Governo terrorista?

Não custa lembrar que Lula andou declarando apoio ao Irã, que ajudou a incluir no Brics, além de ter aberto os portos brasileiros para recepcionar navios iranianos suspeitos de carregar armamento

Luiz Inácio Lula da Silva e Mahmoud Ahmadinejad, em 2009 - Foto: Marcello Casal Jr/ABr/Wikimedia Commons

Por Rodrigo Constantino (*)

Que o “ladrão voltou à cena do crime”, como diria Alckmin, nós já sabemos. Que o “descondenado” sempre flertou com ditaduras comunistas, isso também é conhecido, em que pese o esforço do TSE de censurar tal lembrança durante a campanha eleitoral. Agora, que o Brasil teria no governo um grupo simpatizante dos terroristas mais abjetos do planeta, que degolam crianças, estupram meninas e mutilam idosos, isso poderia ser uma surpresa. Ao menos para um olhar menos atento à história…

Deflagrada nesta quarta-feira pela Polícia Federal para “prevenir atos terroristas” no país, a Operação Trapiche contou com a cooperação de agências de inteligência dos Estados Unidos e Israel, que forneceram informações sobre a movimentação de pessoas ligadas ao grupo radical Hezbollah no Brasil. O gabinete do primeiro-ministro de Israel Benjamin Netanyahu informou em suas redes sociais que a agência israelense Mossad contribuiu com as investigações da PF.

Os recrutadores e os recrutados suspeitos de integrar o grupo extremista Hezbollah, que planejava ataques contra uma comunidade judaica no Brasil, podem receber penas que chegam a 15 anos e 6 meses de reclusão. Os envolvidos devem responder pelos crimes de constituir ou integrar organização terrorista e de realizar atos preparatórios de terrorismo. Puxa, podem pegar 15 anos? É quase o que pegou a faxineira “armada” da Bíblia que comia algodão-doce no dia “golpista”…

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A Polícia Federal também acionou a Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) para cumprir uma ordem de prisão contra dois brasileiros no Líbano suspeitos de serem ligados ao grupo terrorista Hezbollah – Foto: Reprodução/YouTube/Crux

Depois da ladainha da velha imprensa sobre os “terroristas” do 8 de janeiro, endossando o arbítrio supremo que pretende extirpar a direita da política nacional, eis que o país se depara com uma real ameaça terrorista. E ela vem da turma que a esquerda tem defendido do Oriente Médio. Afinal, o Hezbollah, assim como o Hamas, é apoiado pela teocracia xiita dos aiatolás do Irã. O regime iraniano é a cabeça da serpente. E não custa lembrar que Lula andou declarando apoio ao Irã, que ajudou a incluir no Brics, além de ter aberto os portos brasileiros para recepcionar navios iranianos suspeitos de carregar armamento.

Os governos americano e israelense suspeitam de que a lista enviada pelo governo brasileiro com os nomes de brasileiros a serem retirados de Gaza possa estar “suja”

Esse episódio gerou reação dos republicanos nos Estados Unidos, e o senador Ted Cruz chegou a questionar se o governo Biden não iria estender as sanções ao nosso país, uma vez que a cumplicidade com o Irã é punida pelos ocidentais. Lula, afinal, não voltou um Mandela pacificador, mas, sim, um capacho de tiranias nefastas, cada vez aproximando mais o Brasil de países como Rússia, China, Venezuela, Cuba, Nicarágua e, sim, Irã.

Lula também declarou que não vai aceitar “ocupação permanente” de Israel em Gaza. Quem liga para a opinião de Lula? Não Israel, com certeza. O país fará o que for necessário para se proteger de novos ataques monstruosos como os que sofreu recentemente, e para isso precisa acabar com o Hamas. Pelo visto é algo que Lula não aceita, até porque chamou a selvageria do Hamas de “erro”, como se fosse apenas um erro de cálculo político, nada mais.

