Nesta sexta, Manaus faz homenagem às 500 mil vítimas da Covid-19 no Brasil

Protesto em Manaus no último fim de semana fez homenagem às 500 mil vítimas da covid-19 no país – Juliana Pesqueira - Foto: Divulgação

Um ato simbólico será realizado em Manaus, nesta sexta-feira (25), em memória das mais de 500 mil vítimas da Covid-19 no Brasil. Com a participação de integrantes de movimentos sociais, estudantis e entidades representativas da classe trabalhadora, a homenagem acontece a partir das 17h na Praça da Saudade.

“Vamos acender 500 velas para lembrar, simbolicamente, esse meio milhão de vidas perdidas para a doença” diz Yan Evanovick, coordenador da Frente Brasil Popular no Amazonas e um dos organizadores do ato de hoje. Ele enfatiza que a homenagem faz parte da agenda de mobilizações nacionais que vêm ocorrendo em todo o país contra a negligência do governo federal no combate à pandemia, e que serve como contraponto à vinda de Jair Bolsonaro a Manaus, no próximo domingo.

“O momento não é de carreatas, motociatas ou passeatas que não tenham como propósito a defesa das vacinas, do uso de máscaras e demais medidas de proteção à vida, então, não faz sentido o presidente vir a cidade fora desse contexto, a não ser que seja para pedir desculpas por não ter dado uma resposta rápida durante a crise do oxigênio que ajudou a matar ainda mais pessoas acometidas pela Covid”, ressalta.

Também entre os participantes do ato desta sexta, o presidente do Sindicato dos Servidores da Justiça do Trabalho e Justiça Federal (SitraAM/RR), Luiz Cláudio Correa, destaca que Manaus não pode esquecer que esteve no epicentro das duas grandes ondas da Covid-19 no Brasil. “Foram mais de 13,2 mil vidas perdidas e milhares de famílias despedaçadas. Não podemos deixar que isso caia no esquecimento”, ressalta, lembrando que o ato de hoje também serve como chamamento a um grande protesto marcado para o dia 24 de julho em todo o país.

A mobilização é coordenada pelas frentes Brasil Popular (FBP) e Povo Sem Medo (FPSM), além de movimentos sociais e centrais sindicais. Eles pedem o impeachment de Bolsonaro, vacinas para todos, auxílio emergencial de R$600 até o fim da pandemia, mais verbas para a educação, e lutam contra a privatização do patrimônio público, a Reforma Administrativa (PEC 32) e os ataques à Zona Franca de Manaus.

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