UGPE vai realizar obras no entorno do Igarapé do Mestre Chico, com a intensificação das chuvas

Temporais provocaram prejuízos por toda a cidade, sobrecarregando os sistemas de drenagem

Obras no Igarapé do Mestre Chico, Centro, zona Sul de Manaus - Foto: Tiago Corrêa / UGPE

A Unidade Gestora de Projetos Especiais (UGPE) do Governo do Amazonas irá realizar obras de manutenção, melhorias e adequação, no sistema de drenagem e manejo de águas pluviais, nas áreas do entorno do Igarapé do Mestre Chico, na zona sul. O objetivo é prevenir e reparar danos causados pelas chuvas que têm se intensificado no inverno amazônico, causando estragos por toda a cidade.

s obras, que também têm caráter preventivo, permitirão, entre outras melhorias, a recuperação da capacidade de drenagem das redes e galerias com limpeza, desassoreamento, reparo das tubulações e recomposição dos canais que foram danificados.

Será realizado, ainda, um trabalho de educação ambiental diretamente com a comunidade, por conta da grande quantidade de lixo e sedimentos acumulados na galeria. A área do entorno do Igarapé do Mestre Chico faz parte da envoltória de obras do Programa Social e Ambiental de Manaus e Interior (Prosamin+).

“As chuvas têm sido cada vez mais intensas e acima da média dos anos anteriores. Na envoltória do Igarapé do Mestre Chico, o sistema de drenagem está sendo impactado por outras redes que desembocam nas galerias do Prosamin, acumulando lixo e causando o assoreamento do canal. As ações planejadas para a área incluirão a orientação, para a comunidade, sobre o descarte correto dos resíduos”, explica o coordenador executivo da UGPE, engenheiro civil Marcellus Campêllus.

As intervenções vão alcançar as seguintes áreas: Parque Largo Mestre Chico, Parques Residenciais Mestre Chico I e II, Galeria Afluente Mestre Chico e Parque das Araras. Um dos objetivos é desviar parte do fluxo das águas que vêm de redes de drenagem a montante, como Duque de Caxias, para outras menos demandadas.

Cidade impactada

As últimas chuvas deixaram um rastro de destruição e transtornos por toda a cidade de Manaus. Conforme último balanço da Defesa Civil Municipal, somente nesta quinta-feira (16/02), foram registradas 36 ocorrências, dentre elas, nove desabamentos de casas.

Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), em 24 horas, choveu o equivalente ao que estava previsto para sete dias de fevereiro. O instituto emitiu aviso de chuvas intensas com grau de severidade laranja, indicando perigo em várias regiões do estado, como a norte e o centro do Amazonas.

A Defesa Civil constatou que o índice pluviométrico em Manaus variou entre 50mm a 72mm, conforme a região da cidade. A zona sul foi a mais castigada, com índice pluviométrico de 72 mm, semelhante à chuva de primeiro de dezembro do ano passado, que atingiu a marca de 70 mm em 24 horas e também causou vários estragos na cidade.

O meteorologista e consultor climático do INMET, Francisco de Assis Diniz, explica que a chuva é considerada normal quando varia entre 15 mm e 30 mm em 24 horas. A partir de 50 mm é chuva intensa, caracterizando faixa de risco laranja, com emissão de sinais de alerta, como aconteceu nesta quinta-feira (16).

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