Milhares de pessoas se reúnem em Copacabana a favor do presidente Bolsonaro e do Voto Auditável Impresso

Fotos: Divulgação

Manifestação ocupa área de lazer na Av. Atlântica e interdita a R. Miguel Lemos na altura da Av. N. Sra. de Copacabana. PM, CET-Rio e Guarda Municipal atuam no local. Os manifestantes da Direita pedem o voto imprenso e auditável.

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e seus apoiadores têm saído em defesa do “voto auditável impresso” e contra a urna eletrônica, alegando que o sistema eleitoral brasileiro permite fraudes.

Sob a justificativa de que o voto impresso pode ser auditável, ou seja, passar por auditoria, existe até uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 135/19 sendo discutida no Congresso Nacional. A proposta quer instituir o voto impresso auditável já a partir das eleições de 2022.

O assunto divide opiniões e chegou a ser tema de lives do presidente em suas redes sociais. O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) por sua vez reforça que as urnas eletrônicas são 100% seguras.

Presidente do Tribunal, o ministro Luís Roberto Barroso ressalta que desde que entrou em uso nas eleições, em 1996, as urnas eletrônicas nunca tiveram nenhum registro de fraude.

Ao contrário do que se acontecia nos anos de voto impresso, quando os brancos viravam votos contados para determinados candidatos e urnas chegavam a desaparecer.

O que é voto auditável?

Sem nem saber que o voto na urna eletrônica é auditável, a sociedade tem visto parlamentares e apoiadores do presidente, por exemplo, pedindo pelo “voto auditável” sendo que é possível auditar a urna eletrônica desde a sua implantação.

De acordo com o Tribunal, todo processo eleitoral é auditável. Isso porque existem diversas auditorias que podem e inclusive são feitas desde às vésperas do pleito.

Além das auditorias internas, feitas pelo próprio TSE, cidadãos, partidos políticos, fiscais de partidos, candidatos, OAB e Ministério Público podem realizar a fiscalização durante as etapas do processo.

Quais auditorias são possíveis de se fazer nas eleições:

O Tribunal Superior Eleitoral elencou todas as oito diferentes possibilidades de auditoria nas eleições para não deixar margem de que o voto eletrônico também é auditável. Confira:

Verificação do resumo digital – São algoritmos que mapeiam e transformam dados que são gerados a cada eleição.

Reimpressão do Boletim de Urna – É possível reimprimir os boletins de qualquer urna encerrada, após as eleições, para conferência futura e comparação entre o boletim impresso e o que foi recebido pelo sistema.

Verificação de assinatura digital – Esta técnica criptográfica é usada para garantir que o arquivo digital não foi modificado, e possa ser verificado quanto à sua integridade e autenticidade.

Comparação dos relatórios e das atas das seções eleitorais com os arquivos digitais da urna – A urna registra todos os eventos da votação em um arquivo chamado “log”, que pode ser comparado com as atas das seções eleitorais.

Auditoria do código-fonte lacrado e armazenado no cofre do TSE – É possível verificar os códigos-fontes das eleições passadas. O principal produto da lacração são as assinaturas digitais dos softwares usados nas eleições, que serão verificadas pelo hardware da urna, a principal barreira contra ataques externos.

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