Quem vence uma eleição sob domínio do crime, com ilegalidade, censura e mentira?

O Brasil precisa de Liberdade Acima de Tudo; esse é o principal antídoto para neutralizar e tentar superar o poder real do sistema do Crime Institucionalizado, cada vez mais organizado no País

Por Jorge Serrão (*)

crise brasileira (institucional, política, econômica e moral) é marcada pela corrupção da Legalidade contra a Liberdade. Tudo sem Legitimidade. Fato gravíssimo – ocultado da maioria dos brasileiros: o caos “organizado” é financiado pelo narconegócio. Além da grana obtida criminosamente, o dinheiro desviado do setor público também patrocina o sistema que ajuda a eleger nossos “representantes do povo” e aqueles que irão nos governar diretamente. A maioria honesta do eleitorado brasileiro – que se deseja composta por pessoas esclarecidas – tem a obrigação de decidir o voto com base na Verdade. Mas não pode ser ingênua. Afinal, a Cleptocracia (Governo do Crime) se reinventa para continuar dominando o Brasil. Esse é perigo permanente. O Mecanismo é operado por um pequeno grupo, uma oligarquia que comanda, de verdade, o Brasil. O regime do Crime Institucionalizado se estrutura na associação delitiva entre bandidos de toda espécie, a classe política e os integrantes dos poderes Executivo, Legislativo, Judiciário, Militar e Midiático. Assim se organiza e opera a Cleptocracia, que quase sempre assume ares de Juristocracia, para esconder e proteger os verdadeiros “Donos do Poder”. De acordo com o modus operandi criminoso, em ritmo permanente de “Golpe de Estado Branco”, o Establishment (Estamento Burocrático) impõe sua vontade. Assim, aquilo que é errado ou exceção vira regra em meio a um ordenamento institucional digno de manicômio judiciário (hospício para bandido louco).

O modelo autoritário – que se finge “democrático” na narrativa – combina distopia nazista, corporativismo fascista e coletivismo comunista-socialista. O nazicomunofascismo tupiniquim é o tempero da guerra híbrida à qual somos submetidos. Os conflitos são gerados artificialmente. As manipulações são políticas. Na realidade, as armações são culturais, educacionais, psicológicas e midiáticas. As motivações são falsamente “ideológicas”. O fator primordial é a produção permanente de insatisfações pessoais. O conflito se expande a partir do inconsciente coletivo para a vida “real” das pessoas. O controle social é imposto midiaticamente (pelos meios tradicionais e via redes sociais da internet que pertencem a grandes corporações). O resultado prático pode ser visto nessa campanha eleitoral polarizada, repleta de ódios e mentiras. O caos real fica claro e amplificado no ambiente virtual – difuso e muitas vezes inconfiável.

Na Política Real a coisa é mais feia. Nossa República Presidencialista é uma ficção. Não existe mais – se é que um dia efetivamente existiu, desde que foi proclamada, em um golpe, no dia 15 de novembro de 1889. Sempre foi oligárquica. Falta razão pública. Não garante e nem respeita a legalidade. Sobram leis em vigor. Falta respeito a elas. A Lei Maior é violada abertamente. Feita para operar um sistema parlamentarista, sob controle do Congresso Nacional, a Constituição de 1988 já foi revogada, na prática. A Carta Magna não foi corrompida apenas pelas 112 emendas que sequer foram submetidas a referendos populares. A corrupção constitucional é agravada por interpretações supostamente jurídicas e intervenções políticas indevidas que foram impostas por gente não-eleita pelo povo. Dessa forma, não temos segurança jurídica. Aliás, sob domínio criminoso, temos segurança de alguma coisa? Muito pelo contrário… Não foi à toa que 3,5 milhões de pessoas foram assassinadas ou desaparecidas desde a “proclamação” da Nova República de 1985. Poucos têm coragem de falar sobre esse real Genocídio Brasileiro…

No Brasil, não temos Democracia (que, originalmente, pressupõe uma oligarquia com escravos). O brasileiro flerta com o autoritarismo, talvez porque sintamos, no inconsciente coletivo, uma espécie de orfandade em relação a um poder monárquico, com ar absolutista, caudilho, centralizador. Em nome da Legalidade e da Legitimidade, para que tenhamos Liberdade, precisamos aprimorar nosso modelo de escolha dos eleitos pelo povo. O modelo representativo pode ser aprimorado pela Contagem Pública do Voto. No mínimo, o sistema de votação eletrônica precisa ter a impressão do voto pelas urnas eletrônicas para contagem de 100% dos votos na própria seção eleitoral. Além disso, com mais segurança eleitoral, além da escolha dos representantes e governantes, a representatividade pode e deve ser ampliada através de plebiscitos e referendos (instrumentos diretos de exercício efetivo do poder). O novo Congresso eleito tem de trabalhar essa solução pelo aprimoramento institucional. É o desejo da maioria do povo brasileiro. Santo Algoritmo, rogai por nós.

