
Durante um inventário florestal realizado na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Piagaçu-Purus, o Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (Idam) identificou várias espécies madeireiras com potencial comercial, incluindo massaranduba, louro, abiurama e assacu. O objetivo da iniciativa é desenvolver três planos de manejo florestal em pequena escala para uma área de 42 hectares na comunidade de Cuiuanã, em Anori, distante (a 195 km de Manaus).
Realizada em parceria com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), por meio do projeto Paisagens Sustentáveis da Amazônia (ASL), o levantamento ocorreu entre os dias 22 de agosto e 6 de setembro, segundo informou o engenheiro florestal da Gerência de Apoio à Produção Madeireira (GPM) do Idam, Filipe Freitas.

“Durante o levantamento, foram identificadas essas espécies madeireiras (massaranduba, louro, abiurama, assacu, entre outras), que podem ser exploradas de forma sustentável e comercializadas de forma legal, que acarretará na geração de emprego e renda de 21 produtores rurais da comunidade”, projetou o engenheiro florestal.
O inventário prevê a atividade madeireira em três áreas de 14 hectares, do total de 42 hectares. “Dessa forma, cada espaço contará com sete produtores rurais, totalizando os 21 trabalhadores”, afirmou o engenheiro florestal, ao acrescentar que todos os possíveis beneficiados já passaram por um treinamento sobre o manejo florestal e como devem proceder em relação à extração de madeira de forma sustentável.
Próximo passo

De acordo com o Idam, a partir das informações coletadas, já estão sendo elaborados os três planos de manejo, relacionados, cada um, a uma área de 14 hectares. As informações sobre as espécies existentes na área e o potencial da localidade para produção madeireira serão repassadas ao Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), responsável por avaliar a viabilidade da atividade e a concessão da licença de exploração.
Se tiver o aval do Ipaam, a extração de madeira de forma sustentável será a segunda atividade manejada na comunidade, que já atua com a pesca manejada de pirarucu.
“Ou seja, será uma segunda fonte de renda aos produtores locais, uma vez que o manejo de pirarucu na região é consolidado, mas tem uma “janela” durante o ano, em setembro e outubro, e a atividade madeireira entrará em outra “janela” para gerar renda à comunidade”, finalizou.