- A reação de líderes empresariais e de parlamentares à proposta do ministro da Economia, Paulo Guedes, de reformar o Imposto de Renda cortando subsídios de grandes empresas, inclusive da indústria química, é geral no país, repercutindo no Congresso Nacional.
- Os deputados federais Marcelo Ramos (PL) e Sidney Leite (PSD), assim como o senador Eduardo Braga (MDB), estão gritando nas redes sociais contra a proposta de Guedes, que atinge em cheio o polo de concentrados de refrigerantes da Zona Franca de Manaus.
Abir alerta sobre insegurança jurídica
- Em nota, a ABIR (Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e de Bebidas não Alcoólicas) afirmou que o polo de concentrados do país vive novo clima de insegurança jurídica por culpa de Paulo Guedes.
- “Os investimentos industriais guardam relação direta com o grau de confiança que os investidores têm nas regras do jogo. Por isso, é fundamental a premissa da segurança jurídica. O setor de bebidas não alcoólicas tem sofrido há anos com mudanças abruptas em regras pré-estabelecidas e, mesmo em meio a crises, continuou investindo no país, gerando empregos, aquecendo a economia regional e nacional. Continuaremos apostando no diálogo transparente como ferramenta de busca de soluções”, diz nota.
Todos contra Guedes no Congresso
- Uma carta de 120 líderes empresariais à Mesa Diretora da Câmara dos Deputados pede a imediata formação de uma Comissão Especial para analisar a proposta de Guedes.
- Mas há uma articulação para que, na verdade, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) engavete o texto encaminhado ao Congresso pelo Ministério da Economia.
- Além de atentar contra a ZFM, o texto é altamente prejudicial à classe média, sustentam alguns parlamentares.
Bolsonaristas se irritam com Tayah
- Grupos bolsonaristas já detonam, nas redes sociais, o delegado de Polícia Civil, João Tayah, que moveu ação popular para que a Prefeitura de Manaus desista de apoiar a “motociata” que o presidente Jair Bolsonaro realizará na capital do Estado no próximo dia 17.
- O delegado vê campanha pré-eleitoral na decisão da Prefeitura de bancar as despesas pertinentes ao evento em Manaus.
MPF acusa Pazuello
- O ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello retardou deliberadamente a compra de vacinas da Pfizer contra a covid-19.
- Segundo o jornal O Globo, a acusação parte do Ministério Público Federal (MPF) com base em ação de improbidade administrativa ajuizada contra Pazuello pela Procuradoria da República no Distrito Federal.
- “As ações de Pazuello não se pautaram pelos melhores parâmetros técnico-científicos, mas tiveram como norte outras opiniões, orientações e influências, internas e externas ao Governo Federal”, diz o MPF.
Protesto à nota “virulenta”
- O deputado estadual Serafim Corrêa (PSB) reagiu à manifestação do Ministério da Defesa e pelos comandantes das Forças Armadas contra as declarações do presidente da CPI da Pandemia, senador Omar Aziz (PSD).
- “Foi uma nota muito virulenta, desproporcional à fala do senador Omar. Quero dizer que isso não condiz com a nossa tradição democrática”, expressou o parlamentar.
Ameaça à democracia
- Conforme Serafim Corrêa, “este é um momento difícil para a democracia, porque no mesmo dia que isso acontece (o confronto militares x Omar Aziz), o presidente da República ataca e ridiculariza ministros do STF”.
- O deputado vê um perigoso clima de tensão política ameaçando a estabilidade das instituições no país.
Golpe do consórcio
- Em reunião conjunta com a força-tarefa do consumidor nas dependências da OAB-AM, a Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada em Crimes Contra o Consumidor (Decon), acertou ações para o combate ao golpe da carta de consórcio contemplada e do golpe do pagamento para contratar empréstimo em pequenas empresas terceirizadas de estelionatários.
- Conforme o delegado Eduardo Paixão, foi definida uma ação conjunta contra o golpe, onde é pedido um depósito antecipado para a liberação de empréstimo ou depósito para carta contemplada rápida, que se intensificou durante a pandemia.
- O golpe é aplicado por pequenas empresas terceirizadas que se passam por financeiras, oferecendo um crédito fácil, sempre exigindo um valor antecipado para que o empréstimo seja liberado ou o consórcio seja contemplado.
Terminal Pesqueiro, novela indigesta
- Depois de 15 anos de sua construção, ao custo de R$15 milhões, o Terminal Pesqueiro de Manaus, que nunca funcionou plenamente para os pescadores amazonenses, entrou agora no Programa Nacional de Desestatização (PND).
- Preocupado com a novela, o deputado federal Capitão Alberto Neto (Republicanos) pediu à ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina Corrêa, informações precisas sobre o armazenamento e beneficiamento do pescado, juntamente com a estatística pesqueira.
- Alberto quer saber se a privatização será boa ou ruim para os pescadores.