Associação Comercial articula redução de IPTU e parcelamento de Alvará com vereadores

Foto: Murilo Rodrigues/ATUAL)

A redução do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e o parcelamento do Alvará de Licença foram as principais propostas apresentadas pela Associação Comercial do Amazonas (ACA) para amenizar a crise econômica no comércio causada pela pandemia e, agora, a enchente do rio Negro. Representantes da entidade estiveram na última quarta-feira, 2, uma Sessão de Tempo da Frente Parlamentar de Recuperação Econômica aos Impactos Causados pela Pandemia da Covid-19 (Frenpre), na Câmara Municipal de Manaus (CMM).

As reivindicações da Associação deverão ser encaminhadas ao prefeito de Manaus, David Almeida (Avante). O presidente da Frenpre, vereador Diego Afonso (PSL), comentou sobre o momento econômico difícil que o comércio de Manaus vem passando e que se agravou com a enchente do rio Negro.

“Hoje seria um dia de alegria senão fosse o momento tão difícil que o comércio passa durante essa pandemia e a maior enchente do século. Vamos debater e ouvir a ACA, que sente na pele os impactos por gerar emprego e renda na cidade de Manaus. É importante ouvir esses comerciantes para que possamos receber esse manifesto e apontar um caminho e soluções”, destacou.

O presidente da ACA, Jorge Lima, disse que, com a pandemia, que já dura quase dois anos, quem mais sofreu foi o setor comercial. Os estabelecimentos ficaram fechados por muito tempo para evitar aglomerações.

“Se falou na primeira onda, tivemos a segunda e eu considero a terceira onda a enchente, que é a maior do século. A perda das vendas no comércio chega a mais de 50% dos comerciantes que estão com água na porta e precisaram construir marombas”, lamentou.

O diretor pleno da ACA e ex-vereador Rozedilson Assis pediu apoio dos vereadores para que as reivindicações dos comerciantes sejam levadas ao prefeito David Almeida e citou como as principais a redução da tarifa do IPTU e o Alvará de Licença dos comerciantes.

“Gostaria muito que vocês levassem o nosso pleito ao prefeito David Almeida para que pudéssemos ter um pouco de fôlego e alguns problemas sejam amenizados. Será possível reduzir o IPTU dos imóveis dos empresários locados ou por serem proprietários? Sei que esse aumento do IPTU foi fruto da gestão passada (ex-prefeito Arthur Neto – PSDB). Mas sei que o prefeito David Almeida vai tentar, junto à CMM, para que não somente parcele, mais reduza o encargo alto do IPTU e o parcelamento do alvará de funcionamento”, pleiteou.

Rozedilson afirmou ainda que sabia como é difícil ser vereador, pois a demanda é maior do que a oferta. “O meu pleito é simples. O prefeito David Almeida enfrentou de cara uma pandemia talvez um dos piores problemas da história. Mas os comerciantes sofreram e tiveram grandes baixas com a pandemia e senão bastasse a doença, as dificuldades econômicas e encargos de impostos ainda vêm a enchente”, lamentou. .

Centro abandonado

Rozedilson Assis ainda denunciou o abandono do Centro de Manaus e propôs uma parceria público-privada para revitalização da área. “O nosso Centro está abandonado pelas legislaturas passadas e não foi sequer olhado. Temos um projeto para apresentar ao prefeito e nós comerciantes podemos nos consorciar com a prefeitura e dar ao Centro uma nova roupagem. Queremos criar calçadas e jardins e vamos cuidar para não onerar a prefeitura”, ressaltou.

O vereador Lissandro Breval (Avante), vice-presidente da Frenpre, afirmou que a CMM tem dado exemplo de união e sensibilidade ao comércio de Manaus, que gera mais de 400 mil empregos em Manaus.

“Tivemos um almoço com a CDL onde ouvimos os pleitos e o que ficou foi o sentimento de união. Essa campanha participativa chega na indústria e comércio. Existem muitos desafios. Hoje sofremos de uma falta de política voltada para o IPTU e o prefeito tem muita sensibilidade porque 65 mil imóveis foram isentos e não podemos, nesse momento, tão difícil bombardear os empresários que já sofrem com a cheia”, avaliou.

O Portal O Poder entrou em contato via e-mail com a Secretaria Municipal de Comunicação (Semcom) e com o líder do prefeito na CMM, vereador Marcelo Serafim (PSB), mas até a publicação da matéria não obteve resposta.

Por Augusto Costa / O Poder

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