Tribunal Superior Eleitoral, que comemorou 90 anos de existência, provocou muito desgaste desnecessário na eleição. Interferiu exageradamente em um processo que tem de primar, essencialmente, pela liberdade. Extrapolou suas funções originárias, produzindo legislação em seus julgamentos. Isso deixou evidente a fragilidade e o anacronismo do regramento eleitoral. Medida de excesso e de exceção foi a extensão à internet de uma legislação restritiva aos meios de radiodifusão. O TSE conseguiu a proeza de promover censura – um ato absolutamente inconstitucional no Brasil. A “Justiça” (eleitoral) – que conta, inclusive, com membros do Supremo Tribunal Federal em seus quadros – jamais poderia ter censurado pessoas comuns e veículos de comunicação (como o Grupo Jovem Pan, a produtora Brasil Paralelo e a Revista Oeste, dentre outros “menos ou mais votados”). O TSE também cerceou e restringiu o livre debate sobre o aprimoramento eleitoral. Parada sinistra. Isso foi imperdoável democraticamente.

O desfecho eleitoral, em 30 de outubro, pode marcar o epílogo do regime criminoso ou a suicida continuidade do modelo que sequestra o Estado de Direito, tornando os cidadãos brasileiros reféns do autoritarismo bandido. Até agora, na campanha política, fomos bombardeados por ilegalidades, censuras e mentiras que transformam todo o processo em uma grande fraude eleitoral. Para piorar, somos obrigados a acreditar, como um dogma, no resultado final que será proclamado pela Justiça Eleitoral. Não existe direito à contestação ou reclamação sobre um sistema fechado, sem contagem pública de voto, que não é material, depois de transformado em bit (na dedada que damos na urna eletrônica) para ser processado no supercomputador central do Tribunal Superior Eleitoral. Santo Algoritmo, rogai por nós. Será que a cidadania terá plena capacidade e efetivo poder para vencer um pleito dominado pelo Crime Institucionalizado? Tem outra pergunta mais delicada: Quem efetivamente vence uma eleição sob domínio do crime, com ilegalidades, censuras e mentiras? A resposta é complexa. O crime nunca esteve tão organizado eleitoralmente. O Mecanismo opera escancaradamente. Cada ato institucional do Establishment atende à meta de eleger Luiz Inácio Lula da Silva Presidente. A candidatura dele é a própria fraude eleitoral. O Governo do Crime não quer largar o “filé mignon” do poder, prosseguindo com a lucrativa hegemonia do mal no Estado-Ladrão brasileiro. Santo Algoritmo, rogai por nós.

Jair Messias Bolsonaro, com todas as virtudes e defeitos, se esforça para ser reeleito, seguindo com um governo que todos de bom senso devem compreender que é de transição de um Estado-Cleptocrático para um Estado de Direito, realmente Liberal, no Brasil. Os dirigentes e beneficiários do regime Crime Institucionalizado “pisam até no pescoço da mãe” para impedir a continuidade de Bolsonaro. Na verdade, sabem que correm risco concreto. Na live de sábado (22 out), que durou 22 horas e 40 minutos, Bolsonaro deixou um recado enigmático, em apenas 13 segundos, que merece toda atenção, destaque e expectativa: “O que eu quero contar depois da nossa vitória, no dia 30, se Deus quiser, contar com detalhes para vocês. Não posso ficar com essa verdade comigo. Me interessa contar a verdade, documentada”. Qual será a verdade de Bolsonaro? Tomara que ele possa revelar o quanto antes. O tempo urge e ruge. A nós, simples mortais, só resta votar certo, conforme nossa honesta consciência. Só não podemos esquecer de que o jogo será decidido por quem conta o voto. Santo Algoritmo, rogai por nós? Ou não?

(*) Jornalista, professor e flamenguista. É editor-chefe do blog Alerta Total e comentarista do programa 3 em 1 da Jovem Pan.

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