A falta de investimentos do Governo do Amazonas para estimular a geração de novos postos de trabalho nos últimos quatro anos fez com que a informalidade crescesse no estado. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Amazonas registra, no terceiro trimestre deste ano, a terceira maior taxa de informalidade do Pais, que é de 57,1%, ficando atrás do Pará, com 60,5%, e do Maranhão, com 59,1%.
O deputado Dermilson Chagas criticou o Governo do Amazonas por não ter desenvolvido, ao longo dos quatro anos, programas específicos para estimular a criação de novos postos de trabalho, sobretudo para os jovens. De acordo com o parlamentar, o Governo do Estado não tem nenhuma justificativa para deixar de realizar ações e programas que fizessem o Amazonas a sair do “vermelho” no que se refere ao desemprego e informalidade, especialmente pelo fato de que o Amazonas registrou recordes históricos de arrecadação tributária desde 2019.
“Analisando com mais profundidade, o tipo de emprego que mais cresce no nosso Estado é o emprego informal, que não oferece nenhum direito e segurança previdenciária. Apesar de termos um Polo Industrial, que gera mais de 100 mil empregos diretos e outros 600 mil indiretos, observamos o crescimento da informalidade. O porquê desse tipo de emprego? Falta de políticas públicas para garantir segurança jurídica para as empresas locais, a reforma trabalhista que amenizou o custo e formas de contratação não foram necessárias para a criação de empregos. E o que o Governo do Estado está fazendo para amenizar essa situação de inadimplência e geração de empregos? Nesse período de quatro anos (2019-2022), tivemos arrecadação bilionárias e poucas obras de infraestrutura foram realizadas em todo o Estado, deixando para a iniciativa privada, a obrigação de criar empregos e ficar à mercê dos riscos dos seus investimentos”, comentou o deputado Dermilson Chagas.
O parlamentar ressaltou que muitos dos trabalhadores acabam aceitando os empregos informais, sem carteira assinada e sem garantias previdenciárias, para não ficarem sem renda. O deputado também elencou outros prováveis motivos, dentre eles o fato de que muitos trabalhadores aceitam os empregos sem carteira assinada para não perderem os benefícios sociais, distribuídos pelos governos, principalmente o Federal, como exemplo, o Auxílio Brasil, BPC, Auxílio Emergencial, entre outros benefícios oferecidos pelo poder público.
“É oportuno dizer que os governos têm responsabilidades na geração de empregos, pois os mesmos podem oferecer políticas públicas para criar incentivos para as atividades empreendedoras, principalmente do micro e pequeno empreendedor. Com isso, diminuiria o número de desemprego. Eu tenho acompanhado com bastante preocupação os índices elevados de inadimplência dos consumidores do Amazonas. Todos os anos, Serasa e a CDL, oferecem oportunidades de negociações para limpar os nomes dos consumidores e oferecer aos mesmos oportunidades de compras de bens e serviços. Mas, sem estímulo à criação de novos postos de trabalho, a tendência desse cenário de informalidade e de desemprego é de aumentar cada vez mais”, comentou o deputado Dermilson Chagas, que destacou que o Governo do Amazonas gasta mais recursos com propaganda e publicidade do que com estímulo à geração de emprego. Somente neste ano, a gestão Wilson Lima gastou R$ 217 milhões com publicidade e propaganda.
GUILHERME GIL | Assessoria de Comunicação
