Dólar vai a R$ 4,876, com prévia da inflação no Brasil e juros nos EUA

Foto: Mike Segar/Reuters

O dólar comercial fechou quase estável, em queda de 0,09%, cotado a R$ 4,876.

Já o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), encerrou a sessão aos 115.837,20 pontos, em baixa de 1,02%.

Movimentação da semana

    • O dólar registrou desvalorização de 2,07% desde a última sexta-feira (18).
    • A Bolsa subiu 0,37% no mesmo intervalo.

Cenário interno

    • Hoje, o IBGE divulgou dados do IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor – Amplo 15), considerado uma prévia da inflação oficial. O índice subiu mais do que o esperado em agosto, sob pressão dos custos da energia elétrica, com a taxa em 12 meses voltando a superar os 4%, o que impulsionou as taxas dos principais contratos futuros de juros nesta manhã.
    • Os dados vieram na mesma semana em que o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou em entrevista que a luta contra a inflação não está ganha.
    • “Esse cenário não contribui para o Copom acelerar o ritmo de corte de juros”, destacou o PicPay sobre o IPCA-15 em nota assinada pelo economista-chefe Marco Caruso e pelo economista Igor Cadilhac.
    • O nível atual dos juros, de 13,25%, continua sendo apontado como um apoio para o real ao torná-lo mais atraente para estratégias de “carry trade”, que buscam lucrar com diferenciais de custos de empréstimo entre economias. Muitos participantes do mercado argumentam que, mesmo após o início do afrouxamento da política monetária do Banco Central no início deste mês, a Selic segue em nível restritivo, dando suporte à moeda brasileira.

Cenário externo

    • O mercado aguardava o pronunciamento do dirigente do Banco Central norte-americano, Jerome Powell. Atendendo às expectativas de parte dos mercados de que adotaria tom ainda agressivo, Powell disse que o banco pode precisar aumentar ainda mais a taxa de juros para garantir que a inflação seja contida nos Estados Unidos.
    • Custos de empréstimos mais elevados nos EUA tendem a impulsionar os rendimentos dos Treasuries e, consequentemente, manter o dólar em patamares fortes a nível global, conforme investidores migram seus investimentos em renda fixa para a maior economia do mundo.

Fonte: https://economia.uol.com.br/cotacoes/noticias/redacao/2023/08/25/fechamento-dolar-bolsa-25-agosto.htm

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