Carreiras em exatas, humanas ou saúde, o que escolher?

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Várias motivações contribuem para a escolha da carreira, entre elas, a realização de um sonho, interesse da família, projeção de rápida empregabilidade e o salário. Para quem ainda tem dúvidas de qual caminho seguir, seja na área de exatas, humanas ou saúde, a especialista em Gestão de Pessoas e professora dos cursos de Gestão da Faculdade Santa Teresa, Joziane Mendes, aponta quais carreiras estão em alta diante do cenário de pandemia e crise econômica que o país está enfrentando.

Segundo a especialista, algumas áreas estão em alta exatamente por responderem às necessidades deste momento, a exemplo daquelas voltadas para profissionais da saúde, como medicina, enfermagem, fisioterapia e psicologia, por estarem atuando na linha de frente no combate à Covid-19.

“No campo de planejamento e gestão financeira, administradores e contadores também tem sido demandados, tanto por parte das organizações quanto por pessoas físicas, que buscam, em meio à essa adversidade, vencer o desafio de reduzir gastos, investir de forma assertiva e resguardar-se para o futuro”, pontuou Joziane.

Ela ressalta que muitas empresas sofreram prejuízos financeiros e irão precisar estruturar-se para uma retomada de lucro, o que implica em contar com profissionais com expertise nas áreas de administração e finanças. O isolamento social imposto pelo Coronavírus obrigou muitas empresas a fecharem as suas portas físicas e escancararem suas “portas digitais” através de redes sociais e do comércio eletrônico.

Dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico apontam um crescimento de 56,8% da modalidade em 2020, alavancando a procura por profissionais e especialistas em marketing digital. Este mesmo aspecto de maior interação digital alinhado ao home office também tem favorecido o aumento da procura por profissionais de tecnologia da informação que cada vez mais são desafiados a criar ambientes virtuais e gerenciar as redes e os bancos de dados das instituições.

De acordo com Joziane os profissionais e estudantes que desejam uma colocação no mercado de trabalho tem à disposição hoje uma série de ferramentas para  ajudar nesse processo. Ela lembra que as redes sociais são ferramentas cada vez mais utilizadas para apresentar-se ao mercado. Não somente o Linkedin, conhecida tradicionalmente como a maior rede de contatos profissional do mundo, mas também o Facebook, o Instagram e o Twitter são instrumentos de visibilidade. “Se é finalidade do usuário dar um enfoque profissional na sua página, é interessante priorizar publicações em que é possível demonstrar competências, habilidades, experiências e comportamentos demandados pelo mercado de trabalho. Participação em eventos acadêmicos, cursos de qualificação, participação em programas de rádio e TV, premiações, compartilhamento de conteúdo e experiências profissionais são estratégias para mostrar-se ao mercado”, pontuou.

Joziane destaca que as empresas estão cada vez mais atentas à essas ferramentas para mapear possíveis candidatos. As redes sociais são vitrines às quais os recrutadores podem recorrer em um processo seletivo. Nelas estão presentes um recorte de quem é o candidato. Hábitos, qualificações profissionais, redes de contanto, hobbies, vocabulário, experiências e preferências podem ser identificados nas publicações feitas pelos usuários. Mas, vale ressaltar que um candidato é muito mais que sua rede social. Logo, a análise feita do perfil de rede social não deve ser o único instrumento de decisão de contratação.

Teste Vocacional – De acordo com a psicóloga e professora da Faculdade Santa Teresa, Suky Ramalho, algumas estratégias podem ajudar os jovens indecisos a escolherem a profissão, entre elas, o famoso teste vocacional, que pode ajudar os vestibulandos de primeira viagem. “A escolha profissional não é uma tarefa simples. A grande maioria dos jovens saindo do ensino médio e prestes a ingressar em uma universidade não tem ideia de qual é a sua vocação. Os motivos variam de conflitos internos e indecisão à falta de conhecimento e orientação adequada”, disse a especialista.

Ela explica que esse processo requer o emprego de diferentes estratégias interativas que englobam entrevistas, dinâmicas e instrumentos de avaliação utilizados no processo de orientação profissional que pode ser resumido em quatro etapas: o autoconhecimento e projeto de vida; a influência na escolha profissional; a avaliação de interesses profissionais; e o conhecimento das profissões e do mercado de trabalho.

“Primeiro, o jovem vai avaliar com o que se identifica, com base nos seus interesses, habilidades e valores. Em seguida, deve perceber quais os fatores que influenciam na sua escolha e conquistar sua autonomia, para então realizar uma bateria de testes e questionários para conhecer o que gosta e o que não gosta de fazer, o grau de conhecimento da profissão que almeja ou das quais está dividido sobre a escolha, e por fim, ele irá explorar as ofertas dos cursos no mercado pelas instituições de ensino, locais de trabalho etc”,  disse a professora da Faculdade Santa Teresa.

O emprego dos testes pode ser uma estratégia utilizada no processo de orientação profissional, tanto para quem está em dúvida sobre a escolha da profissão como também para quem já tem um direcionamento do que deseja seguir e, nesses casos, os resultados obtidos auxiliam na validação da tomada de decisão.

A finalidade da orientação profissional é avaliar, analisar, esclarecer e informar o orientando sobre suas áreas de interesses, aptidões específicas e gerais que se apresentam, sugerindo caminhos ou tendências profissionais.

“É importante destacar que os resultados não se tratam de um diagnóstico definitivo, na medida em que estamos lidando com algo muito complexo: as aptidões de um indivíduo que são mutáveis ao longo da vida e, por conseguinte, os resultados devem ser interpretados como um recorte de um momento da trajetória do orientando, que também pode contrariar o resultado e escolher uma área de atuação completamente diferente e ainda assim, satisfazer-se na vida profissional. Em outras palavras, o teste funciona como um indicativo e não encerra as possibilidades de atuação profissional.”, frisou a psicóloga e professora da Faculdade Santa Teresa, Suky Ramalho.

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