Exploração de potássio na Amazônia brasileira, a maior reserva do mundo, recebe prioridade número 1

"Seria uma renda de R$ 10 bilhões por ano para o Estado do Amazonas, além de nos tornar autossuficientes no potássio, fonte de vários fertilizantes", afirmou VPR Hamilton Mourão - Foto: Getty Images

O Brasil parece ter esperado demais e pode tomar uma decisão de força maior, estratégica para o país, para a sobrevivência de sua pedra de toque, o agronegócio. O Presidente Jair Bolsonaro diz que “corremos o risco de faltar potássio e ainda aumento do seu preço. A nossa segurança alimentar e agronegócio”.  A decisão depende do executivo e também do Legislativo para deixar de lado a dependência externa do mineral. O Presidente Bolsonaro mandou investigar as razões da Petrobrás ter vendido a área da reserva de Potássio durante o governo Dilma. Um estudo de uma ONG estrangeira apontou que a exploração não seria rentável e por isso a estatal abriu mão de explorar, mas vendeu para uma empresa canadense. A investigação que a atual direção da companhia foi incumbida de fazer por ordem do presidente, ao que se sabe, já entrou em andamento, e pode envolver até a Polícia Federal e órgãos de inteligência.

Município de Autazes no Amazonas – Foto: Divulgação | Petronotícias

A aprovação do projeto de lei enviado pelo governo, que permite a exploração de recursos minerais, hídricos e orgânicos na Amazônia brasileira e terminaria com o problema. O potássio é elemento essencial para produção de fertilizantes utilizados pelos produtores brasileiros. As tribos indígenas da região receberão royalties pela exploração. “Com a guerra Rússia/Ucrânia, O presidente Jair Bolsonaro está movido pela dependência da Rússia para um mineral tão estratégico para a produção de alimentos no Brasil, embora o país tenha a maior reserva do mundo. O governo já enviou projeto sobre o tema ao Congresso e agora ele ganha uma nova dimensão junto aos parlamentares. O Brasil poderá ser autossuficiente na produção de fertilizantes: “Em 2016, como deputado, discursei sobre nossa dependência do potássio da Rússia. Citei 3 problemas: ambiental, indígena e a quem pertencia o direito exploratório na foz do Rio Madeira,” escreveu o presidente,  em suas  redes sociais.

Foto: Divulgação

hoje corremos o risco da falta do potássio ou aumento do seu preço. Nossa segurança alimentar e agronegócio exigem de nós, Executivo e Legislativo, medidas que nos permitam a não dependência externa de algo que temos em abundância”, publicou o presidente.

Há muito a se apurar. Em 2021, mineradora Potássio do Brasil (PDB controlada pela gigante canadense Forbes & Manhattan, firmou um acordo com a construtora chinesa CITIC para erguer um complexo de exploração de potássio em Autazes, a 110 km de Manaus, no Amazonas. Mas o contrato de US$ 1,94 bilhão foi assinado no apagar das luzes de 2020 sem qualquer consulta às partes envolvidas. Os planos da mineradora de explorar potássio já vinham sendo permeados por conflitos locais. Por isso, uma audiência de conciliação em 2017 levou a empresa a assinar um acordo  com o Ministério Público Federal em que ela está impedida de dar qualquer passo sem prévia autorização judicial.

Por Petronotícias

DEIXE SEU COMENTÁRIO

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.