Exames de glicemia e hemoglobina glicada: entenda a diferença

Foto: Divulgação

Em meio à busca por uma vida saudável e equilibrada, o controle da glicemia tem exigido cada vez mais atenção especial. O exame de glicemia, que mede os níveis de glicose (açúcar) no sangue, desempenha um papel crucial no diagnóstico e monitoramento de condições como diabetes e hipoglicemia, por exemplo. Um destaque é que, com o avanço das tecnologias, hoje não é mais necessário realizar agendamentos e esperar longo tempo. O exame pode ser encontrado facilmente em farmácias, onde todo o procedimento é realizado por profissionais habilitados.

“O teste de glicemia permite que as pessoas monitorem seus níveis de glicose de forma regular, muitas vezes num estabelecimento mais próximo de casa, facilitando o controle de condições crônicas como o diabetes”, afirma a farmacêutica e responsável técnica pelos atendimentos clínicos em uma das unidades da Santo Remédio, Bruna Lobato. A rede possui os chamados Farma+Clinic, espaços próprios nas drogarias para a realização desses testes.

O Ministério da Saúde (MS) orienta que pessoas com familiares que têm ou tiveram diabetes devem fazer exames regulares para medir a glicose. Segundo a pasta, 90% dos diabéticos no país têm o tipo 2 (quando o corpo não consegue aproveitar a insulina produzida), ligado a sobrepeso, sedentarismo e outras causas. O tipo 1 é o diabetes hereditário. Nos dois casos, alguns sintomas são fome e sede excessiva, e vontade de urinar com frequência.

Procedimento

O exame de glicemia, também conhecido como teste de glicose, é uma análise feita a partir de uma amostra de sangue para medir os níveis de glicose na corrente sanguínea. A glicose é a principal fonte de energia para as células do corpo e é obtida a partir dos alimentos que ingerimos. No entanto, quando seus níveis estão desregulados no sangue, podem surgir complicações sérias de saúde relacionadas aos diabetes tipo 1 e 2.

“O teste é feito com a coleta de uma pequena amostra de sangue do dedo do paciente. Depois, a amostra é colocada em uma tira reagente já inserida em um medidor de glicose. Valores normais variam entre 70 e 99 mg/dL”, explica a profissional.

O ideal é que o paciente faça o teste em jejum de 8h, mas Bruna explica que há valores específicos que permitem a realização do exame mesmo após as refeições. “Esse segundo caso é a chamada glicemia pós-prandial, realizada duas horas após o paciente ter se alimentado. Para esse teste, parâmetros normais são de até 140 mg/dL”.

Hemoglobina glicada

O exame de hemoglobina glicada, também conhecido como HbA1C ou A1C, é feito a partir de uma amostra de sangue para investigar a presença de diabetes no organismo ou mesmo um quadro de pré-diabetes. O teste é considerado padrão ouro para controle e prevenção do diabetes e também pode facilmente ser encontrado para realização em farmácias. Além disso, tem como diferencial o fato de não precisar de jejum como pré-requisito.

A hemoglobina é a proteína dos glóbulos vermelhos, que transportam oxigênio para os tecidos. A hemoglobina glicada, por sua vez, é uma parte da hemoglobina ligada à glicose e o exame mede os níveis de açúcar no sangue.

“Existe uma diferença importante entre o exame simples de glicose capilar e o de hemoglobina glicada. O primeiro avalia os níveis glicêmicos na hora do teste, e o segundo, faz um apanhado dos últimos 3 meses, portanto, é bem mais completo. Além disso, não precisa de preparos, nem há contraindicações. O grande destaque é que ambos se complementam e costumam ser usados juntos para uma melhor avaliação”, afirma Bruna Lobato.

Hábitos

Segundo o Ministério da Saúde, a melhor maneira de prevenir a diabetes é buscar uma alimentação saudável, realizar exercícios físicos com frequência e evitar o uso do tabaco. É importante ressaltar que a condição tem tratamento para seus dois tipos, permitindo evitar complicações que poderiam surgir sem o cuidado devido.

“É importante que o acompanhamento médico para pessoas com histórico na família faça parte dessa rotina. É esse profissional que pode ajudar a reconhecer sintomas e indicar a realização de exames que possam rastrear a existência do diabetes”, orienta Bruna Lobato.

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