Depois que 32 brasileiros e parentes palestinos chegaram ao Brasil na segunda-feira 13, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva informou que mais um grupo de cerca de 50 brasileiros quer deixar a Faixa Gaza e que pretende resgatar palestinos que queiram refúgio no Brasil.
O presidente Lula disse que determinou ao ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, que converse com a China, atual presidente do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU), para intervir pela saída dos brasileiros.
“Hoje, pedi ao Mauro que tentasse um telefonema com a China, pois a China preside o Conselho de Segurança nesse momento, para o conselho continuar cobrando dos presidentes um comportamento humanista, de afeto com crianças e mulheres”, disse Lula durante a recepção de 32 repatriados no Base Aérea de Brasília na noite da segunda-feira 13.
Mas, de antemão, o governo sabe que uma segunda operação de repatriação pode demorar. No momento, há uma fila de cerca de 3 mil estrangeiros que esperam autorização dos países da região para voltarem aos seus países.
Quase um mês depois do início da guerra no Oriente Médio, em 7 de outubro, com o ataque sem precedentes da organização terrorista palestina Hamas contra Israel, a saída de Gaza tem sido feita pelo Egito.
Os estrangeiros aguardam em Khan Younis ou em Rafah, na fronteira com o Egito. A cada dia, o governo egípcio libera cerca de 500 pessoas para embarcar para seus países.
Nos últimos dias, a fronteira de Rafah permaneceu fechada novamente e sem novas listas de saída de pessoas. Os 32 brasileiros e seus parentes palestinos conseguiram sair da zona de guerra porque estavam em uma lista anterior.
Lula quer trazer palestinos de Gaza para o Brasil
Sobre o novo grupo, Lula disse que o governo “vai tentar fazer todo esforço que estiver ao alcance da diplomacia brasileira para tentar trazer os brasileiros que lá estão e que querem voltar ao Brasil”.
Segundo ele, também há intenção de acolher refugiados palestinos. “Pedi para trazerem parentes até que não fossem brasileiros e vamos tratar de legalizar essas pessoas aqui no Brasil. Enquanto tiver a possibilidade de tirar uma pessoa da Gaza, vamos tirar. Mesmo que seja palestino de origem”, declarou.
