Venda de imóveis no AM fecha com alta no primeiro bimestre de 2021

Foto: G1 - Globo

O setor da indústria da Construção Civil no Amazonas apresenta índices de vendas positivos, mesmo em meio ao momento de elevação no preço dos insumos. O momento é, inclusive, propício para a aquisição de um imóvel por conta da baixa taxa de juros. A afirmação é do presidente do Sindicato das Indústrias da Construção Civil de Manaus  (Sinduscon-AM), Frank Souza.

De acordo com Souza, o segmento encerrou o primeiro bimestre de 2021 com a comercialização de 233 empreendimentos, entre residencial vertical, horizontal e imóvel comercial. O padrão que apresentou maior número de vendas foi o econômico, com 148 unidades vendidas, seguido do standard.

“Apesar do cenário de encarecimento dos materiais de construção, no país, a manutenção da taxa de juros contribui para que o valor do imóvel tenha menores projeções de aumentos em relação aos índices inflacionários. E mesmo com a variação no preço dos insumos, mantivemos a mão de obra estável”, explicou.

E ainda que o valor do imóvel aumente, Souza explica que a projeção de acréscimo é bem menor do que os índices inflacionários. “Isso significa que dentro dos prazos normais de vendas, o valor da prestação se mantém baixo e possibilita investimentos ao imóvel”, disse.

A Caixa

De acordo com os dados da Caixa Econômica Federal, por meio do Programa Casa Verde e Amarela, há 13 empreendimentos em andamento no Amazonas, sendo quatro deles pertencentes à faixa 1, custeadas totalmente pelo governo federal por meio do Fundo de Arrendamento Residencial. As quatro obras estão localizadas um em cada destes municípios: Manaus, Tabatinga, Parintins e Tefé.

Trabalho

Sobre a contratação de mão de obra, dados da Sinduscon-AM  informam que dos três últimos anos até hoje, o setor fechou 2019 registrando 14.893 admissões e 12.768 desligamentos, totalizando um saldo positivo de 2.125 vagas. Ou seja, um resultado favorável em relação ao de 2018, quando obteve um saldo negativo de 1.025 vagas.

Ao longo do ano de 2020, a Construção Civil no Amazonas gerou 15.980 admissões e 15.344 desligamentos, resultando em um saldo positivo de 636. Em estoque, permaneceram empregados 21.833 trabalhadores da Construção Civil do Amazonas.

Entretanto, no acumulado dos primeiros meses de 2021, o setor da Construção Civil no Amazonas apresentou 1.725 admissões e 2.252 desligamentos, gerando um saldo negativo de -527. Permaneceram empregados 21.306 trabalhadores do setor.

Cimento

E no que tange aos preços dos materiais, os dados apontam que houve efetivamente um aumento em uma escala muito maior que a inflação neste período da pandemia. “Tivemos casos de aumento de 100% do insumo, o cimento um dos principais produtos chegou a aumentar 40%; o aço (50%); o PVC (80%) e uma média de aumento de 15 a 20% se computados à cesta de insumos na indústria da construção em geral no Estado do Amazonas. Ressalto aqui que temos uma logística mais cara na região Norte, muitas vezes não computadas na tabela de preços SINAPI que é nacional”.

O presidente explica ainda que houve um trabalho forte no diálogo com a cadeia fornecedora localmente e através da CBIC. “Fizemos pesquisa de preços em vários fornecedores; hoje alguns produtos básicos, principalmente por aumento de produção da indústria já tiveram redução de valores porém muito distantes do que era praticado no período pré-pandemia”, afirma Souza.

Pandemia x Construção

Sobre a  atuação do sindicato no Setor de Construção Civil no período de um ano da pandemia, o Sinduscon-AM atuou juntamente com o Comitê de Crise do governo para que o setor continuasse em ativa obedecendo todos os protocolos de saúde no intuito de não prejudicar a economia amazonense.

Para isso, o sindicato realizou diversas pesquisas com as empresas a fim de identificar casos de Covid-19 nos canteiros. Além de apresentar cartilhas junto com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e  o Serviço Social da Construção (Seconci) sobre os protocolos sanitários recomendados pelos órgãos de saúde.

O sindicato participou e promoveu diversas reuniões e encontros com associados, entidades da cadeia do setor, no objetivo de reduzir os percalços gerados pela pandemia, como processos de licenciamento na Semmas, Ipaam e Implurb.

CBIC- DADOS NACIONAL

Dados apresentados pela CBIC nesta semana demonstram o impacto das dificuldades impostas pelo desabastecimento de materiais e pela alta dos preços. A estimativa para o PIB do setor em 2021 caiu de 4% para 2,5%.

Os bons resultados alcançados pela indústria da construção no segundo semestre de 2020 não se mantiveram no 1º trimestre deste ano. De janeiro a março de 2021, o índice que mede a situação financeira das empresas do setor recuou 5,3 pontos em relação ao último trimestre de 2020, caindo de 47,2 para 41,9 (número abaixo de sua média histórica, de 44 pontos).

De acordo com o estudo da CBIC e com os dados da CNI, o nível de atividade da construção começou a perder intensidade a partir do último mês de dezembro e o setor encerrou o 1º trimestre de 2021 em queda. O indicador de atividade em março deste ano foi de 44,9 pontos, 6,5 pontos abaixo do observado em agosto de 2020, quando a construção começou a fortalecer o seu ritmo após a queda observada nos dois primeiros meses da pandemia.

Pelo segundo trimestre consecutivo, os empresários da construção apontam que o maior problema que eles enfrentam é a falta ou o alto custo da matéria-prima. No 1º trimestre de 2021, essa foi a dificuldade assinalada por 57,1% deles.

Para conferir na íntegra os dados, acesse aqui: http://bit.ly/Indice1T2021

Por Jefter Guerra/PNDN

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