Baterista e compositor de renome, em carreira solo desde os anos 90, Alfredo Dias Gomes descobriu agora, aos 60 anos, sua veia como roteirista e produtor. Embalado pelo sucesso de seu curta metragem “Saudade” – o single em formato de videoclipe de animação foi sua estreia no setor audiovisual, lançado no ano passado em homenagem a um irmão falecido, tendo já conquistado sete prêmios internacionais (Cannes Indie festival, New York Tri Station, Your Way Film Festival, New York Independent Cinema Awards, Munich
Music Video Awards, International Sound Future Awards e Rome Music Video Awards) – o baterista volta a apostar no segmento e lança “A Lenda”, seu segundo curta-metragem, música que ganha formato em videoclipe também feito em animação, desta vez, porém, inspirado nos próprios pais Dias Gomes e Janete Clair. E a estratégia já começou a dar certo: o curta-metragem/videoclipe acaba de ser premiado no King Film Awards (Londres, Inglaterra) e no New Wave International Script & Film Festival (Berlim, Alemanha) na categoria “Melhor Filme Sem Diálogo”, além de ganhar menção honrosa em “Melhor Roteiro de Fantasia”. O single já está nas plataformas digitais e o curta-metragem está disponível no canal do YouTube do baterista (@alfredodiasgomes).
A Lenda
O seu segundo curta-metragem “A Lenda” relata a jornada de um homem solitário, em busca de sua alma gêmea, um filme que mistura um pouco de romance e de realismo fantástico – estilos que Alfredo conhece muito bem. “Para criar a história, me inspirei no universo dos meus pais e em suas personagens. O filme é uma homenagem para os dois e também uma forma de lembra-los”, comenta o baterista e autor.
O momento é bem propício para a homenagem, uma vez que ano passado foi o centenário do seu pai e, em 2025, será o centenário da sua mãe. “Apesar de ter seguido o caminho da música, sempre tive o sonho de escrever mas sabia que não seria fácil, sendo filho dos escritores… As cobranças seriam muitas e acabei ficando só na música”, admite Alfredo. “Até que depois dos 60 anos, resolvi fazer uma homenagem para meu irmão Marcos, que perdi ainda criança. Escrevi o roteiro e a música de “Saudade”, e chamei a produtora REC Design para produzir a animação. Vieram os prêmios internacionais e então descobri um novo caminho para minhas composições: juntar música, história e imagem.
Alfredo convocou a mesma produtora e a mesma equipe agora em “A Lenda”, com ilustrações de Victor Tufani e motion design de Cinthia Rosa. Novamente, escreveu o roteiro e a música, chamando, desta vez, os músicos Victor Biglione na guitarra, Marcos Nimrichter no piano e Jefferson Lescowich no baixo acústico, e gravaram a trilha sonora no seu próprio estúdio na Lagoa;
Alfredo Dias Gomes
Nascido no Rio de Janeiro, Alfredo Dias Gomes estreou profissionalmente na música instrumental aos 18 anos, tocando na banda de Hermeto Pascoal, com quem gravou o disco “Cérebro Magnético” e participou de inúmeros shows, com destaque para o “II Festival Internacional de Jazz de São Paulo”. Também tocou e gravou com Márcio Montarroyos, Ricardo Silveira, Arthur Maia, Nico Assumpção, Ivan Lins e muitos outros, além de participar da primeira formação do grupo Heróis da Resistência.
Em sua discografia Alfredo lançou dois singles (“Vou Deitar e Rolar”, de 2020, e “Serviço Secreto”, de 1985) e os Álbuns, “Metrópole” (2021), “Jazz Standards” (2020), “Solar” (2019), “ECOS” (2018), “JAM” (2018), “Tributo a Don Alias” (2017), “Pulse” (2016), “Looking Back” (2015), “Corona Borealis” (2010), “Groove” (2005), “Atmosfera” (1996, com participações de Frank Gambale e Dominic Miller); “Alfredo Dias Gomes” (1991), com a participação especial de Ivan Lins).
Assistir “A Lenda” – curta-metragem / videoclipe
Fábio Cezanne | Cezanne Comunicação – Assessoria de Imprensa em Cultura e Arte
