Dólar sobe e fecha a R$ 5,078, em dia de alta do PIB no Brasil

Foto: Marcello Casal Jr.

Após duas baixas seguidas, o dólar comercial fechou esta sexta-feira (4) em alta de 0.99%, vendido a R$ 5,078. A semana terminou com queda acumulada de 1,51%. No ano, o dólar recua 8,93%. Nesta sexta investidores ficaram de olho no PIB do Brasil, que cresceu 4,6% em 2021 e nos desdobramentos da guerra na Ucrânia.

Na quinta-feira (3), o dólar comercial fechou com desvalorização de 1,55%, a R$ 5,028.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.

Alta demanda por matérias-primas

Nos últimos dias, o dólar não estava subindo porque o Brasil está recebendo mais fluxo da moeda. A instabilidade no exterior, com a guerra na Ucrânia, e os juros mais altos atraem investidores estrangeiros, e isso tende a redução a cotação aqui. Nesta sexta, esses fatores não foram suficientes para segurar a moeda.

Ibovespa em baixa

O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), operava em baixa na tarde desta sexta-feira (4). Por volta das 15h30, a desvalorização era de 0,95%, aos 114.076,95 pontos. Na quinta, o índice fechou praticamente estável, em pequena baixa de 0,01%, a 115.165,547 pontos.

As quedas nas ações das empresas Carrefour (CRFB3), IRB Brasil (IRBR3) e Dexco (DXCO3) têm puxado o resultado negativo da Bolsa brasileira nesta sexta.

O recuo nesta sexta também acontece após uma ofensiva russa contra a maior usina nuclear da Europa, a Zaporizhzhia, localizada na Ucrânia, que levou a um incêndio em um centro de treinamento na unidade, posteriormente controlado.

Mercados também aguardam por um importante dado de emprego nos Estados Unidos, enquanto localmente investidores digerem o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil acima do esperado no quarto trimestre sobre os três meses anteriores.

Mercados europeus registram mínima

Ações europeias tiveram as menores pontuações desde março de 2020 nesta sexta-feira, puxadas por baixas de empresas de automóveis e bancos após o incêndio na usina nuclear da Ucrânia.

O índice pan-europeu STOXX 600 fechou em queda de 3,56%, a 421,78 pontos. Isso representa um recuo de 7% na semana, o pior em quase um ano.

Bancos registraram queda de 7,9% em ações e especialistas levantam preocupações sobre uma inflação descontrolada e desaceleração do crescimento econômico na zona do euro.

O índice alemão DAX, baseado em papéis do setor de automóveis, fechou em queda de 4,4%. É o menor patamar em mais de um ano diante da queda das montadoras.

Confira uma lista geral dos índices das Bolsas da Europa nesta sexta-feira:

    • Londres, Inglaterra (índice Financial Times): -3,48%, 6.987,14 pontos;
    • Frankfurt, Alemanha (índice DAX): -4,41%, 13.094,54 pontos;
    • Paris, França (índice CAC-40): -4,97%, 6.061,66 pontos;
    • Milão, Itália (índice Ftse/Mib): -6,24%, 22.464,86 pontos;
    • Madri, Espanha (índice Ibex-35): -3,63%, 7.720,90 pontos;
    • Lisboa, Portugal (índice PSI20): -2,49%, 5.331,85 pontos

Bolsas asiáticas seguem ritmo de queda

Sob influência dos ataques russos à usina ucraniana, as Bolsas asiáticas também registram queda. O índice japonês Nikkei caiu 2,23% em Tóquio, a 25.985,47 pontos, enquanto o Hang Seng recuou 2,50% em Hong Kong, a 21.905,29 pontos.

O sul-coreano Kospi teve queda de 1,22% em Seul, a 2.713,43 pontos, e o Taiex registrou baixa de 1,10% em Taiwan, a 17.736,52 pontos. Na China continental, o Xangai Composto caiu 0,96%, a 3.447,65 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composite apresentou perda de 1,28%, a 2.264,64 pontos.

Fonte: https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2022/03/04/dolar-comercial-opera-em-alta-r-5044.htm

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