- A aliança ainda discreta entre o governador Wilson Lima (PSC) e o ex-superintendente da Suframa, Alfredo Menezes (Patriota), acendeu o sinal de vermelho dentro da bancada do governo na Assembleia Legislativa do Amazonas (ALEAM) e de assessores do primeiro escalão.
- Há um movimento crescente no governo estadual para uma “debandada” a partir do segundo semestre deste ano.
Parceria azedou
- Tudo porque a aliança com Menezes tem uma consequência direta: a saída do senador Omar Aziz (PSD) do “conselho do governador”, o principal defensor de Wilson no meio político.
- Só para lembrar que Menezes e Omar não se bicam, e a relação do parlamentar com o governador azedou desde final de março.
Sobrevivência
- Outra consequência da união de Wilson e Menezes tem a ver com a sobrevivência de Omar no cenário político em 2022.
- O senador precisa da reeleição para manter a prerrogativa da imunidade parlamentar diante do envolvimento de seu nome nas investigações da Polícia Federal nas operações Maus Caminhos e Cashback.
David pode mudar
- Dificilmente o prefeito de Manaus David Almeida permanecerá no Avante, partido que o elegeu em 2020.
- Sem conseguir alcançar 2% dos votos válidos nas últimas eleições municipais, exigência imposta pela chamada cláusula de barreira, o Avante poderá ficar sem acesso às verbas do Fundo Partidário e sem tempo de rádio e TV a partir de 2022.
Especialistas advertem
- A torcida do Avante é para que o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), leve em frente o grupo de trabalho criado por ele para discutir mudanças no Código Eleitoral: propaganda e o financiamento das campanhas, por exemplo.
- Especialistas advertem que o grupo pode afrouxar a cláusula de barreira e salvar o Avante e outras legendas que não foram bem nas urnas de 2020, tais como Psol, Novo, PCdoB, Pros, PV e Rede.
- Do contrário, as legendas terão que fundir-se com outras ou, então, caminhar rumo à guilhotina da extinção.
Calote das igrejas
- Para a Receita Federal, as igrejas não podem ser instituições caloteiras e devem, portanto, pagar impostos apesar de perdoadas de suas dívidas por obra e graciosidade do presidente da República Jair Bolsonaro.
- De acordo com a receita, as dívidas das igrejas com a União chegam a R$ 1,9 bilhão, sendo que parte das broncas é correspondente a débitos previdenciários não especificados.