Sedecti participa de diálogo com especialistas ambientais sobre bioeconomia na Amazônia

Secretários explanaram sobre estruturação de fortalecimento, fomento e dinamização da bioeconomia na região

Valdenor Cardoso e Angelus Figueira - Foto: Kevin Sousa | Sedecti

O titular da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti), Angelus Figueira, e o secretário executivo, Valdenor Cardoso, participaram do segundo Ciclo “Diálogos para uma bioeconomia inclusiva na Amazônia”, na sexta-feira (19/08), por meio de videoconferência.

Durante suas explanações, os secretários falaram sobre a estruturação de fortalecimento, fomento e dinamização da bioeconomia na região, a exemplo do que o Amazonas vem desenvolvendo.

O evento é uma realização do Hub de Bioeconomia Amazônica, secretariado pela Fundação Amazônia Sustentável (FAS), em parceria com a Green Economy Coalition (GEC).

A “Bioeconomia amazônica no centro da política: O papel dos governos locais para o fomento de uma bioeconomia inclusiva na Amazônia” foi o tema central da segunda edição do evento. Dentre os debates, a abordagem sobre o papel dos governos locais para o fomento de uma bioeconomia inclusiva.

Ao considerar a importância da bioeconomia “na e para” a região amazônica, o titular da Sedecti destacou que, o Ciclo de Diálogos vem ao encontro do que o Governo do Estado está desenvolvendo e que já resultou na realização do primeiro Fórum Permanente de Desenvolvimento Sustentável, realizado em junho, envolvendo diversos atores da economia.

“Estamos elaborando um Plano Estratégico de Desenvolvimento e este é um momento ímpar na história do Amazonas, estado que possui uma cobertura vegetal de 97% e no qual, a partir de suas vocações naturais, a bioeconomia, é um vetor econômico estratégico para potencializar nossa matriz econômica pelo Polo Industrial de Manaus (PIM)”, avaliou Figueira.

Durante sua fala no Ciclo de Diálogos, o titular da Sedecti destacou algumas ferramentas da bioeconomia que podem promover ainda mais a geração de emprego e renda, especialmente, no interior do estado.

“Nós temos os serviços da floresta, como a agricultura, a agroecologia, a produção de castanha, cacau, açaí, avicultura, a produção de fitoterápicos, dentre outros, e estamos trabalhando estes vetores para que possamos ter alternativas que possam transformar nossa matriz econômica, numa matriz mais robusta. Não só do ponto de vista econômico, mas do ponto de vista social”, exemplificou.

Liga de parcerias

O Ciclo de Diálogos promovido pela FAS foi traduzido pelo secretário executivo, Valdenor Cardoso, como uma “liga de parcerias” sobre a bioeconomia da Amazônia, uma vez que envolve renomados especialistas da unidade geográfica da região.

“São profissionais do Amazonas, do Pará, Amapá tratando de uma estruturação de fortalecimento, fomento e dinamização da bioeconomia na região, a exemplo do que o Amazonas já vem fazendo. Nós temos a bioeconomia tradicional, florestal e de commodities. O Governo do Amazonas está fazendo todas estas etapas. Na bioeconomia tradicional estamos com o manejo de pirarucu, de produtos da floresta, cacau, açaí florestal. Na bioeconomia florestal nós temos o manejo, os serviços ambientais, ecossistêmicos”, esclareceu Cardoso que é agrônomo extensionista rural, por formação.

O que é Bioeconomia

De acordo com os especialistas, bioeconomia é a “ciência que estuda os sistemas biológicos e recursos naturais aliados à utilização de novas tecnologias com propósitos de criar produtos e serviços mais sustentáveis”.

“De forma simples, a bioeconomia está presente na vida da população de várias maneiras, desde novas variedades vegetais, nos biocombustíveis, nos cosméticos, nas enzimas industriais, e até na produção de vacinas”, destacou a engenheira florestal, Nadiele Pacheco, também presente na palestra.

Participaram ainda do segundo ciclo de debates, o representante da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) da Sedecti,  Marcondes Noronha; Camile Bemerguy (Sema/ Pará); Ana Euler (Embrapa); o superintendente geral da Fundação Amazônia Sustentável (FAS), Virgílio Viana; Juliana Simões da The Nature conservancy Brasil -TNC e o representante do ICLEI América do Sul (International Council for Local Environmental Initiatives), Bráulio Diaz.

O projeto

De acordo com a FAS, o Ciclo “Diálogos para uma Bioeconomia inclusiva na Amazônia” tem o apoio do International Institute for Environment and Development (IIED), é financiado pelo Partners for Inclusive Green Economy (PIGE) e tem como objetivo “aprofundar o debate sobre bioeconomia amazônica, amplificar soluções e formular propostas que promovem uma bioeconomia inclusiva na Amazônia, partindo da experiência e visão plural de diferentes atores”.

“O diálogo tem a intenção de apoiar discussões sobre a importância de se ampliar a incidência e o fortalecimento de políticas subnacionais que estão centradas na valorização do capital natural e o papel destas políticas para o desenvolvimento da região amazônica. Também traz luz sobre a razão pela qual, apesar de tantas oportunidades, nem a Amazônia nem a bioeconomia regional têm sido incluídas como grande fator econômico sustentável nas decisões do país”, comentou a facilitadora global do Hub de Bioeconomia Amazônica, Marysol Goes.

Assessoria de Conunicação

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