“Solidariedade nos torna pessoas melhores”, diz Regia Moreira Leite

Nelson Azevedo (*) [email protected]

O Amazonas experimentou, todo o início do ano, uma exposição constrangedora da pandemia, tanto com o surgimento de uma variante mais agressiva do vírus da COVID-19,  como pelo episódio do oxigênio, cujos estoques sumiram em escala imprevisível. Neste momento, estamos  superando o pior da crise, desta vez, com a colaboração efetiva da sociedade que atendeu o clamor das autoridades. E mais uma vez, as empresas do Polo Industrial De Manaus fizeram – e fizeram bem – sua parte. Não apenas na questão do oxigênio, que ficou retido num dos episódios do transporte que foi feito pelas condições alarmantes da BR-319, onde foram necessários tratores para desatolar as carretas com o precioso gás. A indústria, também, retomou produção e doação de equipamentos de proteção individual e, principalmente, se dedicou à coleta e distribuição de alimentos para a população que ficou mais vulnerável com o rigor do isolamento. Em outras palavras, a fome voltou a falar alto, desta vez com muito intensidade.

“Deus nos acuda”

Cabe um destaque, aqui, na movimentação das empresas locais, somadas às do resto do Brasil e associadas à Eletros, setor de eletroeletrônicos, numa ação imediata e exemplar. Confirmada a notícia da escassez, com efeito, as empresas trataram de direcionar para os hospitais de Manaus os tubos de oxigênio que estavam desembarcando em Manaus para suas fábricas. O clima geral era de um Deus nos acuda! Enquanto se revezavam os juízes de plantão para apontar supostos responsáveis, a Ação Social Integrada-ASI, do Polo Industrial, estava coletando água, suco  e refeições para os pacientes e seus familiares que estavam nas tendas da espera de tratamento imediato, nos hospitais e Serviços de Pronto Atendimento.

“A melhor surpresa”

Mais uma vez, nesse caos e clima de funeral, a empresaria Régia Moreira Leite, disse a que veio. Tanto ao mundo como à Amazônia a nos ensinar o sentido sagrado e efetivo do termo Solidariedade. Numa entrevista de esclarecimento sobre a gravidade da situação, assim falou: “As pessoas que estão nas filas da pandemia sem saber se serão ou não atendidas estão precisando de muita ajuda: água, alimentação e alento. Toda ajuda será bem-vinda. Solidariedade nos torna pessoas melhores” Quem a conhece não pensa duas vezes em se comprometer com a jornada que, com tanta dedicação, ela tem pilotado. Ela está aqui há quase 20 anos. Sem cogitar deixar nossa gente que também já é sua. Já são quase três  anos na FIEAM como Diretora e Conselheira do CIEAM, mas já fez com que as entidades se dividissem AZ entre antes e depois de sua chegada. O presidente do Conselho, Luiz Augusto, costuma repetir que “Régia é a melhor surpresa entre os novos conselheiros indicados em 2019”. Desde então, com habilidade, empatia e rigor profissional, aliado ao carisma da dedicação, ajudou o Brasil a conhecer o perfil solidário da ZFM e o alcance deste modelo de desenvolvimento tão injustiçado.

Toque feminino

Não estamos em clima de festa nem se trata aqui de reconhecimento solene de premiação das boas práticas. Em todos nós, da Federação e do Centro da Indústria do Estado do Amazonas, cresce o apreço e a gratidão ao trabalho amoroso da empresária e “preceptora” do Clube do Bolinha, Régia Moreira Leite. Enquanto nós da liderança masculina quebramos a cabeça para gerenciar problemas que achamos assustadores, com seu toque feminino ela equaciona os desafios com suavidade e alegria. Por isso mudou para melhor a dinâmica das  entidades de classe da indústria. No auge da segunda onda da pandemia, em vez de isolamento, ela foi com sua equipe, devidamente contagiada pelo entusiasmo da chefe, estavam nas empresas, com protocolos de segurança, para coletar e, com as entidades credenciadas, distribuir toneladas de alimentos na periferia de Manaus e produzir para doar equipamentos de proteção individual para aos profissionais da saúde. Eles também demandavam água e alimentação.

Como agradar a Regia?

É desaconselhável falar em premiações e festa. O lago não está pra peixe. Neste momento, o que interessa à Regia e atender os despossuídos, aqueles que não frequentam bailes, os “desconhecidos” nas estatísticas sociais. Os ambulantes desassistidos, as populações indígenas, os refugiados, as vítimas das enchentes devastadoras do Acre, os necessitados de oxigênio, na crise, e os que passam hoje a terrível experiência da fome. Quer deixar feliz Regia Moreira Leite e ganhar o prêmio que o dinheiro não paga? Quer experimentar o gesto de alegrar a própria  consciência? Ajude-a, tanto a ela como seus colaboradores da Ação Social Integrada com alimentos, álcool em gel, sabonetes e muito amor. Crianças, anciãos, doentes, em suma, os que passam necessitados vitais – e que estão tão perto de nós, agradecem.

Empresária Régia Moreira

(*) Nelson é economista, empresário e presidente do SIMMMEM, Sindicato da Indústria Metalúrgica, metalomecânica e de materiais elétricos de Manaus, conselheiro do CIEAM e vice-presidente da FIEAM.

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