Integrantes da PGR querem investigar falas de Bolsonaro sobre fraudes eleitorais

Jair Bolsonaro já chegou a dizer que sem voto impresso, não haverá eleições em 2022 - Foto: MATEUS BONOMI/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDO

Membros da cúpula da Procuradoria-Geral da República (PGR) pedem que Augusto Aras investigue falas do presidente Jair Bolsonaro sobre fraudes no sistema eleitoral. Um grupo de cinco subprocuradores do Conselho Nacional do Ministério Público querem que o procurador-geral apure se as falas do chefe do Executivo configuram abuso de poder de autoridade e atentam contra a normalidade das eleições de 2022.

Jair Bolsonaro já chegou a dizer que sem voto impresso, não haverá eleições no ano que vem. E vem repetindo que houve fraudes nas eleições de 2018 e 2016. Porém, ele ainda não apresentou provas à Justiça Eleitoral.

No pedido, os subprocuradores afirmam que “a fala presidencial contém traços evidenciadores de grave e concreta ameaça ao principal instrumento de concretização de uma democracia representativa, que é a eleição”.

Na terça-feira, 13, o senador Marcos Rogério (DEM) fez um discurso defendendo a implantação do voto impresso. Para ele, não se trata de por em dúvida o sistema eleitoral, mas aumentar a higidez e a transparência do processo. “Que obrigação tem o eleitor de confiar de maneira absoluta que a urna registou corretamente o seu voto? Por que negar ao eleitor o direito de conferir o seu voto? Que obrigação tem o eleitor, os candidatos e os próprios partidos de acreditaram que o sistema eletrônico atuou com perfeição, independente de fraude ou não?” A proposta segue sendo discutida por uma comissão especial da Câmara, que pode votar o texto ainda nesta semana. Até mesmo deputados favoráveis à medida veem dificuldades para obter votos suficientes para a aprovação.

O presidente da Casa, Arthur Lira, lembra que os deputados já aprovaram uma proposta semelhante, em 2015, que não avançou no Senado Federal. “Venho colocando de uma maneira bem prática que a Câmara já votou uma PEC dessa em 2015, não teria necessidade da Câmara passar por isso de nov. A PEC está no Senado desde 2015.

Se não houver condição do Senado votar lá uma PEC de 2015, não sei que diferença faria”, pontuou. Está prevista para esta quarta-feira, 14, uma reunião entre os chefes dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Jair Bolsonaro, Arthur Lira e os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco, e do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, devem se encontram no STF às 11h. O encontro foi convocado por Fux para reparar os recentes conflitos entre Poderes.

Fonte: https://jovempan.com.br/programas/jornal-da-manha/integrantes-da-pgr-querem-investigar-falas-de-bolsonaro-sobre-fraudes-eleitorais.html

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