A duas semanas da disputa final pelo voto em plenário, o processo sucessório na Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam) continua indefinido. Até o momento, os deputados Alessandra Campêlo (MDB), Roberto Cidade (PV) e Saullo Vianna (PTB) brigam acirradamente pelo gerenciamento de um orçamento estimado em R$ 350 milhões para o biênio 2021/2022.
Ouvidos pelo Portal O Povo Amazonense, dois parlamentares governistas, que pediram sigilo de seus nomes devido a batalha eleitoral em curso, desmentiram notícia de que o governador Wilson Lima (PSC) tivesse batido o martelo em torno do nome de Alessandra em reunião com a bancada supostamente ocorrida na terça-feira (1).
Além de negarem a reunião, os parlamentares afirmaram ser muito cedo para a definição do processo que possui ingredientes polêmicos, como as vagas de dois conselheiros do Tribunal de Contas do Estado (TCE-AM). Uma dessas vagas pertence a Aleam e, com certeza, será usada como moeda importante na mesa de negociações entre os pretendentes à sucessão do deputado Josué Neto (PRTB).
Josué na luta
De acordo com os parlamentares, a eleição na Aleam passa pelo crivo de Wilson Lima, mas não é uma questão que se resolva com um simples comunicado à bancada. O Portal apurou que, se Alessandra se articula junto ao governador para ser presidente, o atual comandante do Poder Legislativo Estadual, Josué Neto, possui chances de se reeleger.
Ele aposta na divisão da bancada situacionista com relação ao nome de Alessandra e, conforme informações, dedicará os próximos dias à realização de conversações e fechamento de acordos que o ajudem a se manter vivo na disputa. Josué conta com o apoio dos deputados de oposição Wilker Barreto (Podemos), Dermilson Chagas (Podemos), Delegado Péricles (PSL), Serafim Corrêa (PSB) e Fausto Júnior (PRTB).
