Sabin desenvolve metodologia para diagnóstico de varíola dos macacos

Foto: OMS | Nigeria Center for Disease Control

Com histórico de investimento em inovação, o Grupo Sabin desenvolveu uma metodologia própria e já oferece um exame PCR para detectar o vírus da varíola dos macacos. Para o diagnóstico, uma amostra das lesões causadas pela doença é coletada com um swab por profissional treinado.

O exame foi desenvolvido no setor de biologia molecular do Grupo, em Brasília, e está disponível para agendamento da coleta em Manaus, já que o paciente deve ser manter em isolamento.

Para testar a metodologia, os pesquisadores do Sabin utilizaram amostra do segundo caso confirmado da doença na capital federal. “Somente com material realmente infectado foi possível termos certeza que o exame que desenvolvemos é capaz de detectar o vírus”, explica o biomédico Lucas Pereira, que esteve à frente da pesquisa.

Para identificar a presença do microrganismo, o teste desenvolvido no laboratório Sabin utiliza amostras coletadas por profissionais capacitados das lesões na pele, resultantes do processo infeccioso. Neste tipo de amostra encontra-se uma maior quantidade de vírus nessa fase de infecção. A nova metodologia detecta de maneira específica o Monkeypox vírus, agente causador da varíola dos macacos.

O investimento do Sabin em pesquisa e desenvolvimento já rendeu outros exames próprios para o diagnóstico de doenças que impactam a saúde no Brasil. Antes do primeiro caso de covid19 ser confirmado no país, em 2020, a empresa lançou um teste no formato RT-PCR, que se tornou importante aliado do ecossistema nacional de saúde. Em 2016, o laboratório foi pioneiro ao lançar um exame pelo método RT PCR para dengue, zika e chikungunya, com uma única amostra de sangue.

Sintomas e contaminação

A OMS descreve quadros diferentes de sintomas para casos suspeitos da varíola do macaco em humanos. Quando uma pessoa apresenta bolhas na pele de forma aguda, acompanhadas de dor de cabeça, febre acima de 38,5°C, linfonodos inchados, dores musculares e no corpo, dor nas costas, fraqueza e calafrios, deve procurar um médico, que vai avaliar a necessidade de exames laboratoriais para confirmar a enfermidade.

Os sintomas costumam aparecer entre o 5º a 21º dia após o contato com o vírus, e duram entre 14 a 21 dias. Diferente da Covid-19 e de algumas doenças infectocontagiosas, o contágio da varíola ocorre por meio do contato com feridas na pele, sangue, fluídos corporais ou gotículas respiratórias de pessoas ou animais infectados.

Protocolo e tratamento

Atualmente, os médicos recomendam o isolamento de 21 dias do paciente que tiver o resultado positivo do exame de varíola dos macacos. A doença, geralmente, é autolimitada, ou seja, a enfermidade costuma desaparecer de forma espontânea, sem necessidade de tratamento. O paciente deve receber atenção clínica para aliviar os sintomas, evitando complicações graves, especialmente, crianças, mulheres grávidas ou pessoas com imunossupressão devido a outros problemas de saúde.

Repercussão Assessoria

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