Preparatória para Cúpula da Amazônia debate futuro sustentável e prosperidade dos povos tradicionais

Foto: Divulgação

A Cúpula da Amazônia acontece nos próximos dias 8 e 9 de agosto, pela primeira vez, em Belém do Pará. O encontro é um marco das relações entre o Brasil e as demais nações que formam a Pan-Amazônia e um dos principais compromissos de política externa do governo federal em 2023. Além da presença de comitivas presidenciais de oitos países da América do Sul, a cúpula vai reunir representantes da sociedade civil amazônica para reivindicar direitos e apresentar projetos de futuro para a região.

Nos dias que antecedem a Cúpula da Amazônia, um conjunto de organizações socioambientais vai promover uma programação de debates inclusivos sobre desenvolvimento sustentável e prosperidade social com o protagonismo dos povos amazônidas. Os eventos, que ocorrerão entre os dias 4 e 6 de agosto, têm entrada gratuita e fazem parte dos “Diálogos Amazônicos”, organizados pela Secretaria-Geral da Presidência da República.

A iniciativa é uma realização do comitê formado por seis das maiores instituições socioambientais na Amazônia: Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS), Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq), Fundação Amazônia Sustentável (FAS)/Rede de Soluções para o Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (SDSN Amazônia), Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais para o Meio Ambiente e Desenvolvimento (FBOMS) e o Grupo de Trabalho Amazônico (GTA).

“A Fundação Amazônia Sustentável, em apoio aos povos da floresta, promoverá eventos para discutir sobre a prosperidade na Amazônia profunda”, afirma Victor Salviati, superintendente de Inovação e Desenvolvimento Institucional da FAS.

“Em parceria com CNS, COIAB, CONAQ, FBOMS e GTA, teremos cinco eventos, entre os dias 4 e 6 agosto, para inspirar as discussões da Cúpula sobre o desenvolvimento sustentável e o protagonismo dos povos indígenas, quilombolas e populações tradicionais e extrativistas na definição de políticas públicas. Adicionalmente, a FAS, por meio da rede SDSN Amazônia, amplia esta discussão para todos os oito países da Bacia Amazônica”, acrescenta.

A programação está organizada em plenárias, mesas de discussões abertas para toda sociedade, sobre temas prioritários para a gestão sustentável e governança participativa dos territórios na Amazônia. Entre as questões a serem debatidas, destacam-se o papel das Unidades de Conservação na proteção do bioma, o financiamento climático, soluções em energias renováveis e conectividade nos interiores da região, e a liderança dos povos e comunidades tradicionais na missão coletiva de manter a floresta amazônica em pé.

CONFIRA

04 de agosto

    • Plenária Iniciativa: “Amazonía Sin Fronteras: Aportes de la Sociedad Civil y Comunidades Locales de la Pan Amazonía a la Cumbre Climática/Amazônia Sem Fronteiras: Contribuições da sociedade civil e das comunidades locais da Pan-Amazônia para a Cúpula do Clima”
    • Organizações participantes: CNS, COIAB, CONAQ, FAS, FBOMS, GTA
    • Horário: 18h às 20h
    • Local: Hangar Centro de Convenções (Av. Dr. Freitas, s/n – Marco, Belém – PA), sala 02
    • Entrada: gratuita

05 de agosto

    • Plenária: “Prosperidade na Amazônia: visão e oportunidades de lideranças indígenas, tradicionais e ribeirinhas para o desenvolvimento sustentável”
    • Organizações participantes: CNS, COIAB, CONAQ, FAS, FBOMS, GTA
    • Horário: 08h às 10h
    • Local: Universidade Federal do Pará, Campus Guamá (R. Augusto Corrêa, 01 – Guamá, Belém), Portão 1
    • Entrada: gratuita

06 de agosto

    • Plenária: “Financiamento climático e desenvolvimento sustentável: como fazer para chegar na ponta?”
    • Organizações participantes: CNS, COIAB, CONAQ, FAS, FBOMS, GTA Horário: 08h às 10h
    • Local: Universidade Federal do Pará, Campus Guamá (R. Augusto Corrêa, 01 – Guamá, Belém), Portão 1
    • Entrada: gratuita
    • Plenária: “A importância das Unidades de Conservação e das populações extrativistas no desenvolvimento sustentável da Amazônia”
    • Organizações participantes: CNS, COIAB, CONAQ, FAS, FBOMS, GTA
    • Horário: 08h às 10h
    • Local: Universidade Federal do Pará, Campus Guamá (R. Augusto Corrêa, 01 – Guamá, Belém), Portão 1
    • Entrada: gratuita
    • Plenária: “Soluções sustentáveis: energia renovável e conectividade para uma Amazônia sustentável”
    • Organizações participantes: CNS, COIAB, CONAQ, FAS, FBOMS, GTA
    • Horário: 18h às 20h
    • Local: Centro Regional do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia – Censipam (Av. Júlio César, 7060 – Val de Cans, Belém)
    • Entrada: gratuita

Sobre o Comitê Articulador

Com o objetivo de fortalecer o posicionamento e a incidência política da sociedade civil pan-amazônica, o Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS), a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), a Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (CONAQ), a Fundação Amazônia Sustentável (FAS), o Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais para o Meio Ambiente e Desenvolvimento (FBOMS) e o Grupo de Trabalho Amazônico (GTA) realizaram uma série de eventos online e presenciais com representantes da sociedade civil da Pan-Amazônia em preparação para a Cúpula da Amazônia. Ao final, esses debates subsidiarão a construção de uma carta coletiva com as principais propostas e recomendações socioambientais. O documento será apresentado aos chefes de Estado dos países integrantes da OTCA na Cúpula da Amazônia em Belém.

Sobre a Cúpula da Amazônia

Em abril deste ano, o Brasil propôs a realização da ‘Cúpula da Amazônia’ com o objetivo de reunir os nove países cujos territórios integram a bacia amazônica: Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Suriname e Venezuela. O evento internacional será realizado em Belém, no Pará, cidade que também é candidata a sediar a COP-30, em 2025. Os chefes de Estado dos oito países que integram a Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA) estarão presentes. A cúpula pretende elaborar uma política comum para o desenvolvimento sustentável da região.

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