Assinatura de Fausto será decisiva para a CPI contra o governador Wilson Lima

  • A assinatura do deputado Fausto Junior (MDB) será chave para a formalização da CPI que pretende investigar, na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), a conduta do governador Wilson Lima (PSC) durante a pandemia do novo coronavírus.
  • Até o momento, a CPI conta com seis assinaturas, que são dos deputados Dermilson Chagas (Podemos), Roberto Cidade (PV), Wilker Barreto (Podemos), Delegado Péricles (PSL), Nejmi Aziz (PSD) e Ricardo Nicolau.
  • A assinatura de Fausto seria a sétima, faltando uma para o atendimento do rito regimental da Aleam para a oficialização da CPI. Segundo um dos autores do requerimento que propôs a Comissão, Dermilson Chagas, Fausto havia prometido assinar o documento dias antes de viajar para depor na CPI da Pandemia, no Senado.

O oitavo nome

    • Conforme apurou a coluna, a oitava assinatura à CPI da Pandemia do Amazonas será a de um deputado da base do governo na Assembleia Legislativa.
    • O nome do parlamentar está sendo mantido em sigilo para evitar pressões do Palácio da Compensa. “Depois da assinatura, então divulgaremos o nome do deputado sem problemas”, informou Dermilson Chagas.

Fausto e Zambelli bombando nas redes

    • O deputado estadual Fausto Junior (MDB) e a deputada federal bolsonarista Carla Zambelli (PSL-SP) realizaram uma live na quarta-feira (30) à noite, com mais de 1 milhão de visualizações, onde expuseram assuntos que o parlamentar não pôde detalhar com clareza no depoimento à CPI da Pandemia na última terça-feira.
    • No vídeo, Fausto explicou como funcionavam os contratos indenizatórios no Amazonas pagos nas gestões de 2011 a 2020 pelos governadores Eduardo Braga, Omar Aziz, José Melo, Amazonino Mendes e Wilson Lima.
    • Em nove anos de contratos com suspeita de fraudes, foram pagos R$ 1,5 bilhão.

Estado em “maus caminhos”

    • A dinheirama, de acordo com Fausto, poderia ter sido usado na melhoria dos serviços de saúde na capital e no interior do Estado, mas foi desviado por um esquema de corrupção que deu origem à Operação “Maus Caminhos”, da Polícia Federal.
    • “Nos contratos indenizatórios não há fiscalização quanto à quantidade e qualidade dos serviços e produtos oferecidos ao Estado. As empresas não participam de licitação e cobram o preço que quiserem. O governo simplesmente paga, sem reclamar”, apontou o deputado.

Contratos criminosos

    • Fausto disse à Carla Zambelli que, graças à CPI da Saúde da Assembleia Legislativa, que revelou um esquema criminoso dentro da Secretaria de Saúde, o Governo do Estado cancelou os contratos indenizatórios.
    • “Sem as denúncias da CPI, o esquema criminoso continuaria acontecendo”, garantiu o parlamentar, que também denunciou o aluguel superfaturado do hospital de campanha Nilton Lins “enquanto o Hospital Delphina Aziz permanecia com 50% dos leitos vazios”.

Barroso nega quebras de sigilos

    • No final da tarde desta quinta-feira (01), o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, negou as quebras dos sigilos bancário e fiscal da ex-presidente do TCE-AM, Yara Lins, e de Teresa Raquel Rodrigues Baima Rabelo, irmã do deputado estadual Fausto Junior (PRTB), que depôs na CPI da Pandemia.
    • As quebras dos sigilos foram solicitadas pelo presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD). Em seu despacho, Barroso expressou: “Os requerimentos não especificam quais informações e dados dentro desse universo guardariam relação com o objeto da investigação e seriam, então, do interesse da CPI. Entendo, portanto, que está evidenciada a plausibilidade das alegações das impetrantes”.

Pedidos vazios, diz ministro

    • Conforme Luís Barroso, a CPI da Pandemia “não delimita as informações e dados efetivamente visados”.
    • Ele afirmou que “os pedidos são excessivamente amplos, abrangendo o fornecimento da íntegra de múltiplas declarações fiscais, de conversas mantidas pelas requerentes, da sua relação de contatos, dos arquivos armazenados em nuvens, da cópia integral de mensagens de correio eletrônico, das informações de localização dos seus dispositivos eletrônicos, do seu histórico de pesquisas, suas informações de pagamento, informações de aplicativos baixados e instalados”.

Bi Garcia no banco dos réus

    • Acontecerá na próxima terça-feira (6), no Tribunal Regional Federal, em Brasília, o julgamento do prefeito de Parintins, Bi Garcia (DEM).
    • Ele é acusado de improbidade administrativa em função de delitos praticados entre 2009 e 2012, tais como o recolhimento de recursos descontados em folha dos servidores municipais, mas não transferidos aos cofres do INSS.
    • A bronca aponta um escândalo da ordem de R$ 3,7 milhões ao erário parintinense.

O inferno é aqui

    • Números do INPE bastante elevados aproximam 2021 a cenários da década dos anos 2000, nos quais a Amazônia passava por grandes devastações e números recordes de queimadas.
    • Em junho de 2007, por exemplo, foram 3.519 incêndios registrados no bioma, ainda, por sua vez, distante do recorde de junho de 2004: 9.179 focos.

Impeachment não avançará

    • O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), disse que o superpedido de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro não avançará por falta de elementos concretos.
    • “O que houve nesse superpedido? Uma compilação de tudo o que já existia nos outros e esses depoimentos. Depoimentos quem tem que apurar é a CPI. É para isso que ela existe. Então, ao final dela a gente se posiciona aqui, porque na realidade o impeachment como ação política a gente não faz com discurso, a gente faz com materialidade”, disse Lira ao Jornal do Brasil.

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