Ópera do Malandro é ovacionada pelo público, que lotou o Teatro Amazonas

Foto: Divulgação

O espetáculo “Ópera do Malandro”, neste sábado (17) e domingo (18), no Teatro Amazonas, em montagem conduzida pela Casa de Artes Trilhares, foi sucesso de público, com casa lotada. Os espectadores vibraram com a trama, que se passa no Rio de Janeiro, na Lapa dos anos 40.

O espetáculo traz à tona temas como prostituição, contrabando, agiotagem, roubo, interesses políticos, econômicos e sociais, em uma narrativa atemporal com as nuances da sociedade contemporânea.

Com aval de Chico Buarque para uso de direitos autorais, dentre os vários méritos da montagem estão as músicas, que servem como fio condutor da história. Isso foi o que levou a empresária Cássia Alves, de 39 anos, a prestigiar a obra. “Chico Buarque é um ícone, e suas canções são clássicos. O espetáculo honrou e estava à altura da poesia de Chico”.

Entre os clássicos estão “Folhetim”, “Pedaço de Mim”, “O Meu Amor” e “Homenagem ao Malandro”, mas para a universitária Ana Paula Maia, de 25 anos, o momento mais icônico é embalado pela música “Geni e o Zepelim”, que marcou uma época, com o verso “joga a pedra na Geni”. “A música é mais velha que eu, e isso é o que mais me encanta na arte: o poder de ultrapassar gerações”.

As redes sociais também foram um termômetro do sucesso do evento. Em @operadomalandroam é possível conferir vários depoimentos de quem se surpreendeu com a apresentação. “Que espetáculo. Tudo lindo demais, do começo ao fim”. “Sem palavras para o que acabei de prestigiar. Espetáculo incrível e que merece todas as palmas”. “Que espetáculo incrível, vocês não têm noção. Corram para assistir”.

Realização

Com o sentimento de dever cumprido, a diretora do espetáculo, Dávila Holanda, destaca o desafio de produzir um musical totalmente independente em Manaus. “Foi uma jornada de superação, mas poder contribuir para o cenário cultural de Manaus é uma honra”, declara.

A diretora da Casa de Artes Trilhares, Rafaela Guimarães, comemorou o resultado de meses de preparação. “Ver o Teatro Amazonas lotado é a realização de um sonho coletivo. Cada ensaio, cada detalhe foi pensado com carinho para encantar o público”, afirma.

O espetáculo contou com uma equipe 100% local, com Júnior Victorino no papel de Max, Raquel Freitas como Teresinha, Youri Comte interpretando Duran, Melanie Weasley como Vitória, Evelyn Félix como Lúcia, Jorge Sabóia como Chaves, Arty no papel de Geni, Maria Antônia como Fichinha, Bruna Holanda como Dóris Pelanca, Bruna Swann como Dorinha Tubão, Cadu Vieira interpretando Shirley Paquete, Karine Melo como Mimi Bebelô, LuizO como Barrabás, Jhonathan Braga como General Eletric, Ivy Santos como Johnny Walker, Marcelo Oliveira como Phillip Morris e Font como Big Ben.

Por trás das cortinas, a equipe técnica foi comandada pela direção-geral de Dávilla Holanda, Pricilla Conserva atuou como assistente de direção, Hanna Vilaça assumiu a direção coreográfica, Bruno Nascimento liderou a direção musical, enquanto Elton Nogueira foi  assistente de direção musical e arranjador. A regência ficou a cargo de Marcelo de Jesus, com Ananda Guimarães responsável pela preparação de elenco e Roque Baroque pela preparação vocal. A cenografia foi elaborada por Juca Di Souza, com Miqueias Barbosa atuando como cenotécnico. Inã Figueiredo assumiu a direção de palco, Matheus Sabbá a direção de arte, e Rafaela Guimarães liderou a direção de produção.

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