Roberto Cidade, Alessanda Campêlo, Abdalla Fraxe e Saullo Vianna querem o lugar de Josué na Aleam

Deputado Josué Neto / Foto: Divulgação

Já pega fogo a disputa sucessória na Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (ALEAM) e, segundo apurou o portal, é fato que os deputados Roberto Cidade (PV), Alessandra Campêlo (MDB), Abdalla Fraxe (Podemos) e Saullo Vianna (PTB) estão de olho na cadeira ocupada pelo deputado Josué Neto (PRTB), detentor de três mandatos na Casa.

Se quiser, Josué pode tentar a reeleição, permitida à luz do Regimento Interno que rege o Poder. Mas há quem diga que ele busca, na verdade, uma base segura que lhe garanta uma vaga vitalícia de conselheiro no Tribunal de Contas do Estado (TCE-AM).

A vaga, que pertence ao Legislativo Estadual, será aberta a partir de abril de 2021, quando o conselheiro Josué Filho, pai de Neto, abraçará a aposentadoria. Neto trata em segredo suas articulações nesse sentido, dialogando e debatendo com parlamentares de sua absoluta confiança. Para Josué, a vaga do TCE parece ser o melhor negócio em razão das dificuldades que teria para se reeleger presidente apostando no voto dos colegas parlamentares.

Ao pé do ouvido

Enquanto isso, vários deputados interessados no jogo conversam intensamente em gabinetes da própria Aleam e em restaurantes da cidade. Entre eles se destacam nomes como Roberto Cidade. Alessandra Campêlo, Abdalla Fraxe e Saullo Vianna, todos querendo assegurar, a ferro e fogo, um lugar na Mesa Diretora que irá gerir a Aleam no biênio 2021/2022, bem às portas das eleições gerais que acontecerão daqui a dois anos.

Esses deputados, de preferência, querem o comando da Aleam ou, na pior das hipóteses, garantir presença na Mesa, pelas vantagens logísticas que esta poderá oferecer a cada um deles num momento de reeleição.

Jogo de Wilson Lima

Em meio ao jogo está a questão dos interesses do governador Wilson Lima (PSC), que, segundo informações colhidas nos bastidores da disputa, se cansou de sofrer com a Casa, depois dos dissabores de um impeachment e de uma CPI da Saúde que lhe causaram imenso desgaste perante a opinião pública.

Tais fatores pesarão na decisão de Wilson de agora intervir diretamente no processo sucessório da Aleam. Ele analisa a questão do biênio eleitoral de 2022, em que poderá ou tentar a reeleição ou se eleger para um mandato federal com o apoio da excelente base política que o PSC construiu no interior do Estado no atual processo eleitoral municipal. Para tanto, necessitará de um presidente da Aleam que seja parceiro de confiança, que não lhe surpreenda com novos incômodos.

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