Seleções que não pretendiam fazer protestos jogaram melhor na Copa, diz Wenger

Chefe de desenvolvimento global de futebol da Fifa relacionou o desempenho das equipes com as manifestações políticas ou contra a discriminação

Chefe de Desenvolvimento Global de Futebol da Fifa, Arsene Wenger, durante entrevista coletiva em Doha 19/11/2022. Foto: REUTERS/Matthew Childs

O chefe de desenvolvimento global de futebol da Fifa, Arsène Wenger, afirmou neste domingo (4) que as seleções que optaram por não fazer protestos na Copa do Mundo do Catar, ou por questões políticas ou de luta contra a discriminação, apresentaram melhores performances na primeira rodada da fase de grupos.

“Você sabe que, quando você está em uma Copa do Mundo, não pode perder o primeiro jogo. As seleções que têm mais experiência em torneios deste tamanho, como França e Inglaterra, jogaram bem na estreia. São as seleções que estavam mentalmente prontas, com foco na competição, e não em manifestações políticas”, declarou o ex-técnico do Arsenal.

Apesar da declaração de Wenger, a Inglaterra foi uma das seleções que mais se preocupou com manifestações políticas, principalmente contra a discriminação de homossexuais. O país também protestou contra o racismo, quando seus jogadores se ajoelharam em campo antes do início da partida com o Irã. Os ingleses golearam por 6 a 2, na estreia.

A França, que começou fazendo 4 a 1 na Austrália, também foi uma das seleções citadas pelo dirigente. A equipe francesa vem sendo discreta nas causas políticas. O goleiro Lloris afirmou que não usaria a braçadeira de capitão com as cores do arco-íris por respeitar a cultura do Catar.

Por outro lado, a Alemanha, que posou para foto com a mão na boca em protesto contra a Fifa, acabou sendo derrotada na estreia para o Japão, por 2 a 1, e foi eliminada ainda na fase de grupos.

O Irã, por sua vez, também caiu na primeira fase do torneio, mas os protestos realizados durante a Copa do Mundo tiveram reflexo direto no país, que obteve uma vitória fora das quatro linhas. O governo do Irã prometeu reavaliar a lei sobre a obrigatoriedade do uso do véu islâmico.

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