O CNN Brasil Business preparou a carteira de Fundos Imobiliários recomendados para dezembro. Para sua composição, estão listadas as indicações de alguns dos principais bancos e corretoras de investimentos do Brasil. São eles: Banco do Brasil, Órama, BTG Pactual, Warren, Terra, Genial e XP.
Para este mês, as gestoras tem recomendado, principalmente, investimentos nos segmentos de recebíveis imobiliários, lajes corporativas, logística, residencial, galpões e shoppings.
Dentre os principais fundos estão Kinea Rendimentos Imobiliários, com 4 recomendações, seguido por CSHG Real Estate e Bresco Logística, ambas com 3 indicações.
No radar em dezembro
A Genial Investimentos resume o mês de novembro como tendo sido marcado pelo pessimismo. “O mês de novembro foi marcado pela incerteza e pessimismo com propostas de um furo próximo de R$ 200 bilhões no teto dos gastos, podendo elevar a dívida do país a níveis insustentáveis”.
Para o mês de dezembro, a avaliação é de que deve-se ficar atento à PEC da Transição e o anúncio da próxima equipe econômica. Sendo assim, para a carteira de FIIs desse mês, “apesar de acreditarmos que os ativos estão exageradamente descontados, recomendamos cautela aos investidores”.
Já o BTG Pactual, avalia que os juros longos podem permanecer nesses níveis mais elevados por conta da maior incerteza quanto ao processo de elevação da taxa de juros norte-americana; e pela perspectiva mais negativa quanto à questão fiscal brasileira já mencionada.
Nos últimos meses, o banco tem migrado sua carteira para fundos de recebíveis que oferecessem maior liquidez, menor volatilidade e uma carga mais atrativa que os fundos de tijolo – especialmente nos ativos atrelados ao CDI que ganharam maior peso ao longo dos meses.
“Na nossa visão, acertamos nessa decisão e conseguimos ser mais defensivos nesse momento mais conturbado e impulsionar a liquidez média ponderada do portfólio”, pontua o BTG.
Destaques
Veja o que os analistas disseram sobre os FIIs com maiores recomendações para dezembro.
Kinea Rendimentos Imobiliários
Ação: KNCR11
Comentário: Banco do Brasil
Ao longo dos últimos meses, o fundo vem elevando gradualmente o patamar de distribuição de dividendos, sendo que, para o mês de dezembro, já foi anunciada a distribuição de R$ 1,10 por cota, o que representa um dividendo anualizado de cerca 13%.
O banco ressalta que o fundo vem se beneficiando do cenário de juros em patamares elevados em função de sua carteira ser majoritariamente pós-fixada.
A instituição afirma que a recomendação para fundo está em linha com o cenário macroeconômico que vem se desenhando para os próximos meses, de inflação ainda pressionada e manutenção dos juros em patamares mais elevados.
“Tal cenário tende a favorecer os fundos de papel com maior exposição ao CDI, como é o caso do KNCR11”.
CSHG Real Estate
Ação: HGRE11
Comentário: Genial Investimentos
É o fundo do Credit Suisse Heding Griffo que tem como objetivo a aquisição de ativos corporativos voltados para a renda. O fundo possui 19 ativos espalhados do Rio de Janeiro ao Rio Grande do Sul com 34 contratos e prazo médio de 5,8 anos.
Segundo a corretora, atualmente a vacância do portfólio está em 22% sendo os dois principais ativos com vacância a Torre Martiniano, que passa por retrofit com entrega prevista para esse mês. No mês de outubro o resultado foi impactado por despesas não recorrentes referente a comissão de intermediação das locações feitas recentemente.
“Em nossa visão a gestão tem feito um processo importante de reciclagem de portfólio, que tem gerado valor ao cotista, além disso acreditamos que o fundo possui boas perspectivas para redução da vacância na Torre Martiniano ao longo de 2023, repetindo o que foi feito no Paulista Star”, avalia a Genial.
Bresco Logística
Ação: BRCO11
Comentário: BTG Pactual
O Bresco Logística FII é um fundo imobiliário focado em renda e gestão ativa, com o objetivo de investir em galpões logísticos que apresentem elevado padrão construtivo, além de localização próxima às principais regiões de consumo.
Atualmente, o BRCO11 possui ativos localizados nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Paraná, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro.
A sugestão de compra para o fundo, segundo o BTG, é baseada na grande exposição ao estado de São Paulo, especialmente em regiões próximas à capital; na exposição a contratos atípicos, que trazem previsibilidade à parte das receitas do fundo; os imóveis de altíssimo padrão; a possibilidade de geração de valor no longo prazo através de reformas e expansões em seus ativos; e a boa liquidez no mercado secundário.
Por Pedro Zanatta,