Segundo o jornalista José Maria Trindade, os governos americano e israelense suspeitam de que a lista enviada pelo governo brasileiro com os nomes de brasileiros a serem retirados de Gaza possa estar “suja”. O que isso significa? Que há suspeitas de que possa haver na lista membros ou simpatizantes do Hamas, fato que, se verdadeiro, representa um risco para o mundo e, obviamente, para os judeus brasileiros.

Essa notícia, no mesmo dia da prisão dos terroristas do Hezbollah, mostra que a transformação do Brasil numa espécie de reduto do terrorismo islâmico não é uma loucura completa de reacionários paranoicos, e sim uma possibilidade cada vez mais concreta. Não custa lembrar que a aliança entre comunistas e terroristas não é novidade. Cuba, que também virou hub do tráfico internacional de drogas, foi o refúgio do famoso terrorista Chacal.

Carlos, “O Chacal”, terrorista que ficou mundialmente conhecido – Foto: Reprodução

Carlos, seu verdadeiro nome, estudou numa escola de Caracas e juntou-se ao movimento da juventude comunista em 1959. Em 1973, com 24 anos, ingressou na Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP), onde tentou assassinar em Londres o empresário Joseph Shieff, presidente da Marks & Spencer e vice-presidente da Federação Sionista do Reino Unido e da Irlanda, mas fracassou na tentativa.

Em 1975, executou o sequestro que lhe deu fama mundialmente: reteve 11 ministros de países membros da Opep, que estavam reunidos em Viena, na Áustria. O incidente acabou com a morte de três pessoas e a sua fuga. Entre os aliados de Chacal, temos os regimes líbio de Muammar al-Gaddafi, iraquiano de Saddam Hussein, sírio de Hafez al-Assad, cubano de Fidel Castro, e ainda vários países comunistas do Leste Europeu, as Brigadas Vermelhas da Itália e o movimento M19 da Colômbia.

Como fica claro, o elo entre comunistas e terroristas muçulmanos não é de agora, e Lula, fundador do Foro de São Paulo ao lado de Fidel Castro, ditador comunista por ele idolatrado, parece disposto a colocar o Brasil nesse “eixo do mal” de vez. Os nossos antigos aliados do Ocidente estão de olho, e preocupados. Alguns judeus tucanos que “fizeram o L” para “salvar a democracia” já demonstram arrependimento. Qualquer pessoa minimamente sensata e atenta deveria estar com medo mesmo.

Lula e Fidel Castro (26/9/2003) – Foto: Antônio Milena/Agência Brasil

O PT tem “diálogos cabulosos” com o PCC, simpatiza com os narcoguerrilheiros das Farc, e agora assume a postura de mediador entre Hamas e Israel, como se fosse desejável qualquer outro destino que não o extermínio do grupo terrorista palestino. Enquanto isso, figuras ligadas ao PT condenam abertamente Israel, o “Estado assassino”. Não vamos esquecer que nossa vizinha Argentina já sofreu atentados terroristas, como o ataque contra o prédio da Associação Mutual Israelita Argentina (Amia). Ele ocorreu em Buenos Aires em 1994, matando 85 pessoas e ferindo centenas. Foi o atentado mais mortal na Argentina.

Em 25 de outubro de 2006, os procuradores argentinos Alberto Nisman e Marcelo Martínez Burgos acusaram formalmente o governo do Irã de planejar o bombardeio e a milícia do Hezbollah de realizá-lo. Em 19 de janeiro de 2015, Nisman foi encontrado morto em sua casa. Alguns chegaram a suspeitar da participação de Kirchner no suposto assassinato.

Diante desses fatos e lembranças, cabe voltar ao começo e perguntar: alguém fica surpreso ainda com esquerda e terrorismo muçulmano unidos?

(*) Economista liberal-conservador, autor do best-seller “Esquerda Caviar” (Editora Record)

Fonte: https://revistaoeste.com/revista/edicao-190/governo-terrorista/

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