Rio Negro ao entardecer

Foto: Jorge Herran

A cor escura das águas do rio Negro, que contrasta com a limpidez de seu principal afluente, o Branco, e com o barrento Solimões, deve-se principalmente a sua transparência e à pequena quantidade de argilas em suspensão. A cidade de Manaus, capital do estado do Amazonas, é banhada por este rio. O rio Negro é o principal afluente do Amazonas. Banha três países da América do Sul e percorre cerca de 1.700km. Com o nome de Guainía, nasce no leste da Colômbia, corre na direção nordeste e depois sul, formando a fronteira entre Colômbia e Venezuela.

Depois da junção com o Cassiquiare, recebe o nome de rio Negro. Entra no território brasileiro no estado do Amazonas e segue a direção geral sudeste, banhando, entre outras, as localidades de Içana, Barcelos, Carvoeiro e Airão. Próximo a Manaus, que se ergue em sua margem esquerda, forma um estuário de cerca de seis quilômetros de largura no encontro com o Solimões, daí em diante chamado Amazonas. O rio Negro é navegável por 720 km acima de sua foz e pode chegar a ter um mínimo de 1 m de água em tempo de seca, mas há muitos bancos de areia e outras dificuldades menores. Na estação das chuvas, transborda, inundando as regiões ribeirinhas em distâncias que vão de 32 km até 640 km.

Encontro das águas dos rios Negro e Solimões (barrento), na orla de Manaus – Foto: Divulgação

Todo ano, com o degelo nos Andes, e a estação das chuvas na região Amazônica, o nível do rio sobe vários metros, alcançando sua máxima entre os meses de Junho e Julho. O pico coincide com o “verão amazônico”, e portanto, o nível do rio começa a baixar até meados de novembro, quando novamente inicia o ciclo da cheia. Em Manaus, a máxima do Rio Negro vem sendo registrado a mais de cem anos, e há um quadro no Porto de Manaus com todos os registros históricos, inclusive o da maior cheia de todos os tempos ocorrido em 1 de julho de 2009, alcançando a cota máxima de 29,77 m acima do nível do mar. Todos os rios da Bacia Amazônica sofrem o mesmo fenômeno de subidas e baixas em seus níveis, comandados pelos dois maiores rios: Rio Negro e Rio Solimões (que ao se encontrarem abaixo da cidade de Manaus, formam o Rio Amazonas).

Afluentes O rio Negro recebe grande número de afluentes. Os principais, na margem esquerda, são Padauri, Demeni, Jaçari, Branco, Jauaperi e Camamanau; na margem direita, Içana, Uaupés, Curicuriati, Caurés, Unini e Jaú. No território da Venezuela, um pequeno afluente da margem esquerda do rio Negro, o Siapa, comunica-se com o rio Orenoco pelo canal de Cassiquiare e liga as bacias hidrográficas do Amazonas e do Orenoco.

Encontro das águas

O rio é uma das grandes atrações turísticas da cidade e um dos principais meios econômicos e de transporte para os seus habitantes. Nas proximidades de Manaus, o rio Negro encontra-se com o rio Solimões, formando o Encontro das águas, onde as águas barrentas do Solimões não se misturam com as águas do Rio Negro. Depois da união dos dois rios, passam a receber o nome de “Rio Amazonas”, em território brasileiro.

O rio Negro Rio Negro apresenta um elevado grau de acidez, com pH 3,8 a 4,9 devido à grande quantidade de ácidos orgânicos provenientes da decomposição da vegetação. Por isso, a água apresenta uma coloração escura (parecida com a do chá preto). Em alguns pontos o reflexo das árvores na água é como a de um espelho. A visibilidade varia entre 1,50 e 2,50 metros. Devido a esse baixo pH, os insetos não se proliferam e quase não há mosquitos na região. É conhecido como o “rio da fome”. Velocidade: 2 a 3 km/h Temperatura: 25 a 26ºC Densidade: menor

Fonte: Ambientebrasil

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