Evidências irrefutáveis da visita de extraterrestres em nosso passado

Entrevista concedida à revista UFO por David Hatcher Childress, conhecido por seus fãs como o “Indiana Jones da vida real” – Foto: Divulgação

Nosso planeta foi visitado por seres extraterrestres no passado? Eles contribuíram para o crescimento da civilização humana? Nossos antigos monumentos contêm evidências dessa interferência? Em 1968, o hoteleiro suíço Erich von Däniken fez essas mesmas perguntas em seu livro Eram os Deuses Astronautas? [Melhoramentos, 1968]. Vendeu mais de 63 milhões de cópias e provou que milhões de pessoas gostam da ideia de que extraterrestres estiveram em nosso planeta no passado e que deixaram vestígios antes de partirem. Muitos anos depois, em 2009, uma série de televisão reascendeu com vigor a curiosidade pelo assunto: Alienígenas do Passado, do canal a cabo The History Channel. O entrevistado é justamente uma das estrelas do tão bem sucedido show, sempre mostrando evidências que apontam para a confirmação da teoria de que não estamos sós, nem no passado, nem agora.

Trata-se de David Hatcher Childress, conhecido por seus fãs como o “Indiana Jones da vida real”. Palestrante requisitado e autor de mais de 20 livros sobre mistérios antigos e enigmas da humanidade, Childress viaja pelo mundo procurando aventuras e desbravando os mistérios que nos cercam. Nascido na França, em 1976, e criado nas montanhas dos estados norte-americanos do Colorado e Montana, Childress teve sua curiosidade despertada para o tema quando ainda era jovem. Estudou na Universidade de Montana, de onde, maravilhado pela cultura oriental e filosofia, mudou-se para Taiwan para dar aulas de inglês. “Naquele mesmo ano comecei uma odisseia pelo mundo que durou seis anos. Durante o período, estudei as antigas civilizações da África, Oriente Médio e China — inclusive passando por territórios perigosos, como Uganda durante a revolução de Idi Amin”, revela o pesquisador.

Cidades submersas

As ilhas mais remotas dos oceanos Pacífico e Índico já foram visitadas várias vezes por Childress, que também organiza expedições para as áreas longínquas do Peru, Bolívia, Himalaia e outras partes da Ásia. “O meu maior interesse é pela história antiga e misteriosa, pela arqueologia, criptozoologia e cidades submersas. E ainda sou mergulhador profissional”, acrescenta. Autor de grande sucesso, foi na década de 80 que lançou aqui seus dois primeiros livros contando suas jornadas: Cidades Perdidas da África e da Arábia [Siciliano, 1984] e Cidades Perdidas da China, Índia e Ásia Central [Siciliano, 1984]. Expedições posteriores para a América do Sul resultaram na obra Cidades Perdidas e Antigos Mistérios da América do Sul [Siciliano, 1987], que se tornou best seller no país. Quase uma dezena de outros títulos se seguiram aos já citados, com destaque para Cidades Perdidas da Antiga Lemúria e o Pacífico [Siciliano, 1999] e Vimana, Aeronáutica da Índia Antiga e da Atlântida [Madras, 2003].

Childress tem uma grande variedade de interesses, entre os quais o estudo da energia livre, antigravidade e UFOs. “Eu acredito que os visitantes extraterrestres do passado utilizavam naves espaciais movidas a energias que uniam antigravidade e eletricidade”, declarou, convicto. Quando questionado sobre as razões que levam a arqueologia moderna a ignorar a influência dos antigos astronautas em nossa história, respondeu: “Os cientistas acreditam piamente que a civilização é muito nova e que se desenvolveu lentamente nos últimos 9 mil anos. Mas, para crer nisso, eles têm que descartar algumas evidências, como cidades submersas ou megálitos com mais de mil toneladas, assim como textos antigos e lendas sobre o nosso passado. Não é fácil mudar a opinião de pessoas que já estão inseridas no sistema de crença global”.

Para o pesquisador, a melhor evidência de que seres extraterrestres estiveram aqui no passado precisa ser clara e um sinal de que houve um contato entre eles e nossos antepassados, como os oops arts [Out-of-place artifacts, artefatos inexplicáveis], que demonstram que a Teoria dos Antigos Astronautas está correta. Questionado sobre quais evidências considera serem as mais fortes sobre a presença alienígena na Antiguidade, Childress listou a Roda de Ezequiel, o Astronauta de Palenque, a Mosca de Ouro, o Mapa de Piri Reis e os megálitos de Puma Punku. “Você pode pegar qualquer uma dessas coisas e verá de forma lógica e científica que não são terrestres”, afirmou.

Homens de outros mundos

Sobre a Roda de Ezequiel, Childress foi preciso ao afirmar que uma descrição desconcertante, porém escrita em estilo realista, nos leva a pensar que Ezequiel foi testemunha direta da manifestação de homens de outros mundos desembarcando de engenhos voadores. “Já sobre o Astronauta de Palenque, em 1969, o geólogo austríaco Laszlo Toth, encontrou 16 pontos de correspondência entre o desenho da pedra e do módulo de comando de uma cápsula espacial contemporânea.” Childress já esteve no Brasil inúmeras vezes à procura de seus mistérios. “Infelizmente, nunca encontrei evidência de megálitos em seu país, mas isso não significa que os antigos astronautas não possam ter estado aqui e interagido com as civilizações daquela época”. O que mais o intrigou em suas passagens pelo país foi o Parque Nacional das Sete Cidades, no Piauí. “Aquilo, sim, eu chamo de local misterioso. Pedras vitrificadas que só poderiam estar daquela forma como resultado de uma temperatura extremamente elevada”.

Na entrevista a seguir, o leitor vai conhecer evidências e locais que, à primeira vista, não fazem sentido ou não possuem explicações, mas que, quando analisados à luz da Teoria dos Antigos Astronautas, ganham novos significados. Conhecerá também o trabalho e as firmes convicções do entrevistado, um pesquisador com mais de 30 anos de experiência.

P – Nós fomos mesmo visitados por seres extraterrestres no passado? O que o faz ter tanta convicção disto?

