“Fora genocida” e “Fora Bolsonaro marcam entrega de título em Manaus

  • Faixas e gritos com mensagens do tipo “Bolsonaro genocida”, “cidadão fuleiro genocida” e “fora Bolsonaro” marcaram ontem a entrega do título de Cidadão do Amazonas ao presidente Jair Bolsonaro, no Centro de Convenções Vasco Vasques.
  • Apesar da chuva, os manifestantes amanheceram em frente ao prédio da Assembleia Legislativa, onde protestaram contra a distinção que não teve unanimidade, tendo sido rejeitada por 9 dos 24 parlamentares da Casa.

Pazuello governador

    • Em um canto do Centro de Convenções Vasco Vasques, um grupo de manifestantes bolsonaristas caprichava em elogios ao ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello.
    • Despertou curiosidade uma faixa com os dizeres “Pazuello Governador”.
    • Segundo apurou a coluna, o nome do ex-ministro é um trunfo dos bolsonaristas para as eleições de 2022. Mas, antes ele terá que provar à CPI da Pandemia que não teve nada a ver com a crise de oxigênio que ceifou dezenas de vidas em Manaus.

Ministro farofeiro

    • A visita relâmpago de Bolsonaro a Manaus registrou momentos hilários, começando pelo ministro do Turismo, Gilson Machado.
    • Com sua velha sanfona, ele não soube tocar uma estrofe da banda Carrapicho, como prometido. Do instrumento saiu um refrão de “Chorando Se Foi” da banda Kaoma. O ministro tentou fazer o famoso “migué” com os amazonenses, mas não deu certo.

Wilson vaiado

    • Outro momento cômico foi protagonizado pelo governador Wilson Lima (PSC), literalmente vaiado pelo público do lado de fora do Vasco Vasques.
    • Depois do evento, alguns assessores se disseram assustados com a reação do público presente, uma reação quase violenta, fora dos padrões normais de apupos.

Senadores ausentes

    • Os senadores Eduardo Braga (MDB), Plínio Valério (PSDB) e Omar Aziz (PSD) não apareceram no evento, mesmo sendo convidados.
    • Os três senadores amazonenses preferiram distância do presidente Bolsonaro no atual momento do processo de montagem da CPI da Pandemia. Braga é membro titular da Comissão e Omar almeja ser presidente. Tudo será resolvido dia 27.

Prefeitos esquecidos

    • O governador Wilson Lima não convidou nenhum prefeito do interior do Estado para o evento de ontem no Vasco Vasques.
    • O único presente foi o prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), mas convidado pelo Palácio do Planalto. Houve um momento em que Almeida abordou o presidente, na saída do palco, e a reação de Bolsonaro foi uma cara bem feia ao prefeito.

Mourão de escanteio

    • Vice-presidente da República e presidente do Conselho da Amazônia, o general Hamilton Mourão (PRTB) foi o grande ausente do evento de ontem que consagrou Jair Bolsonaro cidadão amazonense.
    • Segundo se sabe, Mourão e Jair não se entendem mais e sequer apareceram juntos na Cúpula do Clima, gerando especulações. Bolsonaro não pensa mais no vice com relação à disputa eleitoral de 2022 e o general trata de se virar para se segurar na cena política nacional. Ele mira o Senado.

Joana encrencada 

    • A Juíza de Direito da 4ª Vara Cível e de Acidentes de Trabalho, Naira Neila Batista de Oliveira Norte, proferiu despacho ontem em resposta ao processo 0765018-38.2020.8.04.0001 movido por 12 deputados da Assembleia Legislativa do Amazonas, notificando e intimando a deputada Joana Darc.
    • Ela terá que apresentar provas em 15 dias da acusação de compra de votos, inclusive indicando pessoas, locais, datas e condutas que caracterizem doação, promessa, entrega ou oferta de vantagem pessoal de qualquer natureza a deputados estaduais com o fim de obter voto.
    • Se não apresentar provas, Joana terá que se retratar sob pena de sofrer consequências severas.

Destino de Adail

    • Será na quinta-feira (29), no plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o julgamento dos recursos do ex-prefeito eleito de Coari, Adail Filho (PP), contra a cassação do seu mandato pelo TRE-AM.
    • Acusado de tentar burlar a legislação ao exercer o terceiro mandato consecutivo em família, Adail aposta tudo no julgamento de quinta. Se perder, a Justiça Eleitoral terá que marcar a data de nova eleição para a prefeitura da Terra do Petróleo.

Frustração de Dulce

    • Tia de Adail Filho, a prefeita interina de Coari, Dulce Menezes, dificilmente poderá concorrer caso o TSE decida por novas eleições no município.
    • Ela enfrenta forte rejeição da cúpula do seu partido, MDB, presidido no Amazonas pelo senador Eduardo Braga.

Nepotismo

    • Dulce Menezes também enfrenta problemas com uma denúncia protocolada contra ela junto a Promotoria de Justiça de Coari e ao TCE-AM.
    • Ela é acusada de nepotismo por Raione Cabral Queiroz por empregar sete parentes em cargos públicos com salários de até R$ 6 mil, incluindo filho, nora, irmãos e cunhados.

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