Taxa de desemprego 13%, no 4º trimestre, e taxa anual 15%, em 2021, no Amazonas

Foto: Divulgação

A taxa de desocupação, no período entre outubro e dezembro de 2021, foi 0,4 ponto percentual inferior à registrada no trimestre anterior (13,4%), no Estado, e representa estabilidade. Já na comparação entre o 4º trimestre de 2021 e o mesmo trimestre de 2020, houve queda de 2,6 pontos percentuais. A taxa média anual de desemprego, por sua vez, foi de 15,0%, no Estado. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgados hoje (24), pelo IBGE.

A taxa média de desocupação registrada no Brasil foi de 11,1%, no 4º trimestre, com queda de 1,5 ponto percentual (p.p.), em relação ao trimestre anterior. Assim, a taxa do Amazonas (13,1%) segue maior do que a nacional. Em relação aos Estados e Distrito Federal, a taxa do Amazonas foi a 9ª maior. A mais alta foi a do Amapá (17,5%), seguida pela da Bahia (17,3%) e Pernambuco (17,1). A menor foi a de Santa Catarina (4,3%).

Destaques

    • Taxa de desocupação no Amazonas caiu 0,4 ponto percentual no 4º trimestre de 2021, na comparação com o trimestre anterior (foi de 13,4% para 13,1%). Já na comparação com o 4º trimestre de 2020, houve redução de 2,6 pontos percentuais;
    • Amazonas apresenta a 9ª maior taxa de desocupação do país;
    • A média anual da taxa de desocupação foi de 15,0%, no Amazonas, em 2021. A 6ª maior entre os Estados e Distrito Federal;
    • A taxa de informalidade para o Amazonas, no 4º trimestre, foi de 58,7% da população ocupada; a terceira maior entre Estados e Distrito Federal.
    • A taxa média anual da informalidade, por sua vez, foi de 59,5%, no Amazonas, em 2021. Foi a maior taxa registrada entre Estados e Distrito Federal e, também, foi a maior taxa desde o início do cálculo desta proxy da pesquisa, em 2016.
    • No último trimestre de 2021, caiu o número de pessoas ocupadas por conta própria, com CNPJ. Eram 34 mil pessoas, no Amazonas, 10 mil a menos (-22,7%), em relação ao trimestre anterior;
    • A atividade da construção foi a que obteve maior crescimento no 4º trimestre de 2021, em relação ao mesmo trimestre de 2020, com 33,5% de alta, registrando 29 mil pessoas a mais empregadas no grupamento de atividade;
    • Na comparação com o 4º trimestre de 2020, houve queda em quase todos os indicadores de subutilização no Estado;
    • No 4º trimestre, em comparação com o mesmo período de 2020, houve queda de 13,4%, no rendimento médio do trabalhador do Amazonas, o que representou diminuição de R$277,00, em um ano.

Taxa média anual de desocupação foi de 15,0%, no Amazonas, em 2021

Com as variações ao longo de 2021, a média anual da taxa de desocupação do Amazonas foi de 15,0%. Em 2020, a média anual foi de 16,0%, a maior desde o início da série histórica da pesquisa. E mesmo com queda na desocupação, de 2020 para 2021, o índice de 15,0% foi o terceiro maior da série da pesquisa, inferior apenas ao de 2017 e 2020. A menor taxa foi a registrada em 2014 (7,9%).

Em relação aos Estados e Distrito Federal, a taxa média de desocupação em 2021 do Amazonas (15,0%) foi a 6ª maior. A mais alta foi a de Pernambuco (19,9%), seguida pela da Bahia (19,5%) e Rio de Janeiro (16,9). O Amapá obteve a quarta maior taxa (16,6%) e o Acre, a quinta (15,3%). A média nacional da taxa foi de 13,2%.

No total, a média anual de pessoas ocupadas, em 2021, foi de 1.633 milhão, 83 mil a mais, em um ano, e a média de pessoas desocupadas, de 287 mil pessoas, 7 mil a menos, em um ano. Com isso, o nível de ocupação subiu de 51,0%, em 2020, para 53,3%, em 2021.

Cai número de pessoas procurando por emprego, no Estado

A pesquisa estimou que a população desocupada, no Amazonas, no 4º trimestre de 2021, era de 252 mil pessoas, 13 mil a menos (-4,8%), em relação ao trimestre anterior. E na comparação com o 4º trimestre de 2020, foram 43 mil desocupados a menos (-14,6% de queda), no Estado.

Mas, apesar de menos pessoas desempregadas, a pesquisa mostra que não aumentou o número de pessoas ocupadas, no Estado, no último trimestre de 2021. Foram registradas 1.671 milhão de pessoas ocupadas, no 4º trimestre de 2021, frente a 1.701 milhão, registradas no trimestre anterior, ou seja, 30 mil ocupados a menos (-1,8%), variação não estatisticamente significativa. Já em relação ao último trimestre de 2020, a população ocupada aumentou em 88 mil pessoas, (5,6% de alta).