R – Em 1968, Erich von Däniken fez esta mesma pergunta em seu primeiro livro, e décadas depois as pessoas ainda têm esse questionamento. Há mais de 230 interrogações no livro de Däniken, cada uma delas desafiando o paradigma científico, demonstrando que a ciência não tem uma explicação própria para certas construções, objetos, lendas e imagens do passado. Nós temos o enigma das pirâmides do Egito, os megálitos da Bolívia, Peru, Etiópia, Estados Unidos e Europa, todas erguidas com o uso de uma supertecnologia de levitação e antigravidade, com ferramentas especiais de corte e derretimento. O mais provável é que essa tecnologia tenha vindo de seres extraterrestres. Ezequiel foi testemunha da chegada de homens de outros mundos em uma máquina voadora. A cena contada por ele é impressionante pelo realismo e corresponde de maneira precisa à observação de uma aterrissagem, seguida da manifestação de astronautas.

P – Quais são as principais evidências de que extraterrestres estiveram em nosso passado?

R – Eu vou listar algumas e a partir delas falaremos mais a respeito. Considero como evidências fortes dessa presença a Roda de Ezequiel, o Astronauta de Palenque, a Mosca de Ouro, o Mapa de Piri Reis e os megálitos de Puma Punku.

P – Excelente lista. Vamos então começar com a Roda de Ezequiel. O que você nos diz sobre ela?

R – Veja o que ele mesmo escreveu a respeito: “No ano trigésimo, no quinto dia do quarto mês, quando eu estava entre os cativos junto ao Rio Quebar, os céus abriram-se e eu tive visões divinas. Olhei e eis que veio do setentrião um vento impetuoso, uma grande nuvem que espalhou para todos os lados uma luz resplandecente, no centro da qual brilhava algo como que bronze polido, saindo do meio do fogo. No centro ainda apareciam quatro animais, cada um deles com quatro faces, e cada um deles com quatro asas. Seus pés eram como aqueles de um vitelo e eles brilhavam como o cobre polido”. Isto está na Bíblia. É uma descrição desconcertante e que assegura que Ezequiel foi testemunha da chegada de homens de outros mundos em uma máquina voadora. A cena contada por ele é impressionante pelo realismo e corresponde de maneira precisa à observação de uma aterrissagem, seguida da manifestação de astronautas ou de robôs teleguiados — o profeta diz-nos, ainda, que eles tinham fisionomias de homens recobertas por um céu de cristal, ou seja, um escafandro.

P – Este caso é tão emblemático que um engenheiro da NASA, antes cético, tentou desbancar a ideia. O que ocorreu?

R – Joseph F. Blumrich, engenheiro da agência espacial, satirizou a ideia de nave espacial que Däniken fazia para a observação de Ezequiel. O austríaco Blumrich, envolvido em projetos de aeronaves desde 1934, participara da construção do enorme foguete da NASA, o Saturno V, que levou os astronautas à Lua. Portanto, se havia uma pessoa que entendia de naves espaciais, era ele. Blumrich estava convencido de que a teoria extraterrestre para a Roda de Ezequiel seria desmentida com uma análise feita por um engenheiro de foguetes, como ele. Entretanto, para sua surpresa, constatou que a descrição poderia ser adaptada para um projeto de módulo de aterrissagem lançado por uma nave-mãe.

P – O que ele fez quando se deu conta de tal fato? Como reagiu?

R – Blumrich elaborou o projeto em detalhes e mais tarde publicou um livro intitulado The Spaceships of Ezekiel [As Espaçonaves de Ezequiel, Bantam Books, 1974] e confessou: “Raras vezes uma derrota foi tão compensadora, tão fascinante e tão prazerosa”. Para ele, os quatro animais talvez fossem quatro conjuntos de engrenagens de pouso, cada um deles munido de uma roda, para as manobras em terra. As asas poderiam ser hélices de helicóptero, usadas para o posicionamento final antes de o aparelho tocar o solo, com a propulsão sendo fornecida por um motor de foguete situado no corpo cônico da nave.

P – É fascinante. Podemos falar agora sobre o Astronauta de Palenque?

R – Sim. Embora a tumba fosse conhecida desde 1750, foi somente a partir de 1925 que ela começou a ser explorada. Em 1949,Alberto Ruz Lhuillieradescobriu em um templo, debaixo de uma escada de 45 degraus, uma inscrição oculta dizendo que aquele era o túmulo do governante maia Pacal. Oarqueólogo,após mais um ano de escavação, encontrou uma laje triangular que cobria a cripta onde havia uma gigante e espetacular pedra cobrindo o caixão no qual jazia o governante — o mais interessante sobre a descoberta é que a pedra estava cheia de símbolos representando Pacal em uma espécie de máquina voadora, com o cabelo solto, como aconteceria com um astronauta sem capacete. Ele está sentado em uma espécie cadeira, com cinto de segurança e com os pés pousados sobre pedais e controles diante dele. A altura média dos maias era cerca de 1,50 m a 1,70 m, mas Pacal media 2,20 m de altura. Isso sugere que ele não era maia.

P – O que mais pode nos contar sobre isso?

R – Em 1969, o geólogo austríaco Laszlo Toth encontrou 16 pontos de correspondência entre o desenho da pedra e do módulo de comando de uma cápsula espacial moderna. Entre as coincidências da lápide com uma nave espacial podemos ver, no nariz de Pacal, uma espécie de dispositivo que serviria como um respirador e, na frente dele, botões e alavancas. Não resta dúvida de que Pacal era uma divindade extraterrestre, um antigo astronauta que teria nos visitado.

P – Na procura por evidências da presença de extraterrestres no passado, uma das grandes descobertas é sem dúvida a Mosca de Outro. Seria um avião da Antiguidade?

