Com Política de Igualdade de Gênero, novo Prosamin+ promove o empoderamento feminino

Programa criou condições para que mulheres tenham proteção e direitos preservados

Certificação de Imóveis para reassentamento na comunidade da Sharp onde as mulheres estão no comando dos lares - Foto: Tiago Corrêa/UGPE

O novo Programa Social e Ambiental de Manaus e Interior (Prosamin+) do Governo do Amazonas tem como um dos principais destaques na sua concepção a promoção do empoderamento feminino, nas suas áreas de abrangência, nas zonas sul e leste da capital amazonense. Uma das inovações do programa, executado pela Unidade Gestora de Projetos Especiais (UGPE), é a Política de Igualdade de Gênero, que prevê a capacitação das mulheres para trabalhar nas frentes de obras, se assim desejarem, ou para empreender, ter o seu próprio negócio, ocupando espaço na área comercial que será implantada.

Além disso, foi garantida às mulheres representatividade paritária a dos homens na gestão participativa. Os Grupos de Apoio Local (GAL) – organizações sociais que promovem a participação comunitária nas tomadas de decisão, como nas Consultas Públicas – têm mais de 50% da sua composição formada por mulheres. Com isso, explica o coordenador executivo da UGPE, engenheiro civil Marcellus Campêlo, o governo quer proporcionar mais oportunidade e mudar a realidade social das mulheres, principalmente as que vivem em condições de vulnerabilidade social. “Essa é uma determinação direta feita pelo governador Wilson Lima e seguida na concepção do novo programa”, observou.

Certificação de Imóveis para reassentamento na comunidade da Sharp onde as mulheres estão no comando dos lares – Foto: Tiago Corrêa/UGPE

A política de gênero  está prevista no Plano de Reassentamento da UGPE, sendo também uma salvaguarda do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), financiador do programa.

De acordo com Marcellus Campêlo, o cadastro socioeconômico da área de abrangência do programa demonstra que 58% dos domicílios nas comunidades da Sharp e Manaus 2000, que passarão por reassentamento, são chefiados por mulheres. Na maioria das vezes, destaca, elas são as únicas provedoras e possuem renda igual ou inferior a um salário-mínimo.

“O Prosamin+ vai capacitar e certificar mulheres para o empreendedorismo, dando a elas oportunidade de geração de renda. A gente espera, com isso, promover a proteção e a inclusão do grupo identificado como vulnerável”, diz Campêlo, ao ressaltar que o programa também atende a um dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidades (ONU), que trata da Igualdade de Gênero.

Como parte das políticas de proteção à mulher, o Prosamin já beneficiava o sexo feminino, quando, preferencialmente, os imóveis dos parques residenciais foram colocados no nome das mães de família. Agora, o Prosamin+ avança com outras garantias.

As empresas contratadas pelo programa assumem o compromisso de oportunizar mão-de-obra da comunidade em seus canteiros, abrindo espaço para homens e mulheres. Das 225 vagas de capacitação que a UGPE irá ofertar para atuar em obras de manutenção dos programas anteriores, pelo menos metade serão para as mulheres.

Certificação de Imóveis para reassentamento na comunidade da Sharp onde as mulheres estão no comando dos lares – Foto: Tiago Corrêa/UGPE

O Prosamin+ também prevê o incentivo ao empreendedorismo e tem como meta entregar pelo menos 96 boxes comerciais para mulheres empreendedoras das comunidades da Sharp e Manaus 2000. Metade das 825 vagas de certificação para cursos diversos também será para elas.

Com investimentos aproximados de R$ 542 milhões, o novo Prosamin+ vai abranger pela primeira vez a zona leste de Manaus. Serão 324 mil metros quadrados de requalificação urbanística seguindo o curso do Igarapé do 40 desde a comunidade Manaus 2000, no Japiim, na zona sul, até a comunidade da Sharp, na zona leste.

Entre as principais intervenções previstas estão obras de saneamento básico, como coleta e tratamento de esgoto e fornecimento de água encanada, de mobilidade urbana, drenagem urbana, construção de parques urbanos e de parques residenciais. O programa também vai reassentar 2.580 famílias que moram em área de risco de alagação ou desabamento ou na área de intervenção das obras.

Observatório da Mulher

O Prosamin+ também vai investir no fortalecimento da Política de Proteção  dos Direitos da Mulher que o Governo do Amazonas realiza através da Secretaria de Estado de Justiça Cidadania e Direitos Humanos (Sejusc) e na criação de um Observatório de dados para direcionar essa política. Para isso, será firmado um convênio  com o objetivo de intensificar  as campanhas de combate à violência contra a mulher no Estado, realizadas por meio de atendimento itinerante nos municípios.

Segundo a subcoordenadora Social da UGPE, Viviane Dutra, o objetivo é ampliar a rede de proteção à mulher com ações que possibilitem ampliar os canais para recebimento de denúncias. “A Sejusc já faz um  atendimento itinerante nos municípios e a nossa meta é fortalecer esse trabalho na Região Metropolitana de Manaus. Então, o Prosamin+ vai   investir para que a secretaria possa ampliar esse atendimento”, explica.

Os dados coletados no atendimento itinerante pela Sejusc subsidiarão o Observatório. O projeto contará com pesquisadores da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), que vão analisar as informações coletadas nos municípios relacionadas à violência contra a mulher e sua vulnerabilidade socioeconômica e criar um diagnóstico para direcionar políticas que garantam mais proteção a esse público.

Por Ascom/UGPE/Prosamin+

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