Dessa forma, o desemprego não cresceu no Estado, em razão de ter caído o número de pessoas na força de trabalho, especialmente o número daquelas buscando ocupação. No total, o número de pessoas na força de trabalho foi de 1.923 milhão, no 4º trimestre, frente a 1.966, no trimestre anterior, ou seja, 43 mil a menos (-2,2%). Já o número de pessoas fora da força de trabalho (nem ocupadas e nem buscando ocupação) foi de 1.152 milhão, no 4º trimestre; 26 mil a mais (2,3%), em relação ao trimestre anterior.

Assim, a taxa de participação na força de trabalho (daquelas pessoas de 14 anos ou mais, ocupadas ou desocupadas) foi de 62,5%, no Amazonas, 1,0% a menos, entre outubro e dezembro de 2021, em relação ao trimestre anterior, o que significa estabilidade.

A pesquisa também estimou o nível da ocupação, que são os ocupados em relação àqueles em idade de trabalhar, em 54,4%, no período entre outubro e dezembro, no Amazonas. A taxa foi 0,7 ponto percentual (p.p) menor, em relação ao trimestre de julho a setembro de 2021, quando atingiu 55,0%, o que significa estabilidade e, em contrapartida, houve avanço de 2,2 p.p., na comparação com o mesmo período do ano anterior (52,2%).

Informalidade

A taxa de informalidade para o Amazonas, no 4º trimestre, foi de 58,7% da população ocupada; a terceira maior entre Estados e Distrito Federal. As maiores taxas ficaram com o Pará (62,7%), Maranhão (59,4%) e Amazonas (58,7%); e as menores, com Santa Catarina (27,3%), São Paulo (31,2%) e Rio Grande do Sul (33,0%).

A taxa média anual da informalidade, por sua vez, foi de 59,5%, no Amazonas, em 2021. Foi a maior taxa registrada entre Estados e Distrito Federal e, também, foi a maior taxa desde o início do cálculo desta proxy da pesquisa, em 2016.

Para o cálculo da proxy de taxa de informalidade da população ocupada são consideradas as seguintes populações: empregado no setor privado sem carteira de trabalho assinada; empregado doméstico sem carteira de trabalho assinada; empregador sem registro no CNPJ; trabalhador por conta própria sem registro no CNPJ e trabalhador familiar auxiliar.

Pessoas ocupadas, por posição

No 4º trimestre de 2021, no Amazonas, dentre o total de 1.671 milhão de pessoas ocupadas, 559 mil estavam empregadas no setor privado, o que representa estabilidade no setor, em relação ao trimestre anterior (551 mil).

Das pessoas ocupadas no setor privado, 371 mil trabalhavam com carteira assinada (66,4%) e 188 mil (33,4%), sem carteira assinada. Em relação ao trabalhador doméstico, a maioria das pessoas trabalhavam sem carteira assinada: 86,4% das 81 mil pessoas ocupadas na função.

No Amazonas, 245 mil pessoas estavam ocupadas no setor público. Entre outubro e dezembro de 2021, em comparação com o trimestre anterior, o setor público, sem carteira assinada, contabilizou 7 mil pessoas a mais ocupadas. No total, havia 12 mil pessoas empregadas no setor público, com carteira assinada, e 85 mil sem carteira assinada. Os demais empregados no setor eram militares ou funcionários públicos estatutários, que somaram 148 mil, 9 mil a menos do que no trimestre anterior, representando, ainda, estabilidade.

Havia 605 mil pessoas trabalhando por conta própria (36,2% do total de pessoas ocupadas), no Amazonas, no 4º trimestre; 14 mil a menos, em relação ao trimestre anterior, mas, em contrapartida, havia 71 mil a mais, na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior (crescimento de 13,4%). Desses, 571 mil (86,4%) não possuíam CNPJ, ou seja, trabalhavam por conta própria, de maneira informal; quatro mil a menos, na comparação com o trimestre anterior, mas 66 mil a mais (13,2%), na comparação com o 4º trimestre de 2020.

No último trimestre de 2021, caiu o número de pessoas ocupadas por conta própria, com CNPJ. Eram 34 mil pessoas, no Amazonas, 10 mil a menos (-22,7%), em relação ao trimestre anterior.

Caiu também o número de pessoas ocupadas como trabalhadores familiares auxiliares, aqueles que trabalharam sem remuneração, em ajuda na atividade econômica de membro do domicílio ou de parente. Foram registradas 139 mil pessoas ocupadas nessa posição, no 4º trimestre de 2021, 21 mil a menos em relação ao trimestre anterior.