R – Esse é dos meus mistérios favoritos. Vários desses artefatos estão em exposição no Museu do Ouro, em Bogotá, na Colômbia, onde foram catalogados como “figuras de animais alados” feitas pela cultura Tolima, entre I a.C. e VIII d.C. Os objetos têm sido alvo de grande especulação, uma vez que se acredita serem provas do conhecimento de uma cultura antiga sobre o voo — isso bem antes dos tempos modernos. Embora alguns os tenham interpretado como sendo representações de insetos ou pássaros, outros consideraram a possibilidade de que eram, na verdade, aeronaves. Os modelos têm uma cauda, estabilizadores, asas e um corpo plano, como uma fuselagem de uma aeronave, que não se assemelha a qualquer inseto ou pássaro. Em 1994, os especialistas em aviação alemães Peter Belting, Algund Eenboom e Lübbers Conrad construíram uma réplica em maior escala da Mosca de Ouro. Eles acrescentaram um motor e conseguiram fazê-lo voar. Como os Tolima tinham conhecimento de aerodinâmica ou da concepção de voo séculos atrás? Uma das hipóteses dos adeptos da Teoria dos Antigos Astronautas é a de que eles testemunharam aeronaves alienígenas e recriaram seus modelos em ouro.

P – E por que esses objetos não são simples reproduções de insetos?

R – Essa é a chave de toda a discussão. Todos os insetos representados nas culturas da América do Sul têm suas asas dispostas na parte de cima. Entretanto, alguns artefatos de ouro, como os encontrados na Colômbia, têm as asas embaixo do corpo, o que está anatomicamente incorreto, mas que seria perfeito para representar um avião. Em minha opinião, Belting, Eenboom e Lübbers demonstraram que o artefato não era um inseto.

P – Vamos falar sobre o mapa de Piri Reis? Ele foi descoberto em 1929 e seu grande enigma consistia, e ainda consiste, no fato de que detalhava regiões da Terra que só foram descobertas quase 400 anos depois. Como isso seria possível?

R – Dois fragmentos de mapas foram encontrados enrolados em uma prateleira do Museu Topkapi, em Istambul. Eram as cartas de um almirante turco chamado Piri Reis, que deixou um extraordinário livro de memórias intitulado Bahrye, onde relata como preparou os mapas. Segundo Piri Reis, para fazê-los, estudou todas as cartas das quais tinha conhecimento, algumas delas muito antigas e secretas — eram mais de 20, inclusive velhos documentos orientais. Os mapas de Piri Reis são uma preciosidade ilustrada com imagens dos soberanos de Portugal, da Guiné e de Marrocos. No oceano, representado por ele no mapa ao longo dos litorais, há desenhos de barcos com legendas grafadas em turco. As montanhas e rios são representadas por linhas espessas. As cores são as convencionalmente utilizadas: partes rochosas marcadas em preto e águas barrentas ou pouco profundas por vermelho.

Puma Punku é um conjunto de ruínas que tem atraído a atenção de arqueólogos e ufólogos. É a mais enigmática obra do complexo de Tiahuanaco, na Bolívia. Uma estrutura que talvez seja a maior evidência da presença extraterrestre no planeta.

P – Como o mapa se tornou conhecido?

R – A princípio, não lhe foi atribuído o devido valor. Em 1953, porém, um oficial da Marinha Turca enviou uma cópia do mapa para o engenheiro-chefe do Departamento de Hidrografia da Marinha Norte-Americana que, por sua vez, alertou Arlington H. Mallery, um especialista em mapas antigos. Foi então que o mistério começou. Mallery estudou as cartas em conjunto com algumas das maiores autoridades mundiais sobre o assunto, como o cartógrafo Irwin Walters e o especialista polar R. P. Linehan. Com a ajuda do explorador sueco Ors Nordenskjold, de Charles Hapgood e de seus auxiliares, chegaram a uma conclusão sobre o sistema de projeção empregado nos mapas, que foi então confirmado por matemáticos — embora antigo, o sistema de Piri Reis era exato.

P – Além disso, o mapa trazia regiões do planeta nunca antes conhecidas, correto? Como isso foi possível?

R – Sim. E o mapa ainda traz desenhado, na parte da América Latina, lhamas e animais desconhecidos na Europa naquela época. Suas posições estão marcadas corretamente quanto à longitude e latitude. O mais impressionante é que, até o século XVIII, os navegadores corriam o risco de seus barcos se chocarem contra litorais rochosos, pois não tinham a capacidade de calcular a longitude. Para isso, necessitavam de um relógio extremamente preciso. Mas o primeiro relógio marinho desse tipo só foi inventado em 1790, e só a partir de então os navegadores puderam saber sua posição nos mares. Quando comparado a outras cartas da época, o mapa de Piri Reis as supera em muito.

Vegetação tropical

P – E para você, como ele teria conseguido essas informações?

R – Ou ele teria que ter sobrevoado os lugares que representou no mapa ou alguém de quem ele copiou o mapa os sobrevoou. Também é possível que os mapas mais antigos tivessem sido transmitidos por seres não terrestres, os únicos capazes de ter uma aeronave então. Na pior das hipóteses, houve uma avançada civilização terrestre que desbravou os mares em uma época durante a qual a Antártida tinha uma vegetação tropical — e isso foi há milhares de anos.

P – Seguindo a sua lista, Puma Punku, na Bolívia, foi construído por entidades extraterrestres?

R – Puma Punku é um conjunto de ruínas que tem atraído a atenção de arqueólogos e ufólogos. É a mais enigmática obra do complexo de Tiahuanaco, na Bolívia. Uma estrutura que talvez seja a maior evidência da presença extraterrestre no planeta. As ruínas são o que resta da pirâmide Puma Punku, um templo que tinha 56 m de altura. Está localizado perto do Lago Titicaca, uma região associada à cultura pré-incaica. Os arqueólogos acreditam que o templo pode ter sido construído para adorar Viracocha, outra divindade considerada um ser extraterrestre.

P – Por que Puma Punku é tão especial?

R – O mistério real está em como Puma Punku foi construída. Muitos dos blocos pesam 200 toneladas e alguns chegam a 450 toneladas. Como foram levados para um local a 3.960 m acima do nível do mar? Enquanto o método de construção de Stonehenge é muitas vezes explicado como sendo pedras que rolaram sobre troncos de árvores, Puma Punku está em um planalto estéril, sem árvores — e a roda ainda não tinha sido inventada. Depois que as pedras foram levadas para o local, elas foram cortadas com tanta precisão que poderiam ser encaixadas perfeitamente, como um quebra-cabeças. Algumas delas têm ranhuras perfeitamente retas, com apenas um centímetro de profundidade. Há também buracos que foram perfurados perfeitamente no granito.

