Amazônia é desperdício em um mercado de US$ 1,5 bi

  • Há pouco mais de um mês, o pesquisador Salo Colovsky, professor de desenvolvimento econômico da Universidade de Nova York e membro do projeto “Amazônia 2030”, veio a público lamentar a negligência oficial que marca, infelizmente, a Amazônia quanto ao aproveitamento dos seus incríveis recursos naturais.
  • Segundo ele, a exportação, por exemplo, de pimenta do reino da região rende US$ 100 milhões ao ano, mas o seu mercado global é da ordem de US$ 1,5 bilhão. Trocando em miúdos, a participação da Amazônia nesse mercado bilionário é de apenas 7%.
  • O líder é o Vietnã com 35% de participação, faturando alto, principalmente, em negócios com os Estados Unidos.

“Uma fração”

    • De acordo com Colovsky, a exportação de 64 produtos amazônicos nos últimos três anos rendeu quase US$ 300 milhões/ano.
    • Mas ele diz que os negócios poderiam ser melhores em um mercado global de S$ 200 bilhões. “O Brasil é uma fração disso”, declarou o pesquisador ao Valor Econômico.

Onda bilionária

    • Agora, a empresa Transportes Bertolini, que há anos investe em logística na Amazônia, descobriu o novo nicho bilionário que é a bioeconomia e, principalmente, o açaí amazônico, epicentro de negócios altamente lucrativos.
    • Uma balsa da empresa vai percorrer o interior do Amazonas comprando a produção do açaí para depois comercializá-la em um mercado nacional que já movimenta US$ 1,5 bilhão.

E o governo, hein?

    • Enquanto a Bertolini e outros grupos empresariais correm atrás do “ouro cor de açaí”, o Governo do Amazonas não consegue sair da retórica quando se trata da bioeconomia.
    • Mas, dinheiro não falta, segundo o vice-presidente do Sistema FIEAM, Nelson Azevedo. Em entrevista ao jornal Em Tempo, ele afirmou que a indústria de Manaus repassa ao poder público R$ 4 bilhões por ano.
    • “Qualquer empresa, ou qualquer país com legislação adequada, já teria feito uma revolução tecnológica, agroindustrial e de bioeconomia”. Mas o Amazonas não sai da mesmice enquanto o Pará já fatura alguns milhões de dólares com negócios envolvendo o açaí.

David Reis de novo…

    • O presidente da Câmara Municipal de Manaus, David Reis (Avante), está sendo investigado pelo MPE por dispensa de licitação para contratação de uma empresa de segurança armada para a CMM.
    • O contrato é milionário, mesmo a Câmara tendo segurança própria de servidores concursados.

Sidney mira Aleam

    • O deputado federal Sidney Leite (DEM) deve disputar uma vaga de deputado estadual em 2022.
    • Ele vai tomar o mesmo rumo do seu companheiro de bancada Bosco Saraiva (SDD).

Operação Panos Quentes

    • Um plano foi arquitetado no gabinete da Secom para a não exoneração da secretária executiva da Secom, Cristiane Motta Carvalho, que vai ser substituída em breve por outro jornalista de confiança do governador Wilson Lima.
    • A ideia é simples e tosca: tirar Cristiane do foco da ira do governador e mantê-la escondida no gabinete da Secom enquanto o secretário executivo de Imprensa da Secom, Artur César Cunha Souza Júnior, que vive no sobe-e-desce sempre nervoso, despache as questões urgentes da Comunicação com Wilson Lima.
    • O ardil é uma tentativa fútil de fazer com que o governador esqueça da secretária executiva, que há semanas só escutou gritos.

De olho no futuro

    • Mas engana-se quem pensa que Artur Souza Junior esteja fazendo isso para proteger a sua chefe. O comissionado está de olho em um pretenso futuro cargo que prometeram a ele numa onírica e pouco provável nova gestão de Omar Aziz como governador. É o famoso “Salve-se quem puder”.

Sem autoestima

    • Os índices da pesquisa interna encomendada por Wilson Lima apontam dois dados preocupantes que inviabilizam qualquer pretensão de candidatar-se à reeleição: 80% de impopularidade e 1% de intenção de voto.
    • Por isso, Wilson Lima está com planos B e C para o pleito vindouro. Omar Aziz poderá vir mesmo para duelar com Eduardo Braga ou o grupo de Wilson Lima apostará todas as fichas no prefeito David Almeida. Com ambos, Lima já fez costuras políticas para ser uma espécie de eminência parda na futura gestão de quem vencer.

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