Construção foi a atividade que mais gerou ocupações no 4º trimestre

Em relação ao número de pessoas ocupadas por grupamento de atividade, o comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas foi o grupo que apresentou o maior número de pessoas ocupadas, com 331 mil pessoas. A agropecuária ficou na segunda posição, com 289 mil pessoas, e, em terceiro, ficou a administração pública, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais, com 289 mil pessoas. Em quarto, ficou a indústria geral, com 186 mil pessoas ocupadas.

Vale destacar que a atividade da construção foi a que obteve maior crescimento no 4º trimestre de 2021, em relação ao mesmo trimestre de 2020, com 33,5% de alta, registrando 29 mil pessoas a mais empregadas no grupamento de atividade. Outra atividade com alta no número de ocupados, no 4º trimestre de 2021, foi a de serviços domésticos, com 20 mil pessoas a mais empregadas na atividade, 32,1% de alta, em relação ao mesmo trimestre de 2020.

Caem percentuais de pessoas que desistiram de procurar emprego e de pessoas com subocupação por horas trabalhadas, no 4º trimestre

No último trimestre de 2021, no Amazonas, o número de subocupados por insuficiência de horas trabalhadas apresentou significativa queda (-18,4%), em relação ao trimestre anterior, com 28 mil pessoas a menos nessa condição.

No 4º trimestre, no Amazonas, a taxa composta de subutilização da força de trabalho (percentual de pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial, em relação à força de trabalho ampliada) foi de 27,3%. O indicador é 1,3 ponto percentual inferior ao registrado no trimestre anterior, quando bateu 28,6%. Com relação ao mesmo trimestre do ano passado, a redução foi de 3,8 pontos percentuais.

A força de trabalho potencial, formada por pessoas que possuíam potencial de se transformar em força de trabalho, manteve-se inalterada, no último trimestre de 2021, em relação ao trimestre anterior; e apresentou queda de 13,4% (-32 mil pessoas), na comparação com o mesmo trimestre de 2020.

Assim, os desalentados, aqueles que não estão ocupados, e desistiram de procurar emprego por perderem a esperança de encontrar, somaram 120 mil pessoas, no 4° trimestre de 2021; cinco mil a mais (4,6% de acréscimo), em relação ao trimestre anterior, significando estabilidade. Em relação ao mesmo trimestre de 2020, houve redução de 18,4% no número de desalentados (27 mil a menos).

O percentual de desalentados na força de trabalho foi de 5,9%, no 4° trimestre, contra 5,5% registrado no trimestre anterior. Já na comparação com o mesmo trimestre de 2020, houve queda de 1,4 ponto percentual.

Com isso, a taxa combinada de desocupação e subocupação por insuficiência de horas trabalhadas foi de 19,5%, no Estado, apresentando redução de 1,6%, em relação ao trimestre anterior. Além da taxa combinada, a taxa de subocupação por insuficiência de horas trabalhadas caiu 1,5%, partindo de 8,9% para 7,4%, do terceiro para o quarto trimestre de 2021.

No 4º trimestre de 2021, em relação ao mesmo trimestre de 2020, houve queda na maior parte dos indicadores de subutilização, no Estado: na taxa de desocupação (-2,6%); na taxa combinada de desocupação e subocupação por insuficiência de horas trabalhadas (-2,8%); na taxa combinada de desocupação e força de trabalho potencial (-3,7%), na taxa composta de subutilização da força de trabalho (-3,8%) e, também, no percentual de pessoas desalentadas na população na força de trabalho ou desalentada (-1,4%). Além disso, a taxa de subocupação por insuficiência de horas trabalhadas foi 0,5% inferior, representando estabilidade.

Rendimento médio cai no Amazonas

O rendimento médio de todos os trabalhos das pessoas ocupadas manteve-se estável, com variação de 0,5%, em relação ao trimestre anterior, (R$8 a mais, em valor monetário), passando de R$1.786,00 no 3º trimestre, para R$ 1.794,00, no 4º trimestre de 2021. Já em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, houve queda de 13,4%, que representou diminuição de R$277,00 no rendimento médio do trabalhador do Amazonas.

A massa de rendimentos é um indicador que demonstra qual foi a soma dos rendimentos brutos habitualmente recebidos, de todas as pessoas ocupadas em todos os trabalhos que tinham, na semana de referência da pesquisa.

A massa de rendimentos reflete quanto os salários dos trabalhadores contribuiu para a economia. No 4º trimestre de 2021, este valor chegou a 2,7 bilhões, o que representou estabilidade em relação ao trimestre anterior. Na comparação desse indicador com o mesmo trimestre do ano anterior, os dados também são considerados estatisticamente estáveis, apesar de variarem -6,6%, ou R$ 194 milhões a menos.

DEIXE SEU COMENTÁRIO

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.