- Documento de 94 páginas, o quinto Relatório de Acompanhamento do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre a ação do Ministério da Saúde na pandemia, segundo fontes, será uma peça bombástica na CPI da Pandemia contra o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello.
- Na última quarta-feira (14), em sessão do TCU, o ministro Benjamin Zymler propôs a abertura de um processo para apurar a omissão do MS na elaboração de uma política de assistência de medicamentos para estados e municípios durante a pandemia.
- No entanto, os ministros Augusto Nardes e Jorge Oliveira, um ligado ao “Centrão” e o outro amigo da família Bolsonaro, pediram vista na tentativa de abafar a proposta.
Vai feder a enxofre
- Augusto e Jorge terão que devolver a peça ao plenário do TCU e a expectativa é que o documento se transforme em forte munição na CPI presidida pelo senador amazonense Omar Aziz (PSD).
- O documento, produzido por uma equipe de técnicos, detalha ações e omissões do Ministério da Saúde no combate a Covid-19, apontando descumprimento de demandas determinadas pelo próprio MS, propõe multas e desanca o Plano de Contingência da Covid-19, de responsabilidade do MS.
Nitroglicerina
- Caso seja aprovado em plenário, o quinto Relatório de Acompanhamento do TCU vai virar nitroglicerina pura na CPI da Pandemia.
- O relatório propõe que seja aplicada punição ao ex-ministro e general Pazuello, bem como ao ex-secretário-executivo Antônio Elcio Franco e secretários como o de Ciência e Tecnologia, Helio Angotti Neto, todos citados no documento.
CPI da Saúde
- Segundo o deputado Dermilson Chagas (Podemos), o relatório da CPI da Saúde, realizada sobre ilícitos na saúde entre os anos de 2011 e 2019, serão enviados à CPI da Pandemia, no Congresso Nacional.
- A CPI denunciou, dentre outros absurdos, o programa Anjos da Saúde, de R$ 6 milhões, criado por uma consultora particular com grande poder de influência sobre secretários de governo.
Podemos é do Negão
- Aos 81 anos, o ex-governador Amazonino Mendes mostrou ontem que ainda é bom de briga. Ele ganhou a queda de braço com o deputado Wilker Barreto pelo comando do Podemos no Amazonas.
- A presidente nacional do partido, deputada federal Renata Abreu, destituiu Wilker e anunciou o “Negão” como o novo mandachuva do Podemos no Estado.
Dermilson ri
- Quem deu gargalhadas com a destituição de Wilker foi o deputado Dermilson Chagas, de quem Barreto havia tomado a liderança da sigla na Assembleia Legislativa, abocanhando todos os cargos vinculados à função.
- Dermilson, agora, vai conversar com o Negão para resolver de vez sua vida no partido. Mas o MDB já tem uma ficha pronta para ele assinar.
Bolsonaro pressiona
- Favorito para ser o relator da CPI da Pandemia, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) acusou o governo Jair Bolsonaro de fazer “pressão desumana” para impedi-lo de elaborar o documento final das investigações.
- “O governo continua numa pressão desumana para influir nos destinos da CPI. Fui informado que eles pressionaram o líder do PSD para substituir os dois nomes na comissão, substituir o próprio Omar Aziz (PSD-AM)”, disse Renan à Folha de São Paulo.