P – Uma tribo antiga seria capaz de fazer essas marcas nas pedras? Quais as ferramentas eles tinham à sua disposição e de onde vinham?

R – Os adeptos da Teoria dos Antigos Astronautas acreditam que as pessoas que construíram essas pedras tinham contato com extraterrestres. Esses seres teriam construído o templo ou ajudado os humanos em sua construção, fornecendo instruções e ferramentas avançadas. Mas a ciência acha que não há nada de especial lá, que todo o trabalho foi feito por simples nativos…

P – Mudando um pouco de assunto, você é um dos pesquisadores que afirmam ter havido utilização de engenharia genética em nosso passado. Conte-nos mais sobre isso.

R – Sim. Certos alimentos, como a banana, por exemplo, foram geneticamente criados como superalimentos sem sementes há pelo menos 10 mil anos, e foram distribuídos pelo mundo. Até mesmo o trigo e o milho foram geneticamente modificados na Antiguidade. Também foram adaptados animais, como cachorros, gatos, leopardos e muitos outros, além do próprio ser humano, que evoluiu de um animal quase símio para um ser ereto e intelectualmente muito mais desenvolvido.

P – Mas qual é a evidência para se afirmar que alguns alimentos foram geneticamente manipulados?

R – Não há dúvida de que certos alimentos, particularmente a banana, foram geneticamente adaptados. A banana é a única fruta sem semente e completamente nutritiva que existe — pode-se viver comendo somente banana. O grande enigma aqui é que a natureza não cria frutas sem semente. Isso só pode ocorrer por meio de manipulação genética, seja feita por homens ou alienígenas, e como na Antiguidade a humanidade não tinha a tecnologia genética, só nos resta uma possibilidade.

P – Por que você acredita que a raça humana foi geneticamente criada? E ainda, que a extinção dos dinossauros foi obra de alienígenas?

R – Veja, há milênios o planeta Terra é controlado por seres que manipulam plantas, animais e até mesmo o clima. Eles tinham tecnologia para causar a extinção daqueles répteis, que não estavam em seus planos para a Terra. O planeta inteiro é um Jardim do Éden e esse jardim é manipulado. Quanto ao ser humano, nós demos um salto inexplicável em nossa evolução que só poderia ocorrer dentro de milhões de anos — está faltando um elo no desenvolvimento humano, que até hoje os cientistas não conseguiram descobrir onde está.

P – Não é de hoje que alguns teóricos acreditam que aliens foram os responsáveis pelo surgimento da raça humana, não é?

R – A primeira teoria do tipo, feita por Erich von Däniken, chamou a atenção em 1968, mas o conceito existe desde meados do século XIX. A população humana teria sido influenciada por um grupo de extraterrestres que visitaram o planeta no passado. Eles estariam diretamente envolvidos na evolução dos primatas, incluindo humanos, através de engenharia genética e cruzamento de raças, ajudando no desenvolvimento das culturas, tecnologias e religiões humanas. Uma variante comum da ideia inclui teorias que propõem que divindades de diversas religiões, incluindo anjos e demônios, eram, na verdade, extraterrestres — as pessoas de então acreditavam que eram seres divinos graças às suas tecnologias avançadas. A tese afirma que extraterrestres enganaram propositadamente a população humana para que ela acreditasse que eram deuses, criando a religião para ajudar as pessoas a evoluírem de forma mais eficiente. Na América do Sul há ruínas gigantescas no Peru e na Bolívia, e evidências de que Tiahuanaco foi destruído por um cataclismo.Muitos escritores e arqueólogos afirmam que é na América do Sul que está a Atlântida, o continente perdido.

P – Este é o Paradoxo de Fermi?

R – O Paradoxo de Fermi é a aparente contradição entre as estimativas de alta probabilidade da existência de civilizações extraterrestres e a falta de evidências a seu favor. Foi proposto que, com a idade atual do universo e seu vasto número de estrelas, se a Terra fosse um planeta típico, a vida extraterrestre deveria ser comum. Em resposta a este paradoxo foi sugerida a chamada Hipótese Zoológica, que afirma que aliens impedem que sua presença seja conhecida pela humanidade ou evitam exercer influência sobre o desenvolvimento humano, algo semelhante a um tratador que observa animais em um zoológico. Os adeptos da tese acham que a Terra e os humanos estão sendo secretamente examinados por ETs. Já dizia Charles Fort: “A Terra é uma fazenda e nós somos propriedade de alguém”.

P – Você também tem trabalhos sobre cidades e continentes perdidos, entre eles a Atlântida. Praticamente tudo sobre a existência dessa civilização ainda é um mistério, mas quais são as provas de sua existência?

R – O relato de Platão é a principal fonte de tudo que se acredita sobre Atlântida. Possivelmente existiram muitos livros sobre ela na grande Biblioteca de Alexandria, que foi destruída por um incêndio. A própria Bíblia fala de um mundo antes do nosso que foi exterminado por catástrofes naturais, mas a destruição de livros e do conhecimento torna a reconstrução do passado muito mais difícil.

P – Durante suas expedições você encontrou evidências da cultura atlante, ruínas ou lendas que tenham sobrevivido ao longo dos séculos?

R – Com certeza. Construções tidas como sendo da arquitetura atlante existem em muitas partes do mundo. Temos as muralhas em Ollantaytambo, em Cuzco, no Peru, e também em outros lugares, que podem ser provas da existência dessa civilização. Outros exemplos são os blocos gigantes em Baalbek, em Malta, e em Carbac, na França. Para você ter uma ideia, as ruínas pré-egípcias, como a Esfinge, o Templo do Vale e de Osíris, em Abydos, são evidências da existência de Atlântida. Só no Mediterrâneo são conhecidas mais de 200 cidades submersas. E quando falamos em evidências físicas, temos objetos que datam dos tempos de Atlântida, como o Artefato de Coso, semelhante a uma vela de ignição, construído há mais de 500 mil anos. Outros elementos, como tronos de ouro, vasos de prata feitos a partir de rochas sólidas, além dos aviões de ouro, estão expostos no Museu do Ouro, em Bogotá, na Colômbia. Nenhuma civilização conhecida teria tecnologia e conhecimento para criar tais objetos.

