Uma audiência para apresentação do recurso com pedido de liberdade da prisão do jogador brasileiro Daniel Alves foi realizada nesta quinta-feira (16) em Barcelona. Ele é acusado de ter estuprado uma mulher em uma casa noturna da cidade espanhola e está preso preventivamente, sem direito a fiança, desde o dia 20 de janeiro.
Na audiência com os advogados de Daniel Alves, os advogados da vítima e a Promotoria apresentaram suas argumentações. A defesa do jogador argumentou que o jogador teve uma relação sexual com a jovem que o acusa, mas de forma consensual. Os advogados dizem ter provas que o exame na mulher não indicou lesão que comprovaria um estupro.
Os advogados de Daniel Alves ainda argumentaram que não existe risco de fuga do jogador, tese que a defesa da vítima e a Promotoria refutam. Julgamento do recurso está nas mãos de três magistrados, que devem ser na sexta-feira (17) com a análise.
A advogada da vítima argumenta que existe risco de fuga do jogador, que apesar dos empreendimentos na Espanha, ele tem vários outros no Brasil, e que teria condição de contratar um jato particular e conseguir identidade falsa para fugir do país.
A audiência foi concluída no início da tarde, horário de Brasília, e ainda nesta quinta-feira três magistrados se reuniram para analisar o recurso com base nas argumentações. Julgamento do recurso deve seguir nesta sexta-feira (17).
No início do mês, o Ministério Público da Espanha já havia se manifestado de forma contrária ao recurso apresentado pelos advogados do jogador. O MP argumentou, em nota, que a prisão deveria ser mantida “porque ainda existem os pressupostos que motivaram a adoção da medida cautelar de prisão preventiva”.
Esses pressuposto, segundo a Promotoria, são os indícios de criminalidade e o risco de que Daniel Alves fuja do país. A defesa dele nega que exista risco de fuga.
A mulher que denuncia o jogador disse à Justiça que ele a agrediu e a estuprou em um banheiro de uma casa noturna em Barcelona, na véspera do Réveillon. O atleta nega as acusações.
A juíza Anna Marín, que determinou a prisão preventiva, disse que vê indícios “mais que suficientes” de estupro por parte do jogador.
Por São Paulo e Barcelona