Dólar vai a R$ 4,75 após IPCA, e Bolsa tem maior valor desde agosto de 2021

Foto: Valter Campanato | Agência Brasil

O dólar comercial subiu 0,36% hoje e fechou cotado a R$ 4,75.

Já o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), encerrou a sessão aos 122.007,77 pontos, em valorização de 0,55%. Esse é o maior valor do índice desde 11 de agosto de 2021, quando chegou a 122.056,34 pontos. No ano, a Bolsa acumula alta de 11,18%.

Cenário interno

    • O dólar acumula queda de 10,04% frente ao real este ano. É a maior desvalorização desde 2016 para o período, quando o dólar teve baixa de 15,86%, segundo a plataforma TradeMap.
    • Os dados do IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor – Amplo 15), considerado uma prévia da inflação oficial, foram mais tímidos do que o esperado, mas ainda reforçam a expectativa de que a taxa básica dos juros, a Selic, caia na primeira semana de agosto.
    • O IPCA-15 registrou deflação de 0,07% em julho, divulgou hoje o IBGE. É a primeira deflação em 10 meses no índice, a última vez que a prévia da inflação registrou variação negativa foi em setembro de 2022, quando houve queda de 0,37%.
    • O nível atual dos juros, de 13,75%, é apontado como um apoio para o real ao torná-lo mais atraente para estratégias de “carry trade”, que buscam lucrar com diferenciais de custos de empréstimo entre economias.
    • Ainda assim, “juntando a alta recente das commodities, o ‘carry trade’ ainda é extremamente atrativo e deve fazer com que o real teste níveis mais baixos, encarando uma tendência a curto prazo de queda” mesmo que o Banco Central comece a cortar a Selic, disse Márcio Riauba, gerente da mesa de operações da StoneX.

Cenário externo

    • Hoje, começa a reunião de dois dias do Federal Reserve, o Banco Central dos Estados Unidos. Amanhã, pode ser anunciada uma elevação nos juros.
    • “Dados mistos ainda apontam uma elevação de 25 pontos-base nas taxas de juros por lá, seguida por uma pausa prolongada e expectativa de consenso de mercado de que uma nova flexibilização, um novo corte de juros, venha a ocorrer a partir de março de 2024″, avaliou Riauba.
    • Se esse cenário de pausa no aperto monetário do Fed após julho se confirmar, a tendência é o dólar se enfraquecer globalmente, uma vez que investidores provavelmente realocariam recursos em mercados mais rentáveis que os dos Estados Unidos.

Fonte: https://economia.uol.com.br/cotacoes/noticias/redacao/2023/07/25/fechamento-dolar-bolsa-25-julho.htm

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