P – Em uma publicação recente, você postulou dez possíveis localizações para a Atlântida, entre elas uma cidade norte-americana. O que pode nos dizer sobre isso?

R – Sim, é verdade. A minha diferença com relação à grande parte dos arqueólogos é que eu penso de forma mais abrangente nos fatos. Todos creem — e não estão errados nisso — que Atlântida afundou. Mas errado é pensar que ela só pode estar debaixo d’água. Ora, um dos locais que sugeri para ser parte daquela civilização perdida seria a cidade de Portsmouth, no Ohio.

Fortificações circulares

P – E que evidências há de que Portsmonth poderia ser parte da lendária Atlântida?

R – O arqueólogo Jackson Judge descobriu lá fortificações circulares concêntricas, pré-históricas e similares às descritas por Platão. Mas essa seria apenas uma das várias localizações de vestígios da Atlântida — existem pelo menos outras dez. Elas estariam nos Açores, em Malta, Bimini, na Ilhas Canárias, Mar do Norte, Creta e até em outros pontos que podem parecer bastante improváveis, como o Saara, a Antártida, o Oriente Médio e a América do Sul. Interessante, nunca ouvi falar que o Saara poderia ser uma possibilidade para a localização de Atlântida. O Deserto do Saara, especialmente as montanhas Tassili e Ahaggar, no sul da Argélia, é considerado por alguns estudiosos como a suposta localização do continente perdido de Atlântida. Quando os franceses colonizaram o norte da África, logo descobriram que existia um mundo perdido no sul da Argélia e que o antigo porto de Cartago era uma miniatura exata do capital da Atlântida, conforme descrito pelos sacerdotes egípcios em romances populares na França, na década de 20, como Atlantide, que promovia a ideia de que o continente ficava no Saara. O Saara, no entanto, não desapareceu no fundo do oceano, mas secou e tornou-se um mar de areia. Pesquisadores creem que a cidade perdida está sob a areia e não debaixo d’água.

P – Sobre a possibilidade de outros vestígios da Atlântida estarem localizados na América do Sul, Antártida e Oriente Médio, quais as evidências que nos levam a esses lugares?

R – Na América do Sul há ruínas gigantescas no Peru e na Bolívia e evidências de que Tiahuanaco foi destruído por um cataclismo.Muitos escritores e arqueólogos afirmam que é na América do Sul que está a Atlântida. O mais famoso dele foi o coronel britânico Percy Fawcett, que desapareceu nas selvas do Brasil em 1925, ao organizar uma expedição para procurar por uma civilização perdida naSerra do Roncador, emBarra do Garças, no Mato Grosso. A América do Sul tem enormes ruínas e está do outro lado do Atlântico, mas parece ter ressuscitado a partir do nível do mar, em vez de afundar no oceano.

P – E quanto à Antártica?

R – Quando Charles Hapgood, professor e autor norte-americano que defendia a tese de uma recente mudança dos polos com efeitos catastróficos, descobriu o Mapa de Piri Reis — cuja confecção foi baseada em mapas ainda mais antigos —, ele viu a Antártica como um continente livre de gelo. A partir daí cresceu a corrente que dizia que a Atlântida situava-se ali. Há 10 mil anos, antes de uma alteração nos polos da Terra, a Antártica tinha provavelmente um clima mais temperado. Ela teria sido engolida pelo mar e hoje permaneceria sob bilhões de toneladas de gelo.

P – E quanto ao Oriente Médio, quais são as evidências?

R – No Oriente Médio, principalmente na Arábia Saudita, encontram-se algumas das maiores e mais desconcertantes ruínas de pedra do mundo.E os maiores blocos de pedra do planeta são encontrados em Baalbek, no Líbano. Eles pesam incríveis 2 mil toneladas cada e são característicos da arquitetura atlante. Diz-se que a parede do Templo de Jerusalém também tem uma fundação de pedras gigantescas, semelhantes à Baalbek.Autores recentes sugerem que a Arábia Saudita, com suas estranhas ruínas nos desertos do centro do país, é o local da antiga Atlântida.Cidades portuárias podem ser encontradas no interior da Arábia e, além disso, há muitas civilizações perdidas a serem descobertas no Oriente Médio.

P – Como poderia uma civilização como Atlântida, cercada de água e com mercado marítimo estabelecido com outras civilizações, existir no meio de um deserto?

R – Como já disse, existem cidades portuárias seculares no meio do deserto saudita, provando que um dia foram banhados pelo mar. Temos, também, a história bíblica do dilúvio que varreu o Oriente Médio em algum momento da pré-história.Será que ele destruiu Atlântida? Ainda não sabemos…

P – Mas, então, para você, o que causou a destruição de Atlântida?

R – Bem, são várias as teorias, que vão desde a mudança dos polos da Terra, a possibilidade de um tsunami de proporções bíblicas e até mesmo a autodestruição daquela civilização — os cientistas atlantes teriam tecnologia para manipular o campo eletromagnético do planeta.

P – Já que falamos sobre cidades perdidas, existe no Brasil indícios de algumas delas?

R – Sim, existem algumas cidades perdidas no território brasileiro, como, por exemplo, as Minas de Muribeca, na Bahia. Mas a principal é mesmo a Cidade Perdida de Z ou Cidade de Ibez, na Serra do Roncador, uma civilização procurada pelo coronel Fawcett, que era amigo íntimo dos escritores ingleses Arthur Conan Doyle e Henry Rider Haggard. Este último lhe deu de presente uma estatueta de basalto negro com estranhas inscrições gravadas e lhe disse ser originária de uma cidade perdida no Brasil — ela media cerca de 25 cm de altura e trazia no peito uma placa contendo as 22 letras do alfabeto sagrado, do qual se originaram todos os demais. Fawcett imaginava que a cidade que procurava se encontrava próxima à Serra, entre os rios Xingu e Araguaia, no interior do Mato Grosso. Ele já havia escrito a respeito de misteriosas ruínas encontradas em suas andanças pelas selvas brasileiras. Eu já estive no Mato Grosso, mas não na Serra do Roncador, e acho que o coronel Fawcett foi morto por índios da região.

