Sem desoneração da folha, Brasil sofrerá aumento na taxa de desemprego

Medida também causará aumento da inflação, uma vez que, sem emprego, boa parte da população ficará sem poder de compra

Foto: João Viana | Semcom

Recentemente, o Ministério da Fazenda posicionou-se recomendando o veto total do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao projeto de lei que prorroga a desoneração da folha de pagamento para 17 setores da economia. A informação foi recebida com preocupação pelo setor de serviços. O prazo para a decisão do presidente terminou nesta quinta-feira (23).

Para os representantes da Federação Nacional das Empresas de Prestação de Serviços Terceirizáveis (Febrac), a desoneração da folha de pagamento deve contemplar não somente os 17 setores mencionados no PL, mas todos os setores que movimentam a economia, como o de serviços terceirizáveis. Sem a desoneração, há previsão de fechamento de 1 milhão de postos de trabalho.

“Milhares de postos de trabalho estão ameaçados. A economia nacional sofrerá grande impacto sem a desoneração. Na prática, as empresas terão que cortar custos para equilibrar as contas e, consequentemente, a redução de números de empregados, já que não será possível manter os custos equilibrados”, detalha Edmilson Pereira, presidente da Febrac.

Outro efeito negativo sobre a ausência da desoneração da folha de pagamento será o aumento da inflação. Com o desemprego, parte da população ficará sem poder de compra e com o aumento nos custos da folha, as empresas vão repassar os valores para o mercado, gerando, então, um efeito duplo de prejuízos.

A entidade reforça ainda que a desoneração da folha permite às empresas dos setores beneficiados pagarem alíquotas de 1% a 4,5% sobre a receita bruta, em vez de 20% sobre a folha de salários. “A ideia é que esse mecanismo possibilita maior contratação de pessoas”, pontua Edmilson.

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Edmilson Pereira, presidente da Febrac – Foto: Divulgação

A lei também explicita que ato do Poder Executivo defina mecanismos de monitoramento e de avaliação do impacto da desoneração da folha de pagamentos sobre a manutenção dos empregos nas empresas afetadas. Como forma de compensação pela prorrogação da desoneração, a nova lei previu, ainda, aumento em 1% da alíquota da Cofins-Importação.

A Febrac destaca que o setor de serviços é o que mais contribui para a geração de emprego e renda no país, inclusive promovendo a inclusão social, sendo o principal contratante de pessoas com baixa escolaridade, mulheres e pessoas com mais de 50 anos. Portanto, a desoneração da folha deve contemplar todos os setores de serviço, é o que defende a entidade.

Sobre a Febrac

A Federação Nacional das Empresas Prestadoras de Serviços de Limpeza e Conservação (Febrac) foi criada para representar os interesses do dos setores de serviços de Asseio e Conservação. Hoje, representa 12 setores ligados à terceirização de mão de obra especializada.

Com sede em Brasília, a federação agrega sindicatos nas 27 unidades federativas do país e ocupa cargos na Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), nos Conselhos Nacionais do SESC e do SENAC, na Central Brasileira de Apoio ao Setor de Serviços (CEBRASSE) e na Câmara Brasileira de Serviços Terceirizáveis e na World Federation of Building Service Contractors (WFBSC). A Febrac tem como objetivo cuidar, organizar, defender e zelar pela organização das atividades por ela representadas.

Proativa Comunicação

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