Federação dos Pescadores avalia conquistas e lutas do setor pesqueiro em ano de pandemia

Foto: Divulgação

Os 100 anos da Confederação Nacional dos Pescadores (CNPA), comemorados em agosto deste ano, e os efeitos da pandemia do coronavírus entre os trabalhadores do setor pesqueiro, foram alguns dos temas discutidos na assembleia geral dos pescadores, corrida em Manaus.

O evento reuniu pescadores de todo Estado, que fizeram um balanço das atividades ao longo deste ano. Foram destacados o pagamento do seguro defeso e a proposta de privatizar o Terminal Pesqueiro de Manaus, entre outros temas.

A assembleia geral foi coordenada pelo presidente da Federação dos Pescadores do Amazonas (Fepesca-AM), Walzenir Falcão, que também comanda da Confederação Nacional dos Pescadores (CNPA).

Walzenir lamentou a morte dos pescadores por causa do coronavírus. “A pandemia não perdoou nossos colegas da capital e interior. É uma doença traiçoeira”, afirmou.

A Fepesca-AM, junto às colônias de pescadores nos municípios, ofereceram auxílio a seus trabalhadores e familiares para enfrentar os efeitos do coronavírus.

Walzenir lembrou a luta da CNPA junto ao governo Federal para liberar as parcelas do seguro defeso que foram suspensas durante o governo da ex-presidente Dilma Roussef, em 2015.

Naquela época, milhares de pescadores foram prejudicados com a suspensão do pagamento por causa das pedaladas fiscais promovidas pelo governo Federal.

Outra luta encabeçada pela Fepesca/CNPA foi para evitar que o seguro defeso fosse extinto. A proposta do governo Federal era acabar com o benefício, que seria incorporado ao programa Renda Brasil.

“Após uma intensa discussão, provamos ao governo que o seguro defeso é uma conquista histórica dos pescadores brasileiros, por isso não pode ser extinto”, destacou Walzenir.

A privatização do Terminal Pesqueiro de Manaus, conforme anunciou o Ministério da Agricultura e Abastecimento (MAPA), também foi discutida na reunião dos pescadores.

A proposta do ministério é privatizar o terminal até o final de 2021, junto com os terminais nos Estados do Pará, Sergipe, Rio Grande do Norte e São Paulo.

“Estamos acompanhando essa privatização dos terminais. Os pescadores de Manaus e de todo Amazonas serão afetados pela decisão”, completou Walzenir.

Ao final do evento, o presidente da Fepesca desejou votos de um ótimo 2021 a todos pescadores e se comprometeu em continuar lutando em defesa dos trabalhadores do setor pesqueiro de todo País.

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