Vereadora pede que Crefito-12 casse o registro de terapeuta denunciada por maus-tratos

Vereadora Thaysa Lippy (PP) - Foto: Robervaldo Rocha | Dircom/CMM

A vereadora Thaysa Lippy (PP), uma das defensoras da causa autista, se manifestou no plenário da Câmara Municipal de Manaus (CMM), nesta terça-feira (05/10), pedindo que o Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 12º Região (Crefito-12) do Amazonas apure e casse o registro da terapeuta ocupacional e fisioterapeuta, Samia Patricia Riatto Watanabe, denunciada pelo crime de maus-tratos contra uma criança autista de 8 anos, em Manaus.

Thaysa disse que conversou em seu gabinete com os pais da criança – que preferem não ser identificados, e que já está dando o apoio jurídico a eles. Os pais denunciaram a terapeuta no 22º Distrito Integrado de Polícia, que já concluiu o Inquérito Policial (IPL) e remeteu à Justiça.

A família do garoto descobriu as agressões ao assistirem aos vídeos gravados por uma câmera de circuito interno instalada na Speciale Clínica Multidisciplinar, em Manaus, onde a terapeuta realizava os atendimentos. Em nota nas redes sociais, a clínica pronunciou-se dizendo que desde junho deste ano, “após fatos administrativos que infringiram as normas da referida clínica, decidiu por bem rescindir a prestação de serviço, bem como cancelar a permissão de utilização de espaço para atendimento da terapeuta ocupacional”.

Após o pronunciamento de Thaysa sobre o caso, outros vereadores também se manifestaram a favor da cassação do registro profissional de Samia Riatto.

O vereador Ivo Neto disse que o episódio, além de causar constrangimento à criança, também causou transtornos psicológicos aos familiares. “Faço um apelo a todos que possam lutar pela causa, para que cenas como essa não aconteçam mais”, frisou.

Para o vereador Kennedy, os conselhos dos profissionais que atuam nessa área precisam ser enérgicos e ajudar as famílias. “Você paga um profissional para que seu filho tenha um tratamento especial e se depara com isso. O tema é o que mais a gente vê por aí com pessoas fragilizadas, algumas vezes, o que acelera ainda mais o processo de decadência. Espero que os conselhos possam agir de forma enérgica para suspender esses registros”, declarou.

Em aparte, a vereadora Jacqueline também se manifestou: “é um ato de extrema maldade. Mostra um profissional que não se preparou e só traz prejuízos à criança, que volta a ter mais problemas. Claro, que isso não se estende a todos os profissionais”, frisou, ressaltando ainda que esse episódio não sirva de desestímulo para os pais. “O importante são os pais estarem presentes, é acompanhar mesmo. Uma criança com autismo tem um comportamento acelerado e precisa de um profissional calmo. E a gente vê com muita tristeza essas cenas. Acredito que o cuidado deve ser maior pelos que não verbalizam”, declarou.

O Professor Samuel defendeu que todas as clínicas devem ter câmeras de segurança instaladas nas salas a fim de monitorar os procedimentos.

Ainda em aparte, Yomara Lins defende que as clínicas devem ter o cuidado de pedir no ato da contratação dos seus profissionais a certidão de antecedentes criminais. “As imagens são revoltantes, mas espero que isso não iniba os pais de continuarem levando seus filhos para realizar os tratamentos. Precisamos redobrar os cuidados e é importante que as clínicas peçam antecedentes criminais antes de contratarem os profissionais”, defende.

Márcio Tavares também defendeu a cassação do registro da terapeuta. “Esperamos que essa profissional seja banida do ramo, isso não é atitude de um bom profissional e que isso não afete os demais. Espero que isso seja um fato isolado e que nenhum pai possa ver isso novamente”, declarou.

Assessoria de Comunicação da vereadora

DEIXE SEU COMENTÁRIO

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.