P – Quando você esteve no Brasil, o que você procurava?

R – Estive no Brasil várias vezes, mas isso foi há muito tempo. O país, devido ao seu tamanho continental, ainda deve ter muitos segredos para serem descobertos.

P – Você encontrou alguma construção megalítica em suas pesquisas no Brasil?

R – Não encontrei no seu país construções megalíticas como as que existem no Peru, na Bolívia e em outros países andinos, mas no Parque Nacional das Sete Cidades, no Piauí, há estranhas formações rochosas vitrificadas que podem indicar que houve um aquecimento muito alto e repentino ali, causando a fundição de rochas. O Mahabarata é sem dúvida alguma o texto sagrado de maior importância no Hinduísmo e pode ser considerado um verdadeiro “manual da psicologia evolutiva de um ser humano”. A obra discute o tri-varga, ou seja, as três metas da vida humana.

P – Há lendas que relatam ocorrências que poderiam ser hoje interpretadas como guerras atômicas em várias cidades do mundo na Antiguidade. Você poderia nos falar sobre isso?

R – Muito se fala sobre Mohenjo Daro, em Sind, no Paquistão, um sítio arqueológico com mais de 4 mil anos de idade. No local não existem tumbas, mas é chamado de Colina dos Mortos. Lá há esqueletos calcinados espalhados por vasta área, toda extremamente radioativa. Há também rochas e areia vitrificada com altos níveis de radiação, que sugeremque ali explodiu uma bomba atômica — teria o local sido cenário de uma terrível e devastadora guerra nuclear há 20 mil anos?

P – Há outros locais assim?

R – Sim, o Deserto de Gobi. Há muitos anos os cientistas conhecem uma área de areia vitrificada que abrange uma ampla região do deserto. A areia fundida, de cor esverdeada, só pode ter sido criada por longa exposição ao calor intenso. Geólogos acreditam que a areia ficou assim pela exposição à ação vulcânica e astrônomos afirmam que um grande meteorito poderia ter feito aquilo. Contudo, a hipótese da origem vulcânica cai por água quando se constata que não existem vulcões na região. E também não existem evidências, marcas, crateras e nem resíduos de meteoros na área para que se concluísse que um tivesse atingido aquele ponto da Terra. Além disso, as rochas de vidro apresentam um nível de transparência e pureza de 99%, o que é impossível de acontecer em decorrência da queda de meteoritos.

P – O que mais pode nos falar sobre Mohenjo Daro?

R – Há cerca de 40 anos, arqueólogos desenterraram cadáveres que mostravam sinais de morte súbita, rápida e violenta, ou seja, sem indícios de luta ou resistência. Não eram guerreiros nem estavam em um campo de batalha — uma força inexplicável fulminou e calcinou os ossos dos que estavam na cidade. As vidas das pessoas foram ceifadas junto com a de dezenas de elefantes, bois, cães, cavalos, cabras e cervos. Os esqueletos foram achados com as faces viradas para baixo e muitos segurando as mãos de outros. Ao serem analisadas amostras das ossadas, constatou-se que foram expostas a uma temperatura de mais de 1.500 graus. Os vimanas poderiam ter sido os causadores dessa aniquilação.

Psicologia evolutiva

P – Ao falar de vimanas você nos remete a outro assunto fascinante, os livros sagrados hindus, como o Mahabarata, um dos maiores clássicos épicos do mundo. O que sabe a respeito?

R – O Mahabarata é sem dúvida o texto sagrado de maior importância no Hinduísmo e pode ser considerado um verdadeiro “manual da psicologia evolutiva de um ser humano”. A obra discute o tri-varga, ou seja, as três metas da vida humana: karma ou desfrute sensorial, artha ou desenvolvimento econômico e dharma, a religiosidade mundana que se resume em códigos de conduta moral e rituais obrigatórios para quem deseja o desfrute e o poder econômico para adquiri-lo. A obra, assim como todos os demais textos sagrados hindus, possui um aspecto mitológico, narrando uma lenda sobre reis e príncipes, deuses e demônios, sábios e santos, guerra e paz. Mas seu sentido esotérico versa sobre a tri-varga e sobre o objetivo mais importante da existência.

P – Ele também fala sobre fabulosos aparelhos voadores, não?

R – Sim. Este poema épico da Índia Antiga é mais volumoso do que a Bíblia e tem mais de 5 mil anos. Nele estão descritas histórias intrigantes, como a dos vimanas, máquinas voadoras movidas a mercúrio que teriam navegado a grandes altitudes. Os vimanas podiam vencer distâncias infinitas, mover-se de baixo para cima, de cima para baixo, de trás para frente, e tinham várias formas e tamanhos — eram veículos espaciais com uma dirigibilidade de causar inveja aos atuais engenheiros aeronáuticos. No livro também lemos sobre Império Rama, que existiu há pelo menos 15 mil anos no norte da Índia. Tal povo utilizava os vimanas, que voavam “navelocidade do vento”e produziam “umsom melodioso”.Decolavam verticalmente e podiam pairar no ar,como um helicóptero.Aparentemente,o Império Rama foi contemporâneo da civilização atlante,que, pelos cálculos de Platão, deve ter sido destruída há 12 mil anos. Coincidência?

P – E, segundo o Mahabarata, com essas incríveis máquinas voadoras, um exército de mais de 30 milhões de seres foi dizimado.

R – Isso mesmo. O texto relata, cheio de horror, uma arma que podia matar todos os guerreiros que usassem metal no corpo — quando eram informados a tempo sobre a presença de tal arma, eles arrancavam as peças de metal que levavam e mergulhavam em um rio, lavavam cuidadosamente seus corpos e tudo aquilo com que tivessem contato. Não sem motivo, como explica o autor da narrativa, porque a arma fazia cair os cabelos e as unhas das mãos e dos pés. Tudo que era vivo tornava-se pálido e fraco.

