ZFM, o mote é priorizar o que nos une

Por Nelson Azevedo (*) [email protected]

Um dos fatores que descrevem a eficácia e a prontidão tecnológica é a conexão entre ações, estratégias e finalidades. É assim que funcionam, igualmente, os organismos vivos no universo macro da diversidade biológica da Amazônia e no plano nanobiotecnologico da biologia molecular. Ou seja, a conexão é o xis da questão. E foi essa a ideia-força com a qual iniciamos, ou melhor, enfrentamos o desafio das coordenadorias, tanto entre os diversos segmentos dos polos industriais como entre os diversos campos de atuação da economia. Estamos convencidos que este é o caminho da resistência, da consistência fabril de nossa malha produtiva e nossa interlocução com o setor primário, de comércios e de serviços. O mote é priorizar o que nos une.

Mutirão das saídas

Nos embates da sobrevivência da economia da ZFM, para recordar, em lugar do isolamento social, juntamos, virtualmente – viva a tecnologia!- toda a tribo em mutirão para achar saídas, trocar propostas e propósitos, criar soluções inéditas para problemas nunca dantes enfrentado, entre outras importantes decisões e preciosos resultados. Nada como dividir talentos para multiplicar resultados. E assim se deu. E essa história precisa ser visitada, contada e usada como paradigmas de superação.

Fora da Lei, ninguém

Com quem pudemos contar quando fomos pilhados por decretos que nos tirava o mecanismo fiscal de compensação diante de fato de operarmos numa região remota? Com a Lei e as movimentações de sua imposição constitucional. Então, assim, fica configuradas a importância de uma conexão em todos os campos de operação e de manutenção de nossa segurança jurídica. Talvez esteja redundante e óbvio. E se estiver porque estou convencido, com muita certeza e fatos evidentes, que costumamos menosprezar pela simplicidade da obviedade.

Protagonismo não nos falte

Desde 2006, quando o CIEAM fez uma consulta a seus associados sobre os principais gargalos de competitividade da indústria em Manaus, sabemos que nosso desafio é crucial na infraestrutura de logística dos transportes. Há outros, com certeza. Mas o que fizemos de extraordinário nestes 16 anos de constatação coletiva. Pouco ou quase nada. Presos a um duopólio inaceitável, no período constatado já arrecadamos aos cofres federais o suficiente para construir quantos portos, rodovias, ferrovias, pontes e balizamento de todas as hidrovias de que precisamos. Temos que fazer um exame de consciência a respeito. E não parar por aí. A Lei está a nosso favor. E o protagonismo não nos pode faltar. Senão o que vai sobrar é o pecado da omissão.

Fórum de Cabotagem

No próximo dia 21 de junho, as coordenadorias da FIEAM, que criamos para conectar os setores no setor produtivo e entidades filiadas, vamos debater logística dos transportes, com apoio técnico da ABAC, UFAM e Porto Chibatão, no V FÓRUM de LOGÍSTICA da INDÚSTRIA, na sede da FIEAM, com o tema: CABOTAGEM. De Porto em Porto, o Brasil não tem porque virar as costas para a Amazônia. Empresários e executivos estão convocados. Será presencial e, com certeza, imperdível. Vale lembrar que, com a tecnologia revolucionária da navegação a vapor, Irineu Evangelista de Souza, o Barão de Mauá, consolidou a cabotagem no país há quase dois séculos e deu ao Amazonas, juntamente com o engenho da inovação logística dos ingleses, o protagonismo da maior contribuição econômica, logística e industrial ao país nos primórdios de sua afirmação civilizatória. Mãos à obra!

(*) Nelson é economista, empresário e presidente do Sindicato da Indústria Metalúrgica, Metalomecânica e de Materiais Elétricos de Manaus, Conselheiro do CIEAM e vice-presidente da FIEAM.

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