Secretário da Saúde Marcellus Campêlo poderá ser preso e empresário de Manaus recebe Polícia Federal a tiros depois se esconde em consulado

Trata-se da quarta fase da Operação Sangria que investiga fraude e desvios em contrato para a montagem de hospital de campanha e prestação de serviços

Foto: Divulgação/Secom

Informações atualizadas às 09h43 AM

O secretário estadual de Saúde Marcellus Campêlo, alvo da quarta fase da Operação Sangria, da Polícia Federal (PF), deflagrada nesta quarta-feira (2), está fora de Manaus. Segundo informações, ele viajou para o Rio de Janeiro para passar o feriado de Corpus Christi (5), com os filhos que moram no RJ. Ao tomar conhecimento da operação, Campêlo providenciou a passagem de volta para Manaus, ao contrário do que publicou o site “O Antagonista”.

Ação da PF atinge o secretrário de Saúde por desvios de recursos da covid-19.

Entenda o caso

O governador do Amazonas, Wilson Lima, é um dos alvos da quarta fase da Operação Sangria, da Polícia Federal (PF), nesta quarta-feira (2). Na ação, que apura supostas fraudes em licitação e desvios de recursos públicos durante a pandemia da covid-19, estão sendo cumpridos  19 mandados de busca e apreensão e seis de prisão temporária nas cidades de Manaus e Porto Alegre, além de sequestro de bens e valores.

As buscas estão sendo feitas na casa de Wilson Lima, na sede do governo do Amazonas, na Secretaria de Saúde, na casa do secretário de Saúde, Marcellus Campêlo. A casa do dono do Hospital Nilton Lins e o hospital também estão na lista.

Crimes

Segundo a PF, há indícios de que funcionários da Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas realizaram contratação fraudulenta para favorecer um grupo de empresários locais para a construção de um hospital de campanha, sob orientação da cúpula do governo do estado. “Esse local não atende às necessidades básicas de assistência à população atingida pela pandemia covid-19, bem como coloca em risco de contaminação os pacientes e os funcionários da unidade”.

Os contratos assinados em janeiro de 2021 com o governo do Amazonas para serviços de conservação e limpeza, lavanderia hospitalar e diagnóstico por imagem no hospital de campanha têm indícios de irregularidades no processo licitatório, prática de sobrepreço e não prestação de serviços contratados.

Fraudes

Os indiciados poderão responder pelos crimes de fraude à licitação, peculato e pertencimento a organização criminosa e, se condenados, poderão cumprir pena de até 24 anos de reclusão.

Fonte: Agência Brasil

O Antagonista apurou que são alvos da Polícia Federal agora de manhã o governador Wilson Lima e seu secretário de Saúde, Marcellus Campêlo. Ao todo, a PF cumpre 25 mandados, sendo 19 de busca e 6 de prisão temporária, em Manaus e Porto Alegre.

A PF prendeu Campelo e fez buscas na residência de Lima e em seu gabinete. Os demais alvos são empresários. Todos são investigados por práticas dos crimes de fraude licitatória, desvio de recursos públicos e organização criminosa.

O STJ determinou ainda o sequestro de bens e valores em valor total de R$ 22,8 milhões.

Segundo as investigações, “há indícios de que funcionários do alto escalão da Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas realizaram contratação fraudulenta, para favorecer grupo de empresários locais, sob orientação da cúpula do governo do Estado”.

Os contratos investigados envolvem a locação do hospital Nilton Lins, que, segundo os investigadores, “não atende às necessidades básicas de assistência à população atingida pela pandemia de Covid”, com risco de contaminação de pacientes e funcionários da unidade.

“Verificou-se, ainda, que contratos das áreas de conservação e limpeza, lavanderia hospitalar e diagnóstico por imagem, todos os três firmados em janeiro de 2021 com o governo do Amazonas, cujos serviços são prestados em apoio ao hospital de campanha, contêm indícios de montagem e direcionamento de procedimento licitatório, prática de sobrepreço e não prestação de serviços contratados”, acrescenta a PF, em nota.

Tiros na PF

O Antagonista apurou que a Polícia Federal foi recebida a tiros pelo empresário Nilton Lins, dono do hospital alugado pelo governo de Wilson Lima. Alvo de mandado de prisão, Lins está abrigado no Consulado da Suécia em Manaus.

Empresário Nilton Lins Jr. Foto: Reprodução

Como revelamos há pouco, outro alvo de prisão é o secretário de Saúde, Marcellus Campêlo. A PF também cumpriu mandado de busca e apreensão contra o governador.

Ao todo, estão sendo cumpridos 25 mandados, sendo 19 de busca e 6 de prisão temporária, em Manaus e Porto Alegre. O STJ determinou ainda o sequestro de bens e valores em valor total de R$ 22,8 milhões.

Quem são os alvos da operação da PF no Amazonas

Como O Antagonista revelou mais cedo, a Polícia Federal prendeu o secretário de Saúde do Amazonas, Marcellus Campelo, e foi recebida a tiros quando tentava cumprir mandado de prisão contra o empresário Nilton Lins, dono do hospital cujo contrato é investigado pela PGR.

Além deles, são alvos de prisão temporária pelo prazo de cinco dias, Sérgio Chalub, Rafael Garcia da Silveira, Frank Andrey Gomes de Abreu e Carlos Henrique Alecrim John.

O governador Wilson Lima teve sua residência e gabinete revistados pela PF, que apreendeu documentos, agendas, celulares e computadores, além de mídias.

A PF cumpriu mandados de busca e apreensão também nos endereços da Secretaria de Saúde, do Centro de Serviços Compartilhados, do Sistema de Saúde Integrado da Amazônia, das residências de todos os investigados — inclusive Priscylla Gomes de Abreu, Maria Alice Vilela Lins e Jorles Nery Manhães de Souza   Filh — e nas empresas Líder Serviços de Apoio à Gestão de Saúde, Prime Atividades de Apoio à Gestão de Saúde, Norte Serviços Médicos, Rio Negro Comércio de Produtos Médicos e Mabluma Administradora de Bens.

Fonte: https://www.oantagonista.com

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