P – Há também o relato de uma arma atômica no Mahabarata, não é?

R – Sim. Em sua oitava parte está o primeiro relato do lançamento de uma bomba de hidrogênio. Veja:“Gurkha, a bordo de um possante vimana, arremessou um único projétil sobre a cidade”.O relato também emprega termos como os usados pelas testemunhas oculares da explosão da primeira bomba atômica no atol de Bikini: “Fumaça branca incandescente, 10 mil vezes mais clara do que o Sol, teria se elevado com um imenso brilho e reduzido a cidade a cinzas”. Tais evidências são mais do que suficientes para comprovarmos que nosso planeta já foi visitado anteriormente por civilizações extraterrestres. São provas tão irrefutáveis que é difícil até mesmo interpretá-las de outra forma que não seja pelo prisma de que tecnologias avançadíssimas existiam no mundo antigo, tal como seres que destoavam totalmente da biologia terrestre. A própria imagem das divindades hindus causa muita estranheza: eram azuis e com vários braços adicionais, evidenciando algo que, particularmente, interpreto como sendo uma forma de vida alienígena inteligente que interagia diretamente com a antiga civilização hindu. O motivo para terem se evadido daqui é um mistério…

P – Outra evidência de que extraterrestres estiveram aqui no passado seriam os famosos crânios de cristal. Você crê que eles sejam resultado de tecnologia alienígena?

R – Alguns crânios de cristal podem ser extraterrestres. A tecnologia para cortar e esculpir cristais de quartzo é algo bem avançado e muito difícil, devido à sua rigidez. Embora a raça humana tenha acesso a ferramentas poderosas, tais como furadeiras e serras com ponta de diamantes, em muitos casos os crânios estão em seu estado cru. O que mais impressiona é que seus entalhes são perfeitos, como se tivessem sido feitos em um moderno laboratório. Além disso, eles podem ser usados como um disco rígido de computador.

P – Como assim, um disco rígido de computador? Poderia explicar melhor esta sua afirmação?

R – Eu trato desse assunto no meu livro Crânios de Cristal: Incríveis Portais para o Passado [Madras, 2009]. Os crânios de cristal são como um chip de silicone natural, pois suas camadas estão dispostas de maneira exatamente igual às de um chip artificial. Então, se utilizarmos um laser, podemos colocar informações dentro da estrutura. Laboratórios das empresas IBM e a Hewlett Packard já têm feito experimentos dessa natureza há décadas.

P – Quantos crânios de cristal existem?

R – Até o momento são nove objetos. Um deles, o Crânio de Mitchell-Hedges, é uma peça dupla de quartzo transparente que pesa 5 kg e foi descoberta em Belize, nas ruínas de uma cidade maia. Já Max, um crânio que está no Texas, é uma peça única de quartzo transparente com 8 kg que foi doada por um monge tibetano, que por sua vez o recebeu de presente dos habitantes de uma pequena vila na Guatemala. Temos também o Crânio Inglês, que se encontra no Museu Britânico, em Londres, desde 1898; o Crânio de Paris, descoberto no México, em 1890, que tem a mais primitiva das faces de todos os crânios pesquisados; e o Crânio Violeta, uma peça única esculpida em ametista, achada em um depósito de artefatos maias por um membro de uma fraternidade secreta mexicana, em 1900. Também temos o Crânio Maia, encontrado na Guatemala, em 1912; o Crânio ET, descoberto em um povoado da América Central por volta de 1900, cuja fronte é pontiaguda e os dentes são projetados para frente; o Crânio Peruano, que estava nas mãos de uma tribo primitiva do Peru; e, finalmente, o Crânio Smithsonian, do Instituto Smithsonian, que pesa 14 kg. Diferentemente do que muitos céticos pregam, os crânios não são iguais em formato, tamanho e desenho, o que os torna ainda mais misteriosos.

P – Conhecido pelos seus fãs como o “Indiana Jones da vida real”, você já deve ter vivido grandes aventuras. Qual é o mistério que mais alimenta sua busca?

R – Eu gosto de segredos arqueológicos e especialmente da arquitetura de construções megalíticas, obeliscos e blocos gigantes de granito, basalto e arenito. Fiz cursos de mergulho para poder explorar todas as possibilidades de cidades submersas, pois acredito que muitas estão debaixo d’água. Mas ainda tenho muito o que desvendar…

P – Parece haver um padrão idêntico nas construções megalíticas de várias civilizações e culturas antigas. Mas como isso seria possível, visto que elas teriam que atravessar oceanos para terem contato entre si no passado?

R – Sim, existe um padrão megalítico consistente que pode ser visto em várias estruturas antigas ao redor do mundo — uma das coisas que procuro são grampos de metal e cortes angulares que possibilitaram que gigantescos blocos de granito ou arenito sejam unidos de forma perfeita, sem qualquer tipo de cimento, cola ou concreto. Encontrei essas evidências em Tiahuanaco e Puma Punku, na Bolívia; em Cuzco e Ollantaytambo, no Peru; em Borobudur, em Java; e também no Egito, Turquia, Etiópia e vários outros lugares. Como isso é possível? Claramente com a ajuda de seres extraterrestres. Não há ainda nenhuma evidência de que essas civilizações antigas tivessem o conhecimento necessário para a navegação marítima, o que poderia fazer com que atravessassem os oceanos e se conhecessem.

P – Assim podemos afirmar que os alienígenas do passado espalharam seu conhecimento de forma igual entre os povos ancestrais. Mas com qual propósito?

R – Eu acredito que a ciência, o conhecimento e a espiritualidade passam de pessoa para pessoa. O seu propósito, em minha opinião, seria ajudar na evolução e criação de seres, como nós, que têm habilidade para se desenvolverem sozinhos. Podemos encontrar em várias partes do mundo construções idênticas distantes milhares de quilômetros umas das outras. Temos caracteres astecas na Europa e na Ásia, temos megálitos na Austrália, Estados Unidos e Bolívia. Como explicar isso? Como esse conhecimento foi passado de um povo para outro completamente diferente? Essa é uma pergunta que só pode ser respondida da seguinte forma: seres extraterrestres estiveram aqui no passado.

Antigravidade e eletricidade

P – Ótimo. Você é um especialista não somente em antigas civilizações e tecnologias, mas também em energia livre e antigravidade. Baseado em seu conhecimento, qual seria a fonte de energia usada na propulsão dos UFOs?

R – Eu acredito que a navegação de naves alienígenas não é feita com a mesma tecnologia usada por nós em foguetes, mas por meio de uma tecnologia de antigravidade e eletricidade. Campos de força de plasma, ou gases eletrificados, também podem formar campos de antigravidade e levitação. Os saltos no hiperespaço, como os que vemos em Guerra nas Estrelas, são provavelmente o meio pelo qual os extraterrestres viajam de uma galáxia para outra, de um sistema estelar para o outro.

P – E o que dizer da teoria de que os extraterrestres são humanos terrestres vindos do futuro, como defendem alguns teóricos?

R – Eu também acho que a viagem no tempo é possível — a própria viagem hiperespacial é uma forma de viagem no tempo, se formos analisar bem.

P – Bem, assumindo que somos nós no futuro os alienígenas do passado, por que não evitamos os desastres naturais e tragédias que nos afetam atualmente?

R – Eu não acho que todos os desastres naturais possam ser prevenidos. É natural que o planeta Terra tenha terremotos, vulcões, tsunamis e outros desastres naturais. Mesmo que os extraterrestres ou viajantes do tempo pudessem nos avisar sobre eles, eles não poderiam ser evitados, pois são naturais. Simples assim. Agora, eles têm a tecnologia para manipular o clima e nós, hoje, estamos tentando exatamente isso.

P – Mudando mais uma vez de assunto, Nan Madol é conhecida como a “Veneza do Pacífico” devido à sua beleza e o fato de ser um arquipélago artificial. Entretanto, ela esconde mistérios inexplicáveis, suscitando inclusive a afirmação de que seria assombrada ou que seria uma base alienígena. Para você, quais os mistérios daquele arquipélago?

R – Esse mistério é um dos mais incríveis com o qual me deparei. Nan Madolconsiste em uma série de pequenasilhas artificiaisligadas por uma rede de canais. Está situada no canto sudeste da ilha de Pohnpei, na Micronésia, e é uma das maravilhas do mundo. Tem aproximadamente 200 milhões de toneladas de basalto compondo suas 100 ilhas e estruturas. A grande parte está submersa. Para se ter todo esse material, dezenas de montanhas teriam que ter sido desmanteladas, mas ninguém sabe de onde vieram aqueles milhões de toneladas de basalto. Outro mistério se refere à existência de túneis submersos que guardariam inúmeras riquezas e antigos artefatos. Para mim, Nan Madol foi construída para ser uma gigantesca base naval para um enorme exército. Ainda hoje existem relatos de estranhas luzes no local e os nativos dizem que são naves de seres que habitam as profundezas do mar e o interior subaquático das ilhas.

P – Mas por que civilizações alienígenas, possuidoras de tanta tecnologia, precisariam de um espaçoporto para suas naves?

R – Deve-se refletir sobre isso. Mesmo com alta tecnologia, as raças alienígenas precisam de aeroportos, bases espaciais e apoio para sua demanda — e também precisam de minas, aço e outros metais, laboratórios, fazendas e lugares para morar, assim como nós. A navegação de naves alienígenas não é feita com a mesma tecnologia usada por nós em foguetes, mas por meio de antigravidade e eletricidade. Campos de força de plasma, ou gases eletrificados, também podem formar campos de antigravidade e levitação.

P – Baseado nesse pensamento, qual é a sua teoria sobre o mistério das Linhas de Nazca?

R – Elas são um grande enigma. Ninguém tem provas sobre quem as construiu e por qual razão. Desde sua descoberta, as linhas têm inspirado explicações fantásticas, como, por exemplo, serem uma pista de pouso construída para o regresso dos deuses ou um calendário antigo. Eu não acredito que seja uma pista de pouso, pois os desenhos de Nazca só permanecem lá há tanto tempo devido ao fato de a região ter pouca chuva e quase nenhum vento. Caso contrário, eles teriam sido apagados. Parece-me que parte de seu propósito seria enviar um sinal para seres do espaço, sejam eles deuses, alienígenas ou humanos em suas espaçonaves.

P – Há em algum outro lugar do mundo desenhos com essas mesmas características? Onde?

R – Sim, também temos enormes geoglifos desenhados no solo do Egito, Malta, nos estados norte-americanos do Mississípi e Califórnia, no Chile, Bolívia e em outros países. Mas as Linhas de Nazca, por causa de seus números, características, dimensões e pelo fato de desconhecermos a civilização que os fez, até hoje são o maior mistério para os arqueólogos.

P – Qual seria o grande enigma das Linhas de Nazca? Você descobriu?

R – Sem sombra de dúvidas é a questão de como seres primitivos teriam conhecimento para construir algo tão grandioso, baseando-se apenas na perspectiva vista do chão. Eles certamente tinham que ter uma visão de cima para fazer as linhas, mas como conseguiram isso? Como voaram? Só poderiam tê-las feito com a ajuda de algo que os levasse para o céu. Assim, os leitores podem tirar suas próprias conclusões e verão como as coisas se encaixam.

P – Falando agora de um tema polêmico, podemos fazer uma correlação entre as abduções modernas e as antigas histórias de desaparecimentos?

R – Sim, há uma ligação. Existem muitas histórias antigas sobre homens ou deuses vindos de espaçonaves e interagindo com as pessoas — em algumas oportunidades, terrestres eram convidados a dar um passeio em suas máquinas voadoras e reis teriam até mesmo ganhado espaçonaves de presente. Interessantes também são os relatos dos antigos, que diziam que alguns imperadores teriam construído suas próprias espaçonaves, tais como Rama, Ravana, Krishna, Salomão, Menelik etc. Isso sem mencionar que há histórias de que os próprios reis seriam alienígenas.

Fonte: Revista UFO

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