Serafim pede que Planalto aceite oferta de aviões dos EUA e ONU para oxigênio no Amazonas

Foto: Divulgação

O deputado estadual Serafim Corrêa (PSB) lamentou, durante sessão plenária extraordinária, realizada nesta terça-feira, 26, na ALE-AM (Assembleia Legislativa do Amazonas), a demora do governo federal em aceitar a oferta de três aviões, um dos Estados Unidos e dois da ONU (Organização das Nações Unidas), para transporte de oxigênio ao Estado. As propostas foram enviadas ao Brasil entre os dias 16 e 18 de janeiro.

“Quando estourou a crise do oxigênio muita gente se movimentou no sentido de conseguir um avião, porque a FAB (Força Aérea Brasileira) tem apenas um avião que transporta oxigênio e esse avião estava em manutenção. Resultado é que o Ministério das Relações e o deputado Marcelo Ramos conseguiram que os Estados Unidos colocassem um avião à disposição. A ONU também ofertou dois aviões, mas ontem fez nove dias que os aviões estavam à disposição e o Palácio do Planalto não deu uma resposta. Só chegamos ao Amazonas pelo ar ou pela água e pela água demora 13 dias. Pelo ar demora um dia, o que dá para fazer duas viagens por dia. Claro que precisamos dos aviões”, disse Serafim.

Segundo o deputado, enquanto a empresa White Martins, uma das responsáveis pelo abastecimento de oxigênio no Estado, apela e diz que não tem condições de cumprir as decisões judiciais devido a alta demanda do insumo, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, está “perdido na questão da logística”.

“Quero chamar para discussão o governo federal. A doutora Mayra Pinheiro, que não tem nada a ver com a deputada Mayara Pinheiro, foi muito infeliz quando veio aqui defender o uso da cloroquina que é ineficaz, ineficiente, não cura ninguém. Essa mulher sumiu. A mesma que defendeu a campanha contra o Programa Mais Médicos, onde 18 mil médicos foram mandados embora e isso fez com que a atenção primária em Manaus e o nosso interior desabasse. Veio a pandemia e não tínhamos atenção básica nas medidas em que precisávamos ter. Aqui a crise foi muito maior”, pontou.

Vacinação

Serafim ainda disse que não há outra saída para combater a pandemia que não seja a vacina e que o Brasil, apesar de suas falhas pontuais, tem uma boa estrutura de vacinação. “O mundo não tem outra saída que não seja vacinar. O Brasil tem uma situação atípica porque tem uma estrutura de vacinação muito boa, com falhas pontuais, que devem ser apuradas, mas temos uma estrutura de vacinação. O que ocorre de forma contrária nos Estados Unidos. Eles têm a vacina, mas não têm estrutura de vacinação”, disse.

O parlamentar enfatizou que o país precisa de, ao menos, 300 milhões de doses de vacina e que o ministro das Relações Internacionais, Ernesto Araújo, precisa reestabelecer urgentemente as relações turbulentas com alguns países. “Ministro Ernesto brigou com a China, brigou com os árabes, com o governo Biden, quando se intrometeu lá, brigou com a Venezuela, brigou com a Argentina. Brigou com todo o mundo. Temos que viver em comunidade, no sentido amplo,  de comunidade internacional. Lamentável. Ele fez tudo errado”, concluiu.

DEIXE SEU COMENTÁRIO

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.