Pesquisadores japoneses descobrem 168 novos geoglifos em Nazca, no Peru

Entre as novas figuras, 36 estão em localizadas em um parque arqueológico criado em 2017 para proteger os achados, que são considerados patrimônios mundiais

Foto: Reprodução

Arqueólogos da Universidade Yamagata, no Japão, liderados por Masato Sakai, professor e pesquisador da universidade, descobriram 168 novos geoglifos das mais diferentes formas em Nazca, no Peru. Feito em colaboração com o pesquisador peruano Jorge Olano, o trabalho contou com o auxílio de fotos aéreas e drones. Acredita-se que as figuras datam de 100 a.C. a 300 d.C.

Os geoglifos são estruturas de terra escavadas no solo e que representam figuras geométricas de diferentes formas. Nesta nova descoberta, foram encontradas imagens de humanos, camelos, pássaros, orcas, felinos e cobras.

Segundo o comunicado divulgado pela universidade, essas imagens foram criadas removendo pedras do solo para expor uma superfície de areia branca por abaixo. A pesquisa atual sugere que existem dois tipos de geoglifos: o linear e o de relevo.

Pesquisa e proteção

As pesquisas de campo mais recentes se iniciaram em junho de 2019, estendendo-se até fevereiro de 2020, no entanto, os arredores de Nazca já são estudados há muito tempo. Cerca de 190 geoglifos de animais e humanos já foram descobertos por lá entre 2004 e 2018.

Em 2014 e 2015, 41 figuras foram encontradas na área de Aja, perto da cidade de Nazca. Agora, dos 168 novos achados, 36 foram descobertos também nesta mesma localidade. Com tantos estudos feitos na região, foram necessárias algumas medidas de proteção.

Sendo assim, em 2012, a Universidade Yamagata estabeleceu o Instituto de Nazca. Em 2015, o Ministério da Cultura do Peru e a instituição japonesa assinaram um acordo de compromisso para a conservação e pesquisa científica dos geoglifos. Já em 2017, foi estabelecido um parque arqueológico para proteger as linhas descobertas na área de Aja.

Atualmente, um total de 77 geoglifos estão concentrados neste parque. Os resultados desta pesquisa serão aplicados em estudos futuros baseados em inteligência artificial (IA) sobre a distribuição e a proteção das linhas no local.

“Além de estudarmos os geoglifos, um patrimônio mundial, buscamos promover atividades para protegê-los. Esta equipe de pesquisa recebeu uma autorização oficial do Ministério da Cultura do Peru para realizar pesquisas arqueológicas no Pampa Nasca”, relatam os pesquisadores.

Patrimônio

Adicionando os 168 geoglifos recém-descobertos aos 190 já encontrados até 2018, a universidade japonesa soma 358 figuras analisadas. Das imagens descobertas neste último estudo, apenas cinco são do tipo linear, enquanto 163 são de relevo. A maioria dos geoglifos de relevo são pequenos, com menos de 10 metros de diâmetro.

A Universidade Yamagata, em colaboração com o Centro de Pesquisa Thomas J. Watson, está conduzindo um estudo baseado em IA sobre a distribuição das figuras de Nazca. Os resultados desta pesquisa também serão usados para atividades de conservação.

Fonte: Site Galileu

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