O grande Thiago de Mello era um amazônida valoroso de rara coragem e ousado como poucos, daqueles que falam sem titubear, emendam uma reflexão na outra sem perder o ritmo, uma metralhadora artística! Com uma personalidade marcante e peculiar, será sempre inspiração. Um jornalista, hoje pela manhã, escreveu: Thiago não morreu, virou encantado! É isso. Pelos anos dedicados à literatura, pela riqueza do seu trabalho e pela herança deixada, sejamos eternamente gratos.
Hoje, a voz dos seus poemas explode na floresta, assusta o animal selvagem, intriga as crianças, aconchega-se no colo da moça, ecoa no universo e encontra os corações generosos e livres, porque foi um homem que não se limitou a existir dentro dos limites impostos, resistiu e encontrou a liberdade de viver, simplesmente, como ele era.
Nasceu imortal e humildemente longevo entre nós, compartilhou com generosidade toda a sua sabedoria e conhecimento, pois sabia como ninguém prolongar as coisas belas, de forma ética e humana.
Dizia que a poesia mora em todas as artes, pois entendia ser a poesia um sentimento e, é verdade, pois precursora de qualquer obra e, assim, o poeta podia ser escritor, cantor, pintor, professor e até médico. Seu conhecimento era amplo e sua sensibilidade profunda, como as águas que este levantou.
Baixem suas penas, todas as honras ao nosso Poeta, em um luto branco, porque no branco moram todas as cores, como na imagem do que agora descansa em paz!
Escritora Dina Arce
