Mark Zuckerberg, CEO do Facebook, rebateu nesta quarta-feira (6) as acusações de Frances Haugen contra a companhia. Segundo Zuckerberg o Facebook “Não prioriza lucro sobre a segurança e bem-estar”. Para ele, as acusações não fazem sentido e pintam uma imagem irreal da rede social. O CEO cita a atualização MSI (Meaningful Social Interactions), desenvolvida para mostrar menos conteúdos virais e mais publicações de amigos e família.
A controvérsia iniciou quando Frances Haugen, antiga gerente de produtos do Facebook, acusou a companhia de ignorar suas próprias pesquisas em prol do lucro. Durante testemunho ocorrido nesta terça-feira (5), Haugen, solicitou que as autoridades exijam mudanças do Facebook, além de afirmar que as decisões da empresa são desastrosas para as crianças, a privacidade e democracia. Segundo ela, Zuckerberg escolheu quais resultados métricas obtidas pela pesquisa aplicar, como o MSI, em detrimento de mudanças que iriam diminuir a desinformação.
WATCH: Facebook Whistleblower Frances Haugen complete opening statement. pic.twitter.com/F81Ci03cjp
— CSPAN (@cspan) October 5, 2021
Zuckerberg se defendeu das acusações através de uma publicação oficial no Facebook, onde ele afirma que a companhia obtém lucro através de anúncios e os patrocinadores não querem conteúdo próximo à material agressivo ou repleto de desinformação. Portanto, segundo o CEO, as acusações de que o Facebook prioriza conteúdo de ódio, ou polêmico não é verdadeira.
Durante a postagem, Zuckerberg também comenta que as acusações sobre a pesquisa de como o Facebook afeta seus usuários foi descaracterizadas. O CEO relata que adolescentes, principalmente meninas, “sentem que utilizar o instagram as ajuda enquanto estão com dificuldades e problemas que adolescentes sempre enfrentaram”.
Já Haugen levou ao congresso documentos da pesquisa que apontam os efeitos negativos da plataforma encontrados durante a pesquisa do Facebook.
Zuckerberg é categórico ao rebater as acusações, ao afirmar em seu comunicado oficial que a companhia preza pelo bem-estar de seus usuários. Para ele, além da companhia trabalhar para preservar a saúde e privacidade dos usuários, também não é verdade que as redes sociais são completamente responsáveis pela polarização ao redor do mundo.
“CASO NOSSO OBJETIVO FOSSE ESCONDER OS RESULTADOS, PORQUE IRÍAMOS ESTABELECER UM PADRÃO DE TRANSPARÊNCIA LÍDER NA INDÚSTRIA PARA INFORMAR O QUE ESTAMOS FAZENDO? E SE AS REDES SOCIAIS FOSSEM RESPONSÁVEIS POR POLARIZAR A SOCIEDADE, COMO ALGUMAS PESSOAS AFIRMAM, ENTÃO PORQUE ESTAMOS VENDO A POLARIZAÇÃO AUMENTAR NOS ESTADOS UNIDOS ENQUANTO A CURVA DE USO DAS REDES SOCIAIS ACHATA OU CAI COMO EM MUITOS PAÍSES AO REDOR DO MUNDO?” – MARK ZUCERBERG, CEO FACEBOOK
Por Luiz Schmidt / Mundo Conectado | Fonte: Engadget