Vitamina D: A Chave Imunológica

Descoberta em 1916, por Harry Steenbock, da Universidade de Winsconsin, hoje deveria ser mais propriamente chamada de Hormônio D, devido às diversas funções desempenhadas e seu profundo impacto no sistema imunológico. Talvez seja difícil de elencar em um único artigo a quantidade de doenças sobre as quais ela tem impacto, de pneumonia a câncer, de artrite reumatóide à esclerose múltipla, seria de mais fácil tarefa elencar quais patologias não tem alguma associação com esse tão importante hormônio.

Quando um médico se forma ele sai prontamente treinado para reconhecer doenças e tratá-las, porém, devido à nossa formação, ainda se fala quase que somente de tratamentos medicamentosos, isso talvez explique a resistência de muitos profissionais ao ouvirem o termo “vitamina”. O que não passa de um viés, pois um corpo saudável, com níveis ótimos de hormônios e vitaminas é um corpo que não se adoece facilmente. Se chegou a tal ponto, antes de prescrevermos medicamentos como robôs bem treinados, seria de grande utilidade procurarmos por desequilíbrios hormonais ou vitamínicos.

Uma das dificuldades em se fazer tais reconhecimentos deriva dos problemas em se definir valores normais para determinadas substâncias, sendo esse caso emblemático no hormônio D. Até poucos anos atrás a grande maioria das sociedades médicas concordava com valores de no mínimo 20 ng/ml, inclusive algumas ainda hoje o fazem. Porém, em face das imensas evidências acumuladas nos últimos 20 anos, algumas sociedades já se mobilizaram, com destaque à Sociedade Americana de Endocrinologia, que hoje já considera níveis normais de no mínimo 40 ng/ml.

Grandes estudos já nos mostraram que quando utilizamos valores de até 30 ng/ml temos em média 75% da população com deficiência. Ou seja, há hoje no mundo outra pandemia, mais silenciosa e potencialmente mais grave do que a estamos já familiarizados.

Sólidas evidências científicas hoje nos mostram que se adotássemos níveis normais como sendo de no mínimo 50 poderíamos diminuir pela metade o custo com internações, exames, cirurgias e consultas. Tamanho é o poder do que estamos falando aqui.

Quando pensar em tirar um momento lembre-se de se expor ao sol ao menos 20 minutos por dia, sua saúde agradece.

Por Dr. Marcus Vinicius / Coluna Rejuvenescer / Jornal de Brasília

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