradas e cheias de energias encorpando o arar da terra e cuidando minuciosamente de cada semente que, em muito breve, multiplicar-se-á aos milhares em bons frutos, fazendo reinar a abundância nos vales, serras, montanhas, platôs e em todos os verdes campos.

A folha sem vida perde espaço, e o novo verdejante preenche os montes e compartilha com a humanidade os dias mais dourados de um novo renascer. Ciclo marcado de tantos sonhos e esperanças,em que tudo é reinventado e tudo se transforma com apoio nas facetas de um mundo vindouro, vislumbrando a flâmula verde-água hasteada no topo dos grandes vales. Essa bandeira dá guarida a milhares de espécies nas grandes matas.

E a folha descolorida e queimada pelo tempo agora plaina voo rumo a destinos tantos. Flâmula náutica singrando igarapés e rios; coluna vertebral e ombros quebradiços sustentando a alcova de milhões de tantas espécies, num vaivém sem parar, até arranjar o seu cantinho por debaixo de cipós, talas e troncos. Leito esplêndido da grande selva; paraíso do repouso eterno de todos os verdes viventes.

Na grande floresta, o verde-esmeralda é também o guardião de todas as raças. Atenua os ricos e conforta os desprovidos. Acalenta os fracos e enfraquece o tirano. Acorrenta o amante da cobiça e contempla o justo. Revigora o enfermo e acalenta o desenganado. Faz sorrir o inocente e faz chorar o culpado. Prolonga os dias dos portadores de bom coração e abrevia o tempo dos insensíveis. Estende as mãos às viúvas e apedreja o matricida. Conforta os injustiçados e empala o algoz. Cura as doenças espirituais e faz resplandecer os sonhos adormecidos nos espíritos alquebrados.

A exuberante floresta verde-esmeralda guardará o sagrado dos sagrados e o mais verde de todos os verdes por toda a eternidade. A distância infindável estará ardendo em chamas; todos os portadores da serra e da lâmina cortante e suas gerações, por mil anos, haverão de se debater na mais extrema escuridão, enquanto o mais sublime verde da abundância preencherá os dias dos homens justos prevalecendo a harmonia e a paz na construção de um novo amanhecer para SERVIR sempre o verde-vida. Viva a vida!

Salve o verde-vida das florestas; e por quê?

Porque D’us sempre amou o verde!

Todos os Direitos Reservados.

ISBN: 978-85-912406-1-6

*é escritor

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