Cibersegurança nas eleições: redes sociais de candidatos e site de notícias são invadidos

Na sexta-feira (23), o Instagram do deputado federal Átila Lins (PSD), que disputa a reeleição, e do seu sobrinho, George Lins (UB), que concorre a Assembleia Legislativa (Aleam), foi invadido por milícias digitais com o claro objetivo de derrubar os perfis dos dois políticos e desestabilizar suas campanhas eleitorais.

“Em questão de segundos, foram inseridos cerca de 5 mil seguidores ‘fantasmas’. Já iniciamos a adoção de medidas para nos resguardarmos juridicamente”, disseram Átila e George em nota.

Também na sexta, a proprietária do site Radar Amazônico, jornalista Ane Margareth, divulgou nota denunciando a invasão do Instagram do site, que, de repente, ficou abarrotado de perfis fakes.

Até agora, nada de providências

    • Os ataques cibernéticos contra redes sociais de postulantes a cargos executivos e proporcionais nas eleições deste ano no Amazonas permanecem sem investigação séria.
    • Até o momento, os órgãos de controle, seja Polícia Federal ou TRE-AM, não apresentaram respostas ao vereador e candidato a deputado federal Rodrigo Guedes (Republicanos), que teve suas redes invadidas por falsos usuários logo no início da batalha de votos no Estado.

Insegurança é total, dizem especialistas

    • Ouvidos pela coluna, especialistas disseram que “a segurança digital” é total no atual processo eleitoral.
    • Despreparados, os órgãos de controle não fazem nada, permitindo o acirramento de polarizações perigosas no jogo político, criando guerra de narrativas que podem transformar a caça de votos na pior baixaria.
    • “O fenômeno das fake news nas redes sociais e nos serviços de mensagens como WhatsApp e Telegram é uma realidade, a cibersegurança é geral nas eleições”, afirmou um especialista.

Wilson Lima e Adailzinho: “Caras de pau”

    • Para internautas que viram o ex-prefeito de Coari Adail Filho escorraçar Wilson Lima com expressões de baixo calão durante a campanha eleitoral de 2020, “os dois não passam de uns ‘caras de pau’ que agora resolveram se unir”.
    • Em mensagens via Whatsapp à coluna, os internautas aludiram à recente adesão de Adail à reeleição de Wilson, que partidários do ex-mandatário atribuem à imposição da cúpula nacional do Republicanos devido a coligação da legenda com o UB.
    • O certo é que, após três meses de lua de mel, Adail trocou Amazonino Mendes (Cidadania) por Wilson Lima. Conforme internautas, “o negócio mesmo foi o oportunismo de Adail, o jogo financeiro nesta altura da campanha”.

Pesquisas são “de araque”

    • A poucos dias da corrida às urnas, assessores de parlamentares, que não quiseram se identificar, garantiram à coluna que os números que apontam o governador Wilson Lima (UB) na dianteira das pesquisas eleitorais não correspondem à realidade.
    • Nesse sentido, eles citaram como “sintomático” o comício da última quinta-feira (22) do presidente Jair Bolsonaro (PL), no Espaço Via Torres, na Zona Norte de Manaus.
    • “Divulgaram que 30 mil pessoas lotaram o Espaço. Mentira. O comparecimento foi de pouco mais de três mil pessoas conforme se pôde constatar em fotos não manipuladas. Também foram sintomáticas as vaias ao governador e ao ex-prefeito Alfredo Nascimento. E então, as pesquisas são de araque”, observou um assessor.

Bolsonaro parte para cima do voto útil

    • Sob pressão das pesquisas favoráveis a Lula, o presidente Jair Bolsonaro (PL) atacará com força a campanha do voto útil fomentada pelo candidato petista ao Palácio do Planalto.
    • Para brecar Lula nesta reta final de campanha, o mandatário vai aumentar sua bateria de críticas a Lula e continuar o investimento nos eleitores do Sudeste, região em que teve votação expressiva em 2018.
    • Nos bastidores, aliados do chefe do Executivo admitem erros da campanha e buscam justificativas para a estagnação do candidato nas pesquisas.

Combate a corrupção

Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
    • Relator do processo, no Supremo Tribunal Federal, que trata da aplicação retroativa da nova lei de improbidade, o ministro Alexandre de Moraes diz que os tribunais precisam se aparelhar melhor para combater a corrupção e julgar ações de improbidade.
    • Ele criticou o longo tempo que levam os julgamentos, reclamando maior agilidade entre o recurso apresentado após a sentença de um juiz e o julgamento em um órgão colegiado.
    • Dados do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) demonstram que o período médio para que esses julgamentos aconteçam, da decisão de primeira instância até a decisão de segunda instância, é de mais